Banguecoque,
29 mai (Lusa) -- Representantes de 17 países e de organizações internacionais
iniciaram hoje em Banguecoque uma reunião para abordar a crise de refugiados no
sudeste asiático, enquanto milhares de pessoas continuam bloqueadas em barcos à
deriva no golfo de Bengala.
A
reunião foi convocada pela Tailândia, que no início do mês, após a descoberta
de valas clandestinas em acampamentos de imigrantes no sul do país, iniciou uma
campanha contra o tráfico humano na origem da crise.
Na
sequência da operação tailandesa, que levou à detenção de 46 pessoas, milhares
de emigrantes do Bangladesh e da minoria muçulmana rohingya -- perseguida na
Birmânia --, foram abandonados pelos traficantes em alto mar.
Cerca
de 3.000 pessoas conseguiram chegar à Indonésia e Malásia, o destino preferido
da maior parte, apesar de as marinhas destes países terem tentado impedir a
entrada dos barcos com imigrantes até à semana passada, altura em que ambos os
governos aceitaram acolher os refugiados.
O
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização
Internacional para as Migrações (OIM) calculam que atualmente permaneçam no mar
cerca de 2.600 emigrantes do Bangladesh e da minoria étnica rohingya.
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