terça-feira, 8 de novembro de 2016

Maioria de 'sucos' e aldeias timorenses necessitam segunda volta de eleições locais


Díli, 07 nov (Lusa) - Cerca de 1.500 aldeias, de um total de 2.225, e cerca de 300 sucos, de um total de 442, necessitam de levar a cabo uma segunda volta para as eleições locais timorenses, segundo dados provisórios a que a Lusa teve acesso.

A segunda volta, que decorre no próximo domingo, é necessária em casos em que o candidato a chefe de aldeia ou chefe de suco, equivalente a freguesia em Timor-Leste, não obteve na primeira votação, a 29 de outubro, mais de 50% dos votos.

"Os dados ainda estão a ser recolhidos e compilados mas tudo indica que será necessária uma segunda volta em cerca de 1.500 aldeias e 300 sucos", disse à Lusa fonte do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Um total de 2.071 pessoas, incluindo 319 mulheres, apresentou-se em Timor-Leste como candidatos à eleição das autoridades locais e tradicionais dos 442 sucos do país, segundo o STAE.

O processo de eleição das autoridades locais, que poderá terminar a 24 de novembro, abrange a escolha dos responsáveis nos 442 sucos (equivalentes a freguesias), que passam a ser geridos por quatro estruturas: Conselho de Suco, chefe de Suco, Assembleia de Aldeia e chefe de Aldeia.

O Conselho de Suco, o órgão deliberativo do suco, é composto pelo chefe de Suco e chefes de Aldeia, uma delegada e um delegado por cada aldeia, um representante e uma representante da juventude de cada aldeia e um lian-na'in.

O chefe de Suco é o órgão executivo do suco, eleito para mandatos de sete anos que só podem ser renovados uma vez.

A Assembleia de Aldeia é formada por todos os cidadãos com mais de 16 anos, que por sua vez elegem o chefe de Aldeia.

O processo eleitoral ficou marcado por algumas críticas sobre irregularidades que o Governo rejeitou defendendo o processo adotado para o voto que, explicou, foi aprovado por todos os partidos com assento parlamentar.

ASP // VM

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