Sérias
ameaças de separatismo em Hong Kong levam a China a exercer repressão sobre os
ativista separatistas. Por outro lado o governo da China – como outros governos
- vê a Internet como outra ameaça e procura efetuar o controle possível com
novas regras.
Afinal a China não faz muito de diferente do chamado mundo livre e democrático ocidental, só que faz às claras, à vista de todo o mundo - assumindo o seu cariz ditatorial - enquanto o ocidente se recolhe nas sombras, na opacidade, nas mentiras e hipocrisias para pôr em prática métodos repressivos e limitativos da liberdade e da democracia contra os povos que os elegeram.
Este é um compacto de notícias retiradas da Agência Lusa sobre essa atualidade em Hong Kong
e “arredores”. Democrachina é como se poderá considerar a pseudo democracia na
China. Dirigentes chineses imaginativos e originais em tudo. Ou talvez não.(TA)
Hong
Kong tem dois mil polícias prontos para responder a protestos anti-China
Hong
Kong, China, 07 nov (Lusa) -- Cerca de dois mil agentes estão destacados para
responder a eventuais situações de caos em Hong Kong esta semana, depois de
Pequim ter dito que dois deputados pró-independência recém-eleitos não podem
tomar posse.
Segundo
o jornal South China Morning Post, que cita fontes das forças de segurança, a
polícia reforçou o contingente perante a possibilidade de violência quando
decorrerem novas manifestações contra a interpretação que Pequim fez hoje da
Lei Básica (miniconstituição) de Hong Kong.
"Esta
medida é para garantir que há pessoal suficiente pronto para lidar com
quaisquer ocorrências súbitas esta semana", disse uma fonte.
"Cada
polícia regional terá de garantir que a sua unidade de contingência pode ser
reunida em duas horas, em caso de alguma violência de multidões", disse a
mesma fonte. Cada unidade tem mais de 300 agentes.
Após
o movimento pró-democracia Occupy Central, em 2014, a polícia criou cinco
unidades de contingência regional, bem como uma unidade sede para lidar com
protestos de rua.
O
Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da China considerou hoje
que dois deputados pró-independência de Hong Kong não podem repetir o juramento
do cargo e tomar posse no Conselho Legislativo (LegCo, parlamento) da região.
Um
juramento que não respeite a lei de Hong Kong "deve ser considerado
inválido e não pode ser repetido", disse o Comité Permanente ANP,
constitucionalmente definido como o "supremo órgão do poder de
Estado" da China, numa rara interpretação da Lei Básica da ex-colónia
britânica.
A
12 de outubro, à semelhança dos outros deputados, Baggio Leung e Yau Wai-ching,
eleitos nas legislativas de 04 de setembro, prestaram juramento, mas
pronunciaram a palavra China de uma forma considerada ofensiva e acrescentaram
palavras suas, comprometendo-se a servir a "nação de Hong Kong".
Os
juramentos não foram aceites e o presidente do LegCo decidiu dar a oportunidade
aos deputados de os repetirem, no entanto, o chefe do executivo de Hong Kong,
CY Leung, pediu uma intervenção urgente do tribunal. O veredito judicial ainda
não é conhecido.
Entretanto,
o Comité Permanente da APN decidiu avançar com uma interpretação da Lei Básica
de Hong Kong, que comunicou hoje.
O
chefe do Governo de Hong Kong já disse que vai "implementar
plenamente" a interpretação de Pequim e impedir a entrada no parlamento
dos dois deputados.
"Eu
e o Governo de Hong Kong apoiamos a interpretação dada hoje pela ANP. Enquanto
chefe do executivo de Hong Kong, tenho o dever de implementar a Lei Básica... E
eu e o Governo de Hong Kong vamos implementar plenamente a interpretação",
disse aos jornalistas.
CY
Leung também sublinhou que Hong Kong é uma "inalienável parte do
país" e que "as pessoas de Hong Kong têm o dever de defender a
unidade nacional, integridade territorial e segurança, assim como a dignidade e
interesses do povo chinês".
Esta
é a quinta vez desde 1997, quando Hong Kong foi entregue pelos britânicos à
China, que Pequim interpreta a Lei Básica da região.
O
anúncio da intervenção de Pequim neste caso gerou uma manifestação com milhares
de pessoas no domingo na antiga colónia britânica.
A
polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que tentaram
furar o cordão de segurança em volta do edifício do Gabinete de Ligação do Governo
Central da China em Hong Kong.
Hong
Kong e Macau são regiões da China mas com administração especial, ao abrigo da
qual gozam de ampla autonomia, havendo nas duas cidades liberdades que não
existem no resto do país.
ISG
(FV) // VM
Cinco
feridos e quatro detidos em protestos anti-China em Hong Kong
Hong
Kong, 07 nov (Lusa) -- Cinco pessoas ficaram feridas e quatro foram detidas em
confrontos esta madrugada entre manifestantes e a polícia em Hong Kong, horas
após uma marcha ter juntado milhares contra a intervenção de Pequim nos
assuntos da região.
Os
cinco feridos são dois polícias e três manifestantes, informou a polícia,
citada pela agência de notícias Efe.
Entre
os detidos estava o presidente do grupo político Liga dos Sociais-democratas,
Avery Ng Man-Yuen, conforme confirmado pelo próprio, através da sua página de
Facebook, depois de ter sido colocado em liberdade sob fiança.
Cerca
de 13 mil pessoas, segundo os organizadores, ou 8.000, segundo as autoridades,
protestaram na antiga colónia britânica contra a intenção do Governo chinês de
intervir num conflito que se vive no seio dno Conselho Legislativo (parlamento)
da região chinesa há quase um mês.
O
Governo de Hong Kong está a tentar impedir que os deputados pró-independência
Baggio Leung e Yau Wai-ching ocupem os seus lugares no Conselho Legislativo
(Legco) por terem feito alusões independentistas e referências consideradas
pejorativas em relação à China na cerimónia de juramento do cargo.
Horas
depois do fim do protesto, centenas de manifestantes dirigiram-se para o
Gabinete de Ligação do Governo de Pequim em Hong Kong.
Em
cenas que lembram os protestos pró-democracia de 2014, os manifestantes
carregaram as barreiras metálicas montadas pela polícia no lado de fora do
edifício.
Os
manifestantes utilizaram chapéus-de-chuva - símbolo do protesto de 2014 - para
se protegeram do gás lacrimogéneo enquanto tentavam aproximar-se do edifício,
enquanto alguns atiraram objetos, como garrafas de plástico ou tijolos
arrancados do pavimento.
As
tensões estenderam-se por mais de cinco horas e envolveram pelo menos 700
polícias, segundo informou o jornal local South China Morning Post, obrigando a
cortar temporariamente o trânsito na zona, que foi restabelecido por volta das
03:00 da madrugada de hoje (19:00 de domingo em Lisboa).
Desde
a transferência da soberania, em 1997, que Hong Kong, com o estatuto de Região
Administrativa Especial da China, beneficia, tal como Macau, de um regime de
"elevada autonomia".
Contudo,
nos últimos anos tem aumentado a preocupação com a interferência de Pequim nos
assuntos de Hong Kong.
A
agência oficial chinesa Xinhua noticiou no sábado que o Comité Permanente da
Assembleia Nacional Popular (ANP) da China afirmou ter de intervir na disputa
em Hong Kong para travar os defensores da independência, falando numa ameaça à
segurança nacional.
A
agência cita um comunicado do órgão que refere que as ações dos dois deputados
"representam uma grave ameaça à soberania e segurança nacional".
O
Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da China decidiu
discutir a interpretação de um artigo da Lei Básica (miniconstituição) de Hong
Kong sobre os juramentos dos deputados, considerada necessária e oportuna pelos
seus membros, segundo a Xinhua.
À
semelhança dos restantes 68 deputados, Baggio Leung e Yau Wai-ching, dois
'localists' do Youngspiration eleitos nas legislativas de 04 de setembro,
prestaram juramento a 12 de outubro, mas recorrerama ao uso de várias formas de
protesto.
Ambos
pronunciaram a palavra China de uma forma considerada ofensiva e acrescentaram
palavras suas às do juramento, comprometendo-se a servir a "nação de Hong
Kong".
Esses
juramentos não foram aceites e o presidente do LegCo decidiu dar a oportunidade
aos deputados de os repetirem.
No
entanto, o chefe do Executivo de Hong Kong, CY Leung, pediu uma intervenção
urgente do tribunal. O veredito judicial ainda não é conhecido.
FV
(CSR/ DM) // MP
China
diz que dois deputados independentistas de Hong Kong não podem tomar posse
Pequim,
07 nov (Lusa) -- A Assembleia Nacional Popular da China considerou hoje que
dois deputados pró-independência de Hong Kong não podem repetir o juramento do
cargo e tomar posse no Conselho Legislativo (LegCo) da região.
Um
juramento que não respeite a lei de Hong Kong "deve ser considerado
inválido e não pode ser repetido", disse o Comité Permanente da Assembleia
Nacional Popular (ANP), constitucionalmente definido como o "supremo órgão
do poder de Estado" da China, numa rara interpretação da Lei Básica
(miniconstituição) da ex-colónia britânica.
A
12 de outubro, à semelhança dos outros deputados, Baggio Leung e Yau Wai-ching,
dois 'localists' do Youngspiration eleitos nas legislativas de 04 de setembro,
prestaram juramento, mas desviaram-se do 'script', pronunciando a palavra China
de uma forma considerada ofensiva, e acrescentaram palavras suas,
comprometendo-se a servir a "nação de Hong Kong".
Os
juramentos não foram aceites e o presidente do LegCo decidiu dar a oportunidade
aos deputados de os repetirem, no entanto, o chefe do Executivo de Hong Kong,
CY Leung, pediu uma intervenção urgente do tribunal. O veredito judicial ainda
não é conhecido.
Pequim
vê qualquer declaração sobre a independência de Hong Kong como uma traição e a
agência noticiosa Xinhua citou um porta-voz do Gabinete para os Assuntos de
Macau e Hong Kong do Conselho do Estado a enaltecer a interpretação do Comité
Permanente da ANP.
"A
interpretação demonstra a firme determinação do governo central e vontade em
opor-se à independência de Hong Kong", disse o porta-voz, acrescentando
que é esta "a aspiração comum do povo chinês, incluindo dos compatriotas
em Hong Kong".
Li
Fei, secretário-geral do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da
China, disse aos jornalistas que "estas figuras da independência de Hong
Kong estão a ir contra o país e a dividirem-no", questionando: "Como
é que eles podem respeitar a Lei Básica de Hong Kong?".
"Eu
espero que as pessoas possam ver a verdadeira cara desta gente",
acrescentou.
A
crise constitucional e o anúncio da intervenção de Pequim neste caso geraram
uma manifestação no domingo na antiga colónia britânica.
A
polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que tentaram
furar o cordão de segurança em volta do edifício do Gabinete de Ligação do
Governo Central da China em Hong Kong.
Esta
é a quinta vez que a China, desde a entrega de Hong Kong pelos britânicos em
1997, interpreta a Lei Básica de Hong Kong.
Hong
Kong, tal como Macau, são regiões da China mas com administração especial, ao
abrigo da qual gozam de ampla autonomia, havendo nas duas cidades liberdades
que não existem no resto do país.
FV
(CSR) // MP
Governo
de Hong Kong concorda com Pequim em posição contra deputados independentistas
Hong
Kong, China, 07 nov (Lusa) -- O chefe do Executivo de Hong Kong, CY Leung,
disse hoje que vai "implementar plenamente" a interpretação de Pequim
no caso dos deputados independentistas da região e impedir a sua entrada no
parlamento.
CY
Leung disse que a interpretação pelo Comité Permanente da Assembleia Nacional
Popular (ANP), comunicada hoje, torna evidente que qualquer juramento prestado
de forma não sincera ou solene será considerado como uma rejeição do juramento
e que o oficial ou deputado não será autorizado a tomar posse.
Um
juramento que não respeite a lei de Hong Kong "deve ser considerado
inválido e não pode ser repetido", disse hoje o Comité Permanente da
Assembleia Nacional Popular (ANP), constitucionalmente definido como o
"supremo órgão do poder de Estado" da China, numa rara interpretação
da Lei Básica (miniconstituição) da ex-colónia britânica.
A
12 de outubro, à semelhança dos outros deputados, Baggio Leung e Yau Wai-ching,
dois 'localists' do Youngspiration eleitos nas legislativas de 04 de setembro,
que defendem a independência da cidade, prestaram juramento, mas desviaram-se
do 'script', pronunciando a palavra China de uma forma considerada ofensiva, e
acrescentaram palavras suas, comprometendo-se a servir a "nação de Hong
Kong".
Os
juramentos não foram aceites e o presidente do LegCo decidiu dar a oportunidade
aos deputados de os repetirem, no entanto, o chefe do Executivo de Hong Kong,
CY Leung, pediu uma intervenção urgente do tribunal. O veredito judicial ainda
não é conhecido.
Entretanto,
o Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular da China decidiu avançar com
uma interpretação da Lei Básica de Hong Kong, que comunicou hoje.
"Eu
e o Governo de Hong Kong apoiamos a interpretação dada hoje pela ANP. Enquanto
chefe do Executivo de Hong Kong, tenho o dever de implementar a Lei Básica... E
eu e o Governo de Hong Kong vamos implementar plenamente a interpretação",
disse CY Leung aos jornalistas horas depois de ter sido conhecida a posição de
Pequim.
CY
Leung também sublinhou que Hong Kong é uma "inalienável parte do
país" e que "as pessoas de Hong Kong têm o dever de defender a
unidade nacional, integridade territorial e segurança, assim como a dignidade e
interesses do povo chinês".
O
secretário para a Justiça, Rimsky Yuen, disse, por seu turno, que acredita que
esta polémica pode ser resolvida "dentro do sistema judicial de Hong
Kong", mas que o "Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular
tem total autoridade na Constituição para interpretar a Lei Básica".
"Tanto
a independência judicial como a interpretação podem coexistir e devem coexistir
sob o nosso quadro constitucional, conforme contemplado na Lei Básica",
afirmou.
Yuen
acrescentou que tem "toda a confiança que, depois da interpretação pela
ANP, o sistema judiciário de Hong Kong e todos os agentes judiciais vão
continuar a defender a lei, defender o Estado de Direito, e executar a sua
missão judicial de forma independente, justa e imparcial".
Esta
é a quinta vez desde 1997, quando Hong Kong foi entregue pelos britânicos à
China, que Pequim interpreta a Lei Básica da região.
A
crise constitucional e o anúncio da intervenção de Pequim neste caso geraram
uma manifestação com milhares de pessoas no domingo na antiga colónia
britânica.
A
polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que tentaram
furar o cordão de segurança em volta do edifício do Gabinete de Ligação do
Governo Central da China em Hong Kong.
Hong
Kong, tal como Macau, são regiões da China mas com administração especial, ao
abrigo da qual gozam de ampla autonomia, havendo nas duas cidades liberdades
que não existem no resto do país.
Contudo,
nos últimos anos, tem aumentado a preocupação com a interferência de Pequim nos
assuntos de Hong Kong.
FV
(CSR/ DM) // MP
China
aprova lei de segurança na Internet criticada por organizações estrangeiras
Pequim,
07 nov (Lusa) - A Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão legislativo da
China, aprovou hoje uma lei de segurança na Internet muito criticada por
organizações empresariais estrangeiras e grupos de defesa dos Direitos Humanos.
Segundo
a agência oficial Xinhua, a lei visa "controlar, defender e gerir os
riscos da cibersegurança e as ameaças internas ou vindas do estrangeiro,
protegendo informação chave de ataques, intrusão, alterações e danos".
O
texto completo ainda não foi difundido, mas empresas estrangeiras e
organizações não-governamentais (ONG) reagiram já, com a Amnistia Internacional
(AI) a apelar ao Governo chinês para revogar a lei.
Com
base na proposta de lei, a AI diz que a normativa permite às autoridades
reprimir a liberdade de expressão e privacidade.
Segundo
o rascunho, publicado há um ano, o Governo terá mais poderes para aceder a
informação, obter registos de mensagens e bloquear a difusão de dados que
considere ilegais.
Os
fornecedores de serviços 'online' devem armazenar os dados na China, enquanto
os dados armazenados no estrangeiro, por motivos comerciais, devem "ser
aprovados pelo Executivo", refere uma das cláusulas.
O
projeto de lei diz ainda que as "agências governamentais" poderão
"emitir outras diretrizes" adicionais para salvaguardar a segurança
em indústrias que considera "chave", como as telecomunicações,
energia, transporte, finanças, assuntos de defesa nacional e militares ou de
administração governamental.
Organizações
empresariais condenaram estas e outras cláusulas por alegadamente serem
demasiado vagas e abertas a interpretações que podem resultar numa
discriminação no acesso ao mercado.
O
projeto de lei foi apresentando no ano passado, numa altura em que Pequim e
Washington trocaram acusações mútuas de ciberespionagem.
JOYP
// MP
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