Multiplicam-se
os tributos ao Chapecoense nos dois hemisférios do globo
A
queda do avião da companhia aérea LaMia tirou a vida a 71 pessoas: 44 membros
da equipa de futebol brasileira Chapecoense, 21 jornalistas e 6 membros da
tripulação.
No
rescaldo da tragédia que chocou o mundo e, em especial, o mundo do futebol,
sucedem-se as homenagens às vítimas do acidente de aviação.
Por
cá (em Portugal), fez-se ontem um minuto de silêncio no início da partida entre o FC
Porto e o Belenenses, a contar para a Taça da Liga de futebol. O central
Felipe, natural do Brasil, mas a jogar de dragão ao peito, não conteve a
emoção. Já a claque da equipa portista exibiu uma tarja onde se lia "Pray
for Chapecoense" e alguns adeptos nas bancadas levantaram bandeiras
brasileiras.
Do
lado do Benfica foi o capitão Luisão quem deu os pêsames aos
familiares das vítimas, enquanto em Alvalade a mensagem de pesar
ficou a cargo do técnico Jorge Jesus, já depois de o clube ter feito uma
publicação no Facebook onde dirigia todo o seu apoio a Marcelo Boeck, o
guarda-redes que emprestou ao Chapecoense e que, por ter pedido dispensa do
jogo por ser o seu aniversário, não viajou com a equipa.
Ainda
no continente europeu, o Anfield Road silenciou-se, antes da partida
entre o Liverpool e o Ledds, a contar para a Taça da Liga inglesa. Durante o
minuto de silêncio, o jogador dos ‘reds’, o brasileiro Lucas Leiva, rezou pelos
seus compatriotas.
Também
ontem, a Federação Inglesa de futebol prestou homenagem ao Chapecoense,
iluminando de verde o arco do famoso Estádio de Wembley e
escrevendo na entrada o estádio “Força Chape”.
No
continente sul-americano, o campeão brasileiro, o Palmeiras, partilhou um
vídeo com as imagens do último jogo do Chapecoense como forma de tributo e os
adeptos do Atlético Nacional, a equipa com quem a formação brasileira ia
jogar, dedicou um cântico ao clube que está de luto: “Que o escutem, em todo o
continente, sempre recordaremos, o campeão Chapecoense”.
Já
os adeptos do Millonarios e do Santa Fé, dois clubes colombianos,
uniram-se numa marcha de homenagem à equipa que perdeu a vida no acidente de
avião, enquanto os adeptos chapecoenses esgotaram a sua ‘casa’, o
Arena Condá, em Chapecó, onde acenderam velas.
Em
São Paulo, a fachada do Arena Corinthians foi iluminada com uma mensagem de
apoio: “Força Chape” e o governo brasileiro declarou três dias de luto nacional
em memória das vítimas.
Mas
não foi apenas o mundo do futebol que se sentiu atingido por esta tragédia.
O
cantor brasileiro Michel Teló partilhou no seu Instagram uma música
composta há poucos dias que dedicou aos passageiros do voo LMI2933 da companhia
aérea colombiana LaMia.
Também
os Guns N’ Roses não ficaram indiferentes ao sucedido. Na sua
página oficial de Facebook, a banda alterou não só a sua fotografia de perfil
com uma imagem onde conjuga o seu símbolo com o do clube brasileiro, tendo
partilhado ainda um vídeo de homenagem às vítimas mortais do acidente.
Sobrevivente
da tragédia de ontem conta o que fez para escapar à morte
Comissário
de bordo de nacionalidade boliviana é um dos seis membros da tripulação que
sobreviveu ao acidente trágico.
A
queda do avião da companhia boliviana LaMia que, na madrugada de terça-feira
fazia a ligação entre Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Medellín, na
Colômbia, tirou a vida a 71 pessoas: 44 membros da equipa de futebol
Chapecoense, 21 jornalistas e seis membros da tripulação.
Um
dos tripulantes que sobreviveu à tragédia deu uma entrevista à estação de rádio
Caracol de Colombia na qual explicou que escapou à morte por ter seguido as
recomendações de segurança aconselhadas em caso de acidente.
“Perante
a situação muitas pessoas se levantaram dos bancos e começaram a gritar”,
começou por dizer Erwin Tumiri que garantiu: “sobrevivi porque segui os
protocolos de segurança”.
Assim,
o comissário colocou as malas entre as pernas para “formar a posição fetal
recomendada em caso de acidente”, o que lhe permitiu escapar com vida à
tragédia.
Dos
nove tripulantes apenas Erwin Tumiri e Ximena Suárez, assistente de voo,
sobreviveram. Os pilotos Miguel Quiroga, Ovar Goitia e Sisy Arias morreram,
juntamente com o tripulante Rommel Vacaflores e os assistentes de bordo Alex
Quispe, Gustavo Encinas e Angel Lugo, todos de nacionalidade boliviana.
Patrícia
Martins Carvalho – Notícias ao Minuto - Fotos: Reuters
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