Pequim,
18 mai (Lusa) - Mais de uma centena de executivos de empresas estatais
chinesas, o setor económico oficialmente dominante do país, foram investigados
por suspeitas de corrupção desde o início do ano passado, disse hoje a imprensa
oficial.
Quase
metade dos 115 suspeitos trabalhava na área da energia, engenharia, manufatura
e construção, indicou o China Daily, citando a Comissão Central de Controlo e
Disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC).
Os
restantes estavam ligados às telecomunicações, transportes, finança, media,
minas, bebidas e tabaco.
Um
dos mais proeminentes executivos investigados, em abril passado, foi Wang
Tianpu, presidente da maior refinaria petrolífera da Asia, a China Petroleum
& Chemical Corporation (Sinopec).
Wang
Tianpu, 53 anos, dirigia a Sinopec desde 2005.
A
campanha anticorrupção em curso na China, lançada depois de o atual Presidente
chinês, Xi Jinping, ter assumido a chefia do PCC, em novembro de 2012, é
considerada a mais drástica e persistente da última década.
Dezenas
de quadros dirigentes com a categoria de vice-ministro ou superior, entre os
quais um antigo chefe da Segurança Zhou Yongkang, foram detidos.
Ex-membro
do Comité Permanente do Politburo, a cúpula do poder, Zhou Yongkang é o mais
alto líder chinês preso por corrupção desde a fundação da República Popular da
China, em 1949.
Jiang
Jiemin, ex-presidente da SASAC, o organismo que coordena as cerca de 120
grandes empresas estatais diretamente tuteladas pelo Governo chinês, está
também preso.
Mais
de trinta oficiais superiores das Forças Armadas, entre os quais um
ex-vice-presidente da Comissão Militar Central, Xu Caihuo, entretanto falecido,
foram igualmente afastados por corrupção.
O
combate à corrupção é assumido pela liderança chinesa como "uma luta de
vida ou de morte" para a credibilidade do PCC e a sua permanência no
poder.
Trata-se
também de uma das principais fontes de insatisfação popular, a par da poluição
e das crescentes desigualdades sociais.
AC
// VM
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