Macau,
China, 18 mai (Lusa) - O Comissariado de Auditoria (CA) de Macau divulgou hoje
um relatório em que critica a gestão do Governo em relação ao projeto do Parque
Central da Taipa, um complexo desportivo e cultural, apontando desperdícios de
tempo e dinheiro.
"Verificaram-se
deficiências na fiscalização da execução dos contratos e no procedimento de
receção provisória da obra, os quais provocaram desperdícios de tempo e de
recursos e, em determinadas circunstâncias, colocaram em risco a segurança dos
utentes", indica o CA.
A
culpa é atribuída, em particular, à Direção dos Serviços de Solos, Obras
Públicas e Transportes (DSSOPT), que "não atuou de forma adequada no que
respeita à consulta aos utentes", o que obrigou a alterações posteriores e
"trabalhos a mais".
A
execução do Parque Central da Taipa, um projeto que inclui um jardim, piscinas
e uma biblioteca, foi adjudicada por cerca de 441 milhões de patacas (cerca de
48 milhões de euros), com um prazo de execução de 876 dias, e teve início em
agosto de 2009.
No
entanto, devido às alterações feitas ao projeto - que o CA considera serem,
pelo menos em parte, fruto de consultas públicas mal executadas - registou-se
um acréscimo de 48,8 milhões de patacas (5,3 milhões de euros) nas despesas,
mais 11,1% do que o preço inicial.
Além
disso, o prazo de execução aumentou em 351 dias, atingindo os 1.227 dias - as
piscinas, por exemplo, ficaram concluídas dois anos após o termo do prazo
fixado.
"Esta
situação revelou a deficiente gestão da DSSOPT", afirma o CA.
No
relatório, o CA deu ainda exemplos de falhas na obra, como foi o caso de um
curto-circuito ocorrido em abril deste ano na bomba de drenagem de uma piscina
- a falha fez com que o sistema de escoamento deixasse de funcionar e a água da
piscina invadisse o esgoto do autossilo.
ISG
// ARA
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