Pequim,
18 mai (Lusa) - O comércio China-América Latina cresceu vinte vezes nos últimos
catorze anos, somando 263.600 milhões de dólares (231.400 milhões de euros) em
2014, realçou a imprensa chinesa no fim de semana.
Segundo
a agência noticiosa oficial Xinhua, o comércio com aquela região poderá atingir
os 500.000 milhões de dólares (439.000 milhões de euros) dentro de uma década.
O
investimento chinês naquela região está também a crescer em ritmo acelerado,
tendo já ultrapassado os 80.000 milhões de dólares, indicou a Xinhua.
A
divulgação daqueles números coincide com a viagem a quatro países
latino-americano que o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, inicia hoje no Brasil
e que inclui a Colômbia, Peru e Chile.
É
a segunda visita de um alto líder chinês à região em menos de um ano, depois da
deslocação do Presidente Xi Jinping ao Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba.
As
autoridades chinesas atribuem o desenvolvimento das relações comerciais com a
América Latina à "complementaridade das respetivas economias", mas
rejeita que a China esteja apenas interessada nas matérias-primas da região,
nomeadamente ferro e outros minerais.
"A
China está empenhada em diversificar e otimizar a estrutura do comércio com os
países latino-americanos e tem como objetivo exportar equipamento e tecnologia
avançadas e importar mais produtos de valor acrescentado", afirmou a
Xinhua.
Brasil,
Colômbia, Peru e Chile - os quatro países na agenda de Li Keqiang - representam
57% do comércio da China com a América Latina.
A
China tornou-se em 2009 o maior parceiro comercial do Brasil, ultrapassando os
Estados Unidos, e também um dos principais mercados das matérias-primas
brasileiras, nomeadamente ferro e soja, mas o comércio bilateral abrandou.
Pelas
contas da administração-geral das Alfândegas Chinesas, em 2014, as exportações
brasileiras para a China diminuíram 3,15%, para 51.970 milhões de dólares.
No
primeiro trimestre de 2015, as exportações brasileiras caíram ainda mais (37,6%
em relação a igual período do ano anterior) e ao contrário do que costumava
acontecer, o saldo da balança comercial bilateral foi favorável à China.
AC
// VM
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