Pequim,
19 mai (Lusa) - A China investiu cerca de 19.000 milhões de dólares no Brasil
até ao final de 2014, fazendo daquele país o principal destino do investimento
chinês na América Latina, assinalou hoje a imprensa oficial chinesa.
Energia,
minas, agricultura, infraestruturas e manufatura são os setores que atraíram
mais capitais chineses.
Quanto
ao investimento brasileiro na China, o montante referido na imprensa chinesa
ronda os 640 milhões de dólares (cerca de 573 milhões de euros) e visou
sobretudo a produção de aviões, carvão, imobiliário, peças de automóveis e
têxteis.
A
divulgação daqueles números coincide com a chegada ao Brasil do
primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.
A
China é o maior parceiro comercial do Brasil e o seu principal mercado,
absorvendo 22% das exportações agrícolas brasileiras, nomeadamente soja.
Soja,
ferro e produtos petrolíferas representam 79% das importações chinesas do
Brasil, referiu um diplomata brasileiro citado pelo China Daily.
Entre
2009 e 2013, o comércio bilateral mais do que duplicou, mas em 2014 caiu 4% em
relação ao ano anterior, para 86.580 milhões de dólares.
Contudo,
o saldo da balança comercial, no valor de 16.800 milhões de dólares, continuou
a ser favorável ao Brasil, o que não aconteceria no primeiro trimestre de 2015.
Depois
do Brasil, onde permanecerá três dias, o primeiro-ministro chinês visitará a
Colômbia, Peru e Chile.
Li
Keqiang, 60 anos, formado em Direito e Economia, é o "número dois" da
hierarquia chinesa, logo a seguir ao secretário-geral do Partido Comunista e
Presidente da Republica, Xi Jinping.
A
viagem de Li Keqiang à América Latina ocorre menos de um ano depois do périplo
que Xi Jinping efetuou em julho passado pela região e que além do Brasil,
incluiu a Argentina, Venezuela e Cuba.
AC
// ARA
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