Macau, China, 18
mai (Lusa) - Dois deputados de Macau afirmaram hoje que a falha nos exames
médicos a grávidas, em 2014, foi consequência de "uma perseguição" do
diretor dos Serviços de Saúde a médicos.
No ano passado,
várias grávidas queixaram-se que não puderam realizar, nos serviços públicos, o
exame de despiste do Síndrome de Down e, após um elevado número de queixas, o
Governo avançou com indemnizações para quem fez o exame no setor privado.
José Pereira
Coutinho e Leong Veng Chai revelaram, durante um debate na Assembleia
Legislativa, que a não realização deste exame pré-natal, que só pode ser
realizado entre a 11.ª e 13.ª semanas, deveu-se à falta de profissionais
suficientes, que abandonaram os serviços públicos por pressão do diretor dos
Serviços de Saúde, Lei Chin Ion.
"Falámos com
vários médicos do hospital público que asseguravam o serviço em causa, mas que
tiveram de abandonar as suas funções por terem sido alvo de perseguição
contínua por parte do diretor dos Serviços de Saúde", afirmaram.
Os deputados
explicaram que "a sangria destes profissionais de saúde causou uma
escassez de mão-de-obra que veio afetar gravemente o funcionamento do Serviço
de Ginecologia e de Obstetrícia e dos Serviços de Saúde, prejudicando a
prestação dos exames e triagem médica pré-natal".
No início do ano, o
secretário para os Assuntos Sociais e Cultura (que tinha tomado posse em
dezembro) definiu a saúde como a sua grande prioridade e estabeleceu o prazo de
um ano para serem verificadas melhorias nesta pasta, admitindo falhas na gestão
de Lei Chin Ion.
Em abril, o
governante substituiu o diretor do hospital público de Macau, mas Lei Chin Ion
manteve-se como diretor dos Serviços de Saúde.
ISG // VM
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