Lisboa,
27 mai (Lusa) - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros considerou
hoje que o setor da energia é "estratégico" para o futuro da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e desafiou os países a aprofundarem
as relações económicas na lusofonia.
"A
constituição de plataformas de coordenação em áreas transversais tais como
energia, telecomunicações, transportes marítimos e aéreos, setor portuário ou
mercados de capitais, podem ser pontos de encontro para que Governos,
instituições científicas e empresas estabeleçam contactos, partilhem
informações e se associem criando novas sinergias", afirmou o ministro
durante uma intervenção na conferência 'Português: Língua de Conhecimento',
organizada pelo Diário de Notícias.
"O
primeiro exemplo deste novo modelo de cooperação será experimentado muito em
breve na reunião dos Ministros da Energia da CPLP e na primeira Conferência da
Energia para o Desenvolvimento da CPLP", apontou o governante, salientando
as potencialidades económicas da produção energética dos países lusófonos, que
considerou "um setor estratégico para o futuro da organização".
"Em
2009, 2,8% da produção mundial de energia -- originária de fontes fósseis e
renováveis -- foi assegurada por países da CPLP, no entanto, considerando as
reservas comprovadas de gás e petróleo em países lusófonos, estima-se que o
espaço CPLP, no seu conjunto, ocupe já hoje o 7.º lugar no ranking mundial dos
produtores de hidrocarbonetos e estima-se igualmente que, em 2025, poderá vir a
posicionar-se no 4.º lugar", sublinhou o governante durante o encontro que
decorre hoje em Lisboa.
A
Energia, disse, pode ser "um fator agregador de produtores e consumidores,
tanto ao nível dos Estados como das Empresas, o que gera uma especial atração
relativamente à organização, despertando o interesse de alguns países que são
já Observadores ou de outros que poderão vir a suscitar esse estatuto",
concluiu Rui Machete.
MBA
// VM
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