Macau,
China, 27 mai (Lusa) -- A captação de investimento chinês para a indústria
agroalimentar da Guiné-Bissau "é prioritária", disse hoje à agência Lusa
o delegado daquele país no Fórum Macau, ao identificar oportunidades na
transformação da castanha de caju.
"Queremos
captar investimentos na área da transformação da castanha de caju. É
prioritário", afirmou Malam Camará, à margem de um 'workshop' sobre o
comércio de produtos agroalimentares da Guiné-Bissau, organizado pelo Instituto
de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
O
delegado da Guiné-Bissau junto do Secretariado Permanente do Fórum Macau disse
que já houve "alguma manifestação de interesse" por parte de
empresários do interior da China, e que apesar de não ter sido concretizado
qualquer projeto, há potencial porque "a China é dos maiores consumidores
de caju" e tem "tecnologia para transformar" o produto.
O
Governo guineense conta exportar este ano 200 mil toneladas da castanha de
caju.
Malam
Camará considerou também que o desenvolvimento de infraestruturas portuárias na
Guiné-Bissau pode interessar aos investidores chineses, tendo dado a conhecer
aos participantes no 'workshop' alguns projetos nesse sentido, incluindo as
obras para um porto de águas profundas em Buba, no sul do país.
O
'workshop' incluiu a mostra de alguns produtos agroalimentares da Guiné-Bissau,
para uma divulgação junto de potenciais importadores em Macau.
Entre
a oferta apresentada, estavam o fruto da 'calabaceira', nome por que é
conhecido o embondeiro na Guiné-Bissau, e o 'veludo', fruto silvestre,
avermelhado e ácido, gerado por uma árvore medicinal daquele país africano.
"A
mostra foi para verem e conhecerem. Aqueles que já conhecem têm uma porta
aberta para poderem investir", acrescentou Malam Carambá.
FV
(MB) // VM
Sem comentários:
Enviar um comentário