Banguecoque,
28 mai (Lusa) - A Human Rights Watch exigiu hoje acordos vinculativos aos
países do sudeste asiático que se reúnem na sexta-feira em Banguecoque para
abordar a crise dos refugiados na região, onde milhares de rohinyas e
bangladeshianos continuam à deriva no mar.
A
organização exige que se permita o desembarque dos imigrantes "sem
condições" e que se garanta o acesso sem restrições às agências das Nações
Unidas, para proteger os direitos dos que pedem asilo.
Também
insistiu que os participantes no encontro devem pressionar a Birmânia e o
Bangladesh, países de onde são originários os imigrantes e os barcos operados
por traficantes, para que ponham fim à discriminação da minoria rohinya.
"Os
governos da região devem trabalhar com a ONU e outros para encontrar soluções
vinculativas para esta tragédia humana, e não varrê-la para debaixo do tapete
como têm feito ao longo dos anos", disse o diretor para a Ásia da Human
Rights Watch, Brad Adams, em comunicado.
Na
reunião em Banguecoque vão participar representantes de 17 países: Afeganistão,
Austrália, Bangladesh, Birmânia, Camboja, Índia, Indonésia, Irão, Laos,
Malásia, Nova Zelândia, Paquistão, Papua Nova Guiné, Filipinas, Sri Lanka,
Vietname e Tailândia.
Estarão
também presentes observadores dos Estados Unidos e da Suíça e delegados das
agências das Nações Unidas para os refugiados, migrações e contra o crime.
"Este
encontro regional só terá êxito se cada Governo se comprometer a uma operação
efetiva de resgate, a suprir as necessidades de proteção dos refugiados, a
perseguir os traficantes e a solucionar as causas que levam essas pessoas
desesperadas a fugir", disse Adams.
ISG
// JCS
Sem comentários:
Enviar um comentário