Lisboa,
27 mai (Lusa) -- O embaixador da Guiné Equatorial em Portugal declarou hoje ser
"muito positivo" o balanço de quase de um ano de adesão do país à
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A
Guiné Equatorial, que pediu adesão ao bloco lusófono em 2010, é desde 23 de
julho de 2014 membro da CPLP, juntando-se na cimeira de Díli a Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
"O
balanço é muito positivo", disse José Dougan Chubum à agência Lusa,
adiantando que "a CPLP proporciona à Guiné Equatorial um mercado político,
económico e cultural e o balanço deste ano, da integração, é positivo".
O
embaixador, que falava à margem da conferência Investir em África -- Um futuro
conjunto, que assinalou em Lisboa o Dia de África, referiu que a Confederação
Empresarial da CPLP já se deslocou à Guiné Equatorial e "tem prevista para
junho (outra deslocação) para se unir com a federação de empresários" do
país.
Também
se pretende fazer "um fórum económico sobre a situação económica da Guiné
Equatorial em Portugal, que dá espaço amplo para que o mundo da CPLP veja o que
a Guiné pode oferecer e o que eles podem dar à Guiné Equatorial", disse
ainda, referindo não haver ainda data marcada para o encontro.
José
Dougan Chubun considerou, por outro lado, que, com a sua adesão, a Guiné
Equatorial "rompeu o paradigma do que era a CPLP".
"A
entrada da Guiné Equatorial abriu a porta para outros países interessados neste
grande mercado, nesta grande comunidade de países de língua portuguesa",
disse.
A
nível da língua, o embaixador apontou a assinatura de um acordo com o Instituto
Camões, adiantando que "este ano será incorporado nas escolas primárias o
ensino da língua portuguesa" e que "se vai tentar criar uma faculdade
da língua portuguesa" na Universidade da Guiné Equatorial.
Antiga
colónia de Espanha, a Guiné Equatorial tem como línguas oficiais o castelhano e
o francês, além do português.
PAL
// JMR
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