quarta-feira, 6 de maio de 2015

Banco Central timorense lança sistema de transferência para todo o país


Díli, 05 mai (Lusa) - O Banco Central de Timor-Leste (BCTL) anunciou o lançamento de um novo sistema que permitirá a realização de pagamentos eletrónicos em qualquer ponto de Timor-Leste entre particulares, empresas ou entidades públicas.

Em funcionamento desde esta semana, a Rede de Transferências em Tempo Real (ou R-TiMOR) é operada pelo BCTL e está ligada a todos os bancos comerciais que operam em Timor-Leste e ao Ministério das Finanças.

O objetivo é que a curto prazo uma percentagem elevada dos pagamentos - incluindo os do Estado (salários e benefícios sociais) - passe a ser feita através do R-TiMOR.

Participantes no sistema, incluindo o BCTL, utilizarão esta rede interbancária privada, de alto grau de segurança, para efetuar pagamentos entre si.

"O sistema encontra-se preparado para processar quaisquer tipos de pagamentos de qualquer montante, quer reduzido quer elevado. Os pagamentos são efetuados pelo R-TiMOR o qual transfere fundos entre as contas dos participantes que se encontram no próprio sistema", explica o BCTL.

Sendo que as transferências são efetuadas de forma eletrónica," os clientes bancários receberão os fundos nas suas contas com rapidez e, tendencialmente, no próprio dia em que o pagamento é efetuado", garante o banco central.

Para o lançamento da R-TiMOR colaboraram várias entidades públicas e privadas, com destaque para os bancos comerciais a operar em Timor-Leste: o timorense Banco Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL), o português BNU (do grupo Caixa Geral de Depósitos), o indonésio Mandiri e o australiano ANZ.

Trata-se da primeira fase do desenvolvimento do futuro Sistema Nacional de Pagamentos e procura garantir que "todos os cidadãos de Timor-Leste, independentemente da sua localização ou condição financeira, tenham acesso a serviços financeiros modernos, prestados em condições acessíveis".

"As formas tradicionais de prestação de serviços bancários em agências físicas estão a tornar-se crescentemente menos relevantes no atual mundo financeiro, com a tecnologia a permitir a introdução de modelos de correspondência bancária onde escolas, estabelecimentos comerciais, clínicas e até igrejas podem prestar funções financeiras e de pagamentos básicas em parceria com os bancos e instituições financeiras licenciadas", refere o comunicado do BCTL.

ASP // JPS

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