Díli,
05 mai (Lusa) - O Banco Central de Timor-Leste (BCTL) anunciou o lançamento de
um novo sistema que permitirá a realização de pagamentos eletrónicos em
qualquer ponto de Timor-Leste entre particulares, empresas ou entidades
públicas.
Em
funcionamento desde esta semana, a Rede de Transferências em Tempo Real (ou R-TiMOR)
é operada pelo BCTL e está ligada a todos os bancos comerciais que operam em
Timor-Leste e ao Ministério das Finanças.
O
objetivo é que a curto prazo uma percentagem elevada dos pagamentos - incluindo
os do Estado (salários e benefícios sociais) - passe a ser feita através do
R-TiMOR.
Participantes
no sistema, incluindo o BCTL, utilizarão esta rede interbancária privada, de
alto grau de segurança, para efetuar pagamentos entre si.
"O
sistema encontra-se preparado para processar quaisquer tipos de pagamentos de
qualquer montante, quer reduzido quer elevado. Os pagamentos são efetuados pelo
R-TiMOR o qual transfere fundos entre as contas dos participantes que se
encontram no próprio sistema", explica o BCTL.
Sendo
que as transferências são efetuadas de forma eletrónica," os clientes
bancários receberão os fundos nas suas contas com rapidez e, tendencialmente,
no próprio dia em que o pagamento é efetuado", garante o banco central.
Para
o lançamento da R-TiMOR colaboraram várias entidades públicas e privadas, com
destaque para os bancos comerciais a operar em Timor-Leste: o timorense Banco
Nacional de Comércio de Timor-Leste (BNCTL), o português BNU (do grupo Caixa
Geral de Depósitos), o indonésio Mandiri e o australiano ANZ.
Trata-se
da primeira fase do desenvolvimento do futuro Sistema Nacional de Pagamentos e
procura garantir que "todos os cidadãos de Timor-Leste, independentemente
da sua localização ou condição financeira, tenham acesso a serviços financeiros
modernos, prestados em condições acessíveis".
"As
formas tradicionais de prestação de serviços bancários em agências físicas
estão a tornar-se crescentemente menos relevantes no atual mundo financeiro,
com a tecnologia a permitir a introdução de modelos de correspondência bancária
onde escolas, estabelecimentos comerciais, clínicas e até igrejas podem prestar
funções financeiras e de pagamentos básicas em parceria com os bancos e
instituições financeiras licenciadas", refere o comunicado do BCTL.
ASP
// JPS
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