Macau,
China, 05 mai (Lusa) - O Instituto Português no Oriente (IPOR) em Macau lançou
hoje um guia de conversação Português-Chinês centrado em 12 áreas e orientado
para qualquer visitante chinês que se desloque a países de língua portuguesa.
"O
guia é o amanhã hoje, é o futuro que o IPOR pode ter na área de produção de
ferramentas e instrumentos que facilitem a intercompreensão entre falantes de
língua portuguesa e falantes de língua materna chinesa", referiu João
Laurentino Neves, diretor do IPOR.
Tendo
em conta a importância do idioma em áreas como os negócios, mas também em redes
científicas e tecnológicas, o IPOR quis "fornecer um apetrecho para
qualquer cidadão que numa destas áreas tenha necessidade de se deslocar a um
país ou uma região de língua oficial portuguesa".
"Todos
já viajámos para um país estrangeiro e sabemos quais são as necessidades:
alojar-se, deslocar-se, chegar a um ponto de referência, transportar-se, pedir
coisas, saber itinerários", exemplificou.
O
guia de conversação é a primeira de três ferramentas que o IPOR conta lançar
até setembro, quando termina o mandato de João Laurentino Neves.
"Queremos
ser uma das instituições que está na linha da frente na produção destas
ferramentas que afirmam Macau como um centro de produção regional de
instrumentos essenciais para a afirmação da língua portuguesa no contexto da
Ásia-Pacífico", garantiu.
O
guia, que custa cerca de 70 patacas (quase oito euros) e conta, nesta primeira
edição, com mil exemplares, pode vir a ser, no futuro, adaptado para um formato
digital, através de parcerias com instituições de ensino superior em Portugal,
"até porque isso tem uma vantagem muito grande que é a facilidade de
atualização".
"Numa
plataforma dessa natureza podemos inclusivamente passar a ter o guia disponível
numa aplicação de telemóvel, que é o passo onde queremos chegar", comentou
o responsável.
O
guia será distribuído por "instituições que também estão muito apostadas
neste diálogo multilateral em Macau, entre a República Popular da China, a
Região Administrativa Especial de Macau e os países de língua portuguesa,
nomeadamente o Fórum Macau, a Associação Promotora da Instrução dos
Macaenses", mas vai também ser distribuído nas livrarias de Macau - uma
edição em parceria com uma editora portuguesa está a ser estudada.
A
poucos meses do fim do seu mandato, João Laurentino Neves não revela se vai
continuar em Macau, mas diz-se satisfeito com o trabalho feito nos últimos três
anos: "Conseguimos reformular a oferta formativa do IPOR, temos hoje uma
oferta claramente superior à que dispúnhamos. Procurámos fazer com que o
instituto tivesse uma exposição pública, que a marca IPOR não se afirmasse
apenas no que diz respeito à formação em língua portuguesa, mas também numa
intervenção pública".
ISG
// VM
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