sábado, 25 de dezembro de 2010

NATAL SEM ABRIGO

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Digam então se é esta a noite importante
De que falam os que têm tudo e os que nada têm
Uns para esbanjar com haveres e ares pedantes
Outros despojados de tanto e até sem mãe
E que frio eles passam nas noites ao relento
Deitados nuns cartões com os corpos ao vento
E a fome a apertar
E os pedantes a roubar dizendo que lamentam
E a fome a apertar
Parceira de um frio antigo
Penoso presente de Natal dos Sem Abrigo
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