sábado, 31 de outubro de 2020

Pedofilia na igreja de Timor-Leste e tribunais

Tribunal analisa providência cautelar sobre relatório da diocese de Díli

O Tribunal de Díli ouviu hoje argumentos sobre uma providência cautelar das alegadas vítimas de um ex-padre norte-americano acusado de pedofilia contra a arquidiocese de Díli para travar a publicação de um polémico relatório sobre o caso.

Em causa está um relatório preparado pelo ex-diretor da Comissão de Justiça e Paz, Hermínio de Fátima Gonçalves, que assinou uma suposta investigação ao caso que envolve Richard Dashbach, já condenado e expulso do sacerdócio pelo Vaticano e agora alvo de acusações do Ministério Público (MP) timorense.

O polémico relatório, que inclui dados das alegadas vítimas, tentou desviar todas a responsabilidade do ex-padre, procurando acusar as autoridades judiciais e policiais timorenses e as organizações que têm apoiado as vítimas de "abuso sexual coletivo" por alegadamente terem realizado exames forenses e audições às vítimas.

Várias das alegadas vítimas foram colocadas em residências de proteção, normalmente usadas pela polícia e pelo sistema judicial, mas o relatório alegou que foram "raptadas".

O relatório acusou as organizações de apoio às vítimas de serem "uma rede" que atua de "forma estruturada" com o Governo, procuradoria, setor da saúde e a polícia e alegou que a investigação foi "um crime organizado de exploração de crianças, de tráfico humanos e de justiça máfia".

Na sequência das notícias sobre o relatório, o arcebispo de Díli, Virgílio da Silva anunciou a exoneração do diretor da Comissão e autor do relatório, padre Hermínio de Fátima Gonçalves, considerando que o documento "não reflete a opinião do arcebispo e vai além da competência da Comissão".

Setembru, Klínika Bairru-Pité rejistu labarik má-nutrisaun na’in-ualu

DILI, 30 outubru 2020 (TATOLI) -- Jestór Klinika Bairru-Pité, Inácio dos Santos, hateten durante fulan- setembru Klínika Bairru-Pité rejistu labarik ho má-nutrisaun hamutuk na’in ualu, mane na’in haat no feto na’in haat ho tinan lima mai kra’ik. Husi pasiente má-nutrisaun na’in ualu ne’e hafoin halo internamentu konsege rekupera hodi fila bá sira-nia uma idaidak.

Populasaun Timor-Leste laós kategoria ki’ak liu hodi fó impaktu ba kazu má-nutrisaun maibé problema maka família barak seidauk iha koñesimentu natoon oinsá atu tein hahán nutritive ba sira-nia família.

“Inan-aman laiha koñesimentu ne’ebé mak natón tanba ita nia hahán sira iha Timor-Leste iha vitamina ne’ebé barak, maibé konsumu mak la tuir nia nia padraun,’’ Inácio dos Santos hateten ba jornalista Agênsia TATOLI iha nia knaar fatin, ohin.

Ezemplu hahán nutritivu mak tein sasoro tenki tau ho naan, modo senoura, fehuk ropa, modo tahan nune’e bele haforsa labarik sira-nia dezenvolvimentu fiziku no mentál.

Jornalista: Felicidade Ximenes | Editór: Agapito dos Santos

Notísia Relevante: TL seikontinua enfrenta problema mánutrisaun

Programa “Cesta Basica” Tenke Benefisia Agrikultór sira

Business Timor – DÍLI -- Programa “Cesta Basica” ne’ebé VIII Governu trasa atu fó apoiu ai-han ka produtu lokál ba ninia populasaun iha fulan hirak ikus ne’e hafoin nasaun hasoru tiha problema mundiál surtu Covid-19 no impase polítika iha Timor-Leste hodi lori impaktu ida ne’ebé negativu ba dezenvolvimentu ekonomia nasaun nian.

Ho nune’e VIII governu mai honinia polítika atu halo rekoperasaun ekonomia nasaun nian no husi rekoperasaun ekonomia ne’e iha mós programa “Cesta Basica” ne’ebé responsavel husi Ministeriu Koordenador Asuntu Ekonomiku (MAKE). Tanba ne’e Reprezenta povu iha Parlamentu Nasionál husu ba governu atu implementa programa “Cesta Basica” tenke fó duni benefisia ba povu sira ne’ebé presiza tulun no tenke tuir duni lei ne’eb’e iha.

Deputada Bankada FRETILIN Maria Angelina preokupa tanbá lei ne'ebé defini ba cesta básica atu hola nesesidade báziku tanbá lei ne'ebé defini hosi Governu no Governu tenki hola agrikultura sira prodús iha Munisípiu sira. "Ami nia preokupasaun mak ida ne'e, tanbá lei definisaun ba cesta básica ida ne'e Polítika Governu defini atu hola ita nia agrikultura sira nia produsaun, hanesan fos, fore mungu, fore Keli, Ai-Farina, Talas no Ai-Fuan sira seluk, dentru kurtu prazu ida ne'e ita bot sira bele halo iha kabaz iha produtu sira ne'e, povu rona polítika Governu rekoperasaun ekonómia ami kontenti, tanbá Governu sosa ami nia produtu lokál sira ne'ebé mak iha,” hatete deputadu ne’e.

Polísia Kaptura ona Mane ida Deskonfia Oho Inan no Hakanek Oan iha Rai-Kotu

Timor Post -- DILI -- Polísia Nasionál Timor Leste (PNTL) hamutuk ho komunidade sira ho forsa rejerva halo ona kapturasaun ba mane ida ho inisiál LH idade 38 ne’ebé deskonfia oho inan  Domingas Soares no hakanek matebian nia oan ho naran Lindy Moy.

Kazu ne’e akontese iha loron Sesta 30/10/2020 maizumenus tuku ida madrugada uma Rai Kotu, Suku Madohi, Postu Administrativu Don Aleixo, Munisípiu Dili, iha ona sala detensaun Komandu PNTL Munisípiu Dili.

Komandante Munisípiu Dili, Superintendente Xefe Henrique da Costa , haktuir, suspeitu LH nia feen nu’udar membru polísia. Derepente de’it LH tama ba vítima sira nia uma hodi halo asaun ne’e.

Komandante Henrique dehan, Domingas hetan sona iha parte hirus matan karuk ho kotuk laran mate fatin. No Lindy hetan sona iha parte liman kabas karuk kanek grave.

Komunidade sira rona akontesimentu ne’e ho lalais ba evakua kedas Lindy ba hala’o tratamentu intensivu iha Sentru Saúde Komoro.  Enkuantu inan Polísia Sentifiku Investigasaun Kriminál Nasionál (SIKN) evakua mate isin ba Hospitál Nasionál Guidu Valadares (HNGV) hodi hein prosesu autópsia.

Tuir observasaun Timor Post liu husi imajen ne’ebé hatudu husi Polísia Nasionál Timor-Leste, katak, vítima na’in rua hetan sosa ho tudik modo, no vítima nia inan mate latan iha uma laran la ho roupa no nakonu ho ran.

Matebian nia laen Xinez ida hetan oan feto ida, maibe sira so’e malu ona. Matebian husi Postu Administrativu Kailaku, Munisípiu Bobonaro.

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Governo aprova serviço militar obrigatório

Diariu Timor Post - Díli -- O Governo aprovou, no Conselho de Ministros desta quarta-feira (29/10), um novo regulamento da Lei do Serviço Militar de que faz parte a introdução do serviço militar obrigatório.

O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidélis Magalhães, explicou que a proposta de lei foi apresentada pelo Ministro da Defesa, Filomeno Paixão.

“O Conselho de Ministros aprovou o novo regulamento sobre o serviço militar. Com este sistema, quando chegam aos 18 anos, os jovens têm de cumprir serviço militar obrigatório”, afirmou, na quarta-feira (28/10), no Palácio do Governo.

Segundo o governante, o serviço militar obrigatório é introduzido no novo estatuto das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) para responder às necessidades de recrutar efetivos em tempos de paz.

“A introdução do serviço militar obrigatório levou à necessidade de reestruturação do recrutamento militar e da reorganização das diversas fases de prestação de serviço militar efetivo normal, promovendo a eficácia e eficiência dos diversos serviços militares e civis diretamente envolvidos no cumprimento das obrigações militares”, acrescentou.

O ministro explicou ainda que os jovens que se recusem a cumprir serviço militar obrigatório receberão sanções.  (kyt)

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Xanana considera desadequadas medidas de estado de emergência

O ex-Presidente da República timorense Xanana Gusmão considerou hoje “desadequadas” as novas medidas que o Governo vai aplicar a partir de 04 de novembro no âmbito do estado de emergência, devido à pandemia de covid-19.

Xanana Gusmão referia-se em particular à decisão do Governo, com base no decreto de declaração do estado de emergência, de exigir o uso de máscaras, higienização de mãos e distanciamento social nos recintos públicos.

“Penso que a medida é desadequada. As medidas relativas à fronteira são as mais adequadas a Timor-Leste e não agora estarmos outra vez todos de máscara”, disse Xanana Gusmão, em declarações à Lusa.

“Se é para começar outra vez a fazer isto, é uma medida desadequadíssima. Vamos é continuar a prestar toda a atenção a quem chega de barco e avião e sobretudo nas fronteiras terrestres”, defendeu.

Recorde-se que o Governo aprovou na quarta-feira as novas medidas a aplicar durante o estado de emergência – o sétimo período de 30 dias e o quinto consecutivo -, obrigando ao uso de máscaras em recintos públicos e higienização de mãos na entrada de locais comerciais e serviços públicos.

As medidas, que se aplicam a partir do próximo dia 04 de novembro e até 03 de dezembro, determinam, segundo comunicado do Governo, que “passa a ser obrigatório manter uma distância de, pelo menos, um metro e meio entre cada pessoa, desde que não vivam em economia comum”.

É ainda obrigatório “utilizar máscara facial que cubra o nariz e a boca quando se tenha de aceder ou permanecer em recintos públicos ou privados de utilização coletiva, e higienizar as mãos quando pretendam entrar em estabelecimentos comerciais, industriais ou de prestação de serviços ou em edifícios onde funcionem serviços da administração pública”.

O Governo defendeu as medidas, notando que essa possibilidade estava prevista no decreto do Presidente da República, Francisco Guterres Lú-Olo, e são necessárias para evitar o contágio do vírus.

“O uso de máscara foi recomendado pelo próprio Presidente da República no decreto do estado de emergência. O senhor Presidente destacou a necessidade de retomar algumas medidas para prevenir a proliferação do contágio do vírus cá em Timor, considerando que o mundo está a registar um aumento enorme de casos e vários países estão numa nova vaga”, disse à Lusa Fidelis Magalhães, ministro da Presidência do Conselho de Ministros.

“Ainda não temos casos, mas, como sabe, o aumento está a ser registado na Indonésia. É melhor prevenir e esta é a única solução que temos. Para que o Governo não esqueça a gravidade da situação e para que a população não esqueça a gravidade do vírus, mantendo a vigilância”, afirmou.

O endurecimento de medidas ocorre apesar de a situação em Timor-Leste não se ter alterado nos últimos meses, com entre zero e um caso por mês – atualmente há apenas um ativo -, detetados entre pessoas que entram no país e enquanto estão ainda de quarentena.

Desde o arranque da pandemia, não houve em Timor-Leste qualquer caso de transmissão comunitária do vírus e o país está praticamente fechado, com entradas controladas na fronteira.

Apesar da preocupação com o distanciamento social, as novas regras não aplicam qualquer medida restritiva no que toca a escolas ou cerimónias de culto, onde já foi retomada há vários meses uma quase normalidade.

Magalhães disse que, no que se refere ao distanciamento social, as medidas devem ser aplicadas “principalmente nos lugares fechados e nas reuniões” ou nas “atividades coletivas que contam com a presença de multidão”.

O novo período vigora entre as 00:00 de 04 de novembro (15:00 de 03 de novembro em Lisboa) e as 23:59 de 03 de dezembro (14:59 hora de Lisboa).

As novas medidas somam-se às restrições nas entradas e quarentena obrigatória a quem entra no país, devendo ser publicado um diploma ministerial em que a ministra da Saúde definirá “as regras de isolamento profilático obrigatório aplicadas aos trabalhadores do setor petrolífero”.

As regras abrangem ainda “os membros de tripulação de aeronaves que assegurem o transporte internacional de passageiros ou de mercadorias e dos motoristas de veículos pesados de transporte internacional terrestre de mercadorias”.

O Conselho de Ministros reiterou que se mantém em vigor “a obrigatoriedade de que todos os indivíduos que pretendam entrar ou sair do território nacional se sujeitarem a controlo sanitário e à obrigatoriamente de isolamento profilático (quarentena) com a duração mínima de catorze dias”.

Timor-Leste tem atualmente um caso ativo de covid-19, com 29 pacientes recuperados desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Plataforma

Governo prevê construir até final de 2021 mais 1.500 salas de aula

O Governo timorense planeia construir até final de 2021 um total de 1.500 novas salas de aula, reforçando a formação dos docentes, no âmbito das prioridades definidas para o setor educativo, indicaram as autoridades.

A diretora nacional de Política, Planeamento e Inclusão do Ministério da Educação, Juventude e Desporto (MEJD), Odília Ung Martins, explicou aos jornalistas que o objetivo é construir 800 salas de aula ainda este ano e as restantes em 2021.

“As prioridades do Governo centram-se nas infraestruturas. Abordamos a questão da qualidade do ensino. Em primeiro lugar, as infraestruturas têm de ser adequadas para que se possa melhorar o processo de aprendizagem”, disse, citada pela agência noticiosa timorense Tatoli.

“Muitas escolas estão em más condições, cobertas com palapa e zinco. Outros estabelecimentos de ensino estão sem cadeiras e mesas”, disse, à margem da Celebração do Mês da Educação, subordinado ao tema “Educação Primeiro, Educação Para Todos”.

Odília Ung explicou que o levantamento dos problemas do setor da educação realizado pelo ministério levou a que fosse planeado, em 2020 e 2021, o aumento do número de salas de aula.

O MEJD quer ainda apostar na capacitação dos professores de modo a poderem lecionar as suas disciplinas de forma eficaz aos alunos.

“Temos de identificar no futuro quais as formações adequadas destinadas aos professores. Segundo dados do INFORDEPE, apesar de a maioria dos professores já ter participado em formações, pretendemos focar-nos nas disciplinas que consideramos prioritárias, sobretudo aquelas que integram os exames nacionais”, explicou.

“Então temos de as identificar para que possamos capacitar os nossos professores através da formação do INFORDEPE”, adiantou, referindo-se ao Instituto Nacional de Formação de Docentes e Profissionais da Educação de Timor-Leste.

Em programas relacionados com o setor educativo, do ensino pré-escolar ao superior e recorrente, o Governo deverá gastar em 2021 cerca de 140 milhões de dólares (119,6 milhões de euros), somando as despesas previstas pelo Ministério da Educação, Juventude e Desporto e do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura.

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Marido de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo, morre aos 48 anos

Sindika Dokolo, marido da mulher mais rica de África, Isabel Dos Santos, morreu no Dubai, aos 48 anos. Colecionador de arte, natural do Congo, terá morrido enquanto fazia mergulho subaquático.

A notícia da morte foi avançada pela Africa Insight. Segundo a mesma fonte, Dokolo estava a fazer mergulho quando faleceu, vítima de afogamento. Esta é a versão da imprensa da República Democrática do Congo, no entanto, fontes angolanas indicaram que a causa da morte foi uma embolia.

A morte de Dokolo foi confirmada oficialmente por Michée Mulumba, do gabinete do Presidente congolês, Felix Tshisekedi.

Filho do primeiro negro que criou um banco, Augustin Dokolo, Sindika nasceu no antigo Zaire, agora República Democrática do Congo, tendo passado a infância na Europa.

Em 2002, casou com Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola José Eduardo dos Santos, em Luanda.

O casal mudou-se no início de 2020 para o Dubai, após a abertura de diversas investigações a Dokolo, juntamente com a sua mulher, por alegadamente desviar propriedades do Estado angolano, que determinaram o arresto preventivo de participações de Isabel dos Santos e de Sindika Dokolo, em empresas como a Unitel, o BFA, o Bic Angola e a ZAP.

Isabel dos Santos publicou uma foto com Dokolo e o filho mais novo no Twitter, mas sem qualquer legenda. Sucedem-se as manifestações de pesar em resposta ao tweet.

Dokolo era dono de uma das mais contemporâneas coleções de arte africanas, que incluíam mais de 3.000 peças de arte.

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