quarta-feira, 4 de novembro de 2015

HAKARAK MORIS DIAK, LABELE DEPENDE BA ESTADU


Primeiru Ministru (PM), Rui Maria de Araújo hatete, hakarak buka moris diak labele depende demais ba Estadu,tanba Estadu ajuda maibe la’os bebeik.

“Ita labele tabele hela deit ba Estadu, Estadu fo apoiu oituan,” esplika PM Rui Maria de Araújo, wainhira hala’o vizita ba Koperativa Buka Fini iha Suk Mulo, Postu Administrativu Hatobuilico, Munisipiu Ainaro, Sesta (23/10) ne’e.

PM Rui dehan, koperativa ne’e presiza neneik-neneik mak bele sai ba diak. La’os ohin harii, ohin diak kedas.

“Entaun koperativa mos hanesan ne’e, kuandu fof-foun ne’e ita fo lai susu ben mas to’o tempu ona susu ben tenki hapara ona, tanba bo’ot ona se lae ita moe,”dehan PM Rui.

Iha parte seluk Ministru Comersiu industria Ambiente (MCIA) Costancio Pinto hateten, nia senti kontente tebes haree koperativa Buka Fini nia servisu   ne’ebe maka diak tebes hodi halibur osan ho montante bo’ot tanba   ne’e MCIA servisu   hamutuk   hodi apoiu.

“Kontente tebes tanba hare imi nia serbisu hodi halibur osan   ho nune’e MCIA prontu serbisu hamutuk hodi fo apoiu kona-ba sa ida maka koperativa buka   fini nia probelema. Tanba ne’e husu imi atu serbisu   fali ho maluk sira seluk,” informa Costancio Pinto.

Nune’e mos Direktur Koperativa Buka Fini Silveiro   Pereira hateten, koperativa   ne’e hari hetan apoiu ajudus husi MCIA ho fundus 10 mill no osan ne’ebe iha kontinua fo kreditu ba komunidade.

“Osan 10 mil   ami fo kredetiu ona ba ema seluk hamutuk ema nain 30 no sei kontinua ho aktividade seluk maka halo negosio no fini   ne’ebe maka ami iha 6 mil maibe ami iha difikuldade maka presiza formasaun, la iha sede koperativa, brankas rai osan, la iha komputador no printer,”dehan Silveiro Pereira.Avi

Jornal Nacional

Empreza koreana ne’ebé halo ona kontratu bot ho Timor-Leste hetan kastigu tanba iregularidade iha Koreia


Empreza hosi Korea, Hyundai Engineering & Construction, ne’ebé asina kontratu bot ho Governu Timór, labele aprezenta konkursu públiku iha ninia rain rasik durante tinan rua tanba mosu iregularidade. 

Problema maka empreza refere halo beibeik iregularidade, no iha fulan agostu liu ba, ho fali Governu Timór, tanba asina ona kontratu ho valór dolár milloens 720 ho dezeña no atu harii Baze Apoiu Suai nian, projetu ne’ebé koñesidu hanesan Tasi Mane.

Kontratu ne’ebé halo agora ho problema, tanba antes ne’e Kámara Kontas timor-oan nian rekuza tiha, no tuir desizaun ne’ebé parte rua fó sai iha semana kotuk, katak “latuir norma fundamentál ne’ebé aplika iha Timor-Leste”, tuir saida maka Lusa fó sai iha sesta-feira.

To’o semana oin empreza refere sei bele aprezenta razaun ruma ne’ebé kontra, tanba konteúdu ne’ebé lolos ladauk fó sai, tanba ne’e maka, iregularidade ne’ebé empreza refere komete, los ka lalos.

Tuir fonte ne’ebé hatene kona-ba prosesu ne’e dehan ba Lusa katak molok xumbu hosi Kámara Kontas no molok asina kontratu, iha finál fulan agostu, fó hatene “beibeik” ona ba Governu Timór kona-ba eskándalu ne’ebé envolve Hyundai Engineering & Construction.

Iha tinan hirak ikus ne’e, empreza refere sai hanesan eskándalu bot ba iha obra públika hothotu iha Koreia Sul, hodi akuza empreza sanulu resin ho kazu koluzaun (konkluiu) no halo iregularidade oioin hodi hetan kontratu públiku.

Empreza ne’e lakon ona kontratu ho valór dolár rihun milloens 2,8, tanba ne’e maka organizasaun barak maka sei hatama empreza ne’e ba iha lista metan no fó ona multa liu dolár milloens 20.

Tanba multa ne’ebé aplika ba Komisaun Konkorénsia koreana no ba rekursu hirak ne’ebé tribunál barak husu, maka empreza refere labele kandidata-aan ba iha projetu públiku iha Korea Sul to’o meadu tinan 2016 nian.

Hosi iregularidade ne’ebé iha, deteta mos koluzaun no prátika ladi’ak ba iha kontratu públiku oioin, inklui akordu ba inflasiona folin, tanba ne’e maka blokeia ona kontratu ba iha nasaun oioin, inklui iha Indonézia.

Purzemplu, empreza ne’e labele kandidata-aan ba projetu ida iha Indonézia ne’ebé hetan apoiu hosi banku koreanu Exim Bank no hosi Ajénsia Koreana Koperasaun Internasionál (KOICA), nomós ba projetu iha área mina no gás naturál iha India, hafoin aprezenta sertifikdu inespesaun falsu.

Internacional Finance Corporation (IFC), entidade hosi Banku Mundiál, haktuir katak sei halo investigasaun ba kompañia refere atu hodi determina, karik tama ka la’e ba iha lista empreza ne’ebé labele aprezenta sira-ninia konkursu ka sira na’in maka selu.

To’o oras ne’e, Hyundai Engineering & Construction ladauk halo parte iha lista refere, hanesan Lusa fó sai iha pájina online IFC nian.

SAPO TL ho Lusa 

Confederação Empresarial da CPLP pede livre circulação entre Estados-membros


Maputo, 03 nov (Lusa) - O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), Salimo Abdula, acusou hoje os governos da organização de colocarem barreiras ao investimento ao impedirem a livre circulação de bens e pessoas entre os Estados-membros.

"Um dos problemas que os empresários têm identificado é a livre circulação de pessoas e bens e, que se existisse, o investimento [entre os Estados-membros] podia aumentar exponencialmente", declarou à Lusa Salimo Abdula, à margem de uma conferência hoje em Maputo sobre negócios entre Portugal e Moçambique, promovida pela Ordem dos Contabilistas Certificados e rádio TSF.

Dando o exemplo de Moçambique, onde é um destacado empresário, o presidente da CE-CPLP salientou a necessidade de o seu país começar a produzir mais para aumentar exportações, mas, para atingir esse objetivo, "a livre circulação de pessoas e bens tem sido um grande handicap".

Na sua intervenção durante a conferência, Salimo Abdula já tinha pedido aos governos para porem "a mão na massa" e resolverem este assunto.

"Criem 'autoestradas' e os empresários tratam do resto", declarou, apelando ainda aos governos para "eliminarem tabus" entre eles e que remetem para "40 anos atrás".

O investidor, antigo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), comentou também a atual instabilidade entre Governo e oposição da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) estabelecendo a diferença entre "bocas entre políticos" ou a resolução de problemas "com uma arma à cabeça".

Para Abdula, Moçambique "tem de resolver definitivamente este problema", que diz ter mais eco no estrangeiro do que no próprio país.

"Incomoda-me ter de fazer um esforço titânico lá fora para explicar que o país está bem", declarou, referindo-se aos seus contactos com empresários estrangeiros, embora tenha admitido que as recentes confrontações entre Governo e Renamo já o tenham levado a encerrar temporariamente unidades dos seus investimentos no país.

O Banco de Moçambique e o chefe de Estado moçambicano assumiram na semana passada que o país enfrenta várias dificuldades, traduzidas pela depreciação do metical face ao dólar, diminuição de divisas, redução da ajuda externa e investimento estrangeiro e aumento da dívida pública.

Na mesma altura, o FMI confirmou a revisão em baixa da previsão de crescimento económico para 6,3% este ano e 6,5% em 2016 e anunciou um empréstimo de 286 milhões de dólares (260 milhões de euros) a Moçambique até 2017.

Salimo Abdula concordou hoje com o Presidente moçambicano quando disse que o país consome mais do que produz e que este pode ser um bom ponto de partida para uma nova atitude dos empresários.

"São boas perspetivas porque obriga os empresários que têm dinheiro, ou fizeram dinheiro sem saber como, a orientarem o negócio ocioso para o negócio produtivo", arrastando o aumento do investimento, do emprego e das exportações, sustentou.

Na conferência de hoje, em que participou também José Augusto Duarte, embaixador de Portugal em Maputo, Paulo Sousa, diretor-geral do banco BCI, Rodrigo Rocha, representante da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique, e Domingues Azevedo, bastonário da Ordem dos Contabilistas Certificados, foi destacado por todos os intervenientes a vantagem competitiva da língua portuguesa.

O embaixador português advertiu porém que a língua pode servir para garantir uma posição de vantagem à partida mas não à chegada e precisa de ser acompanhada de outros fatores para se alcançar o sucesso.

A agricultura, o agronegócio, piscicultura, serviços, turismo e também a educação foram apontados como os setores mais necessitados de investimento e nos quais Portugal pode ter uma vantagem competitiva.

A conferência "Moçambique - Portugal, Reforçar as vantagens competitivas" insere-se no ciclo "Negócios em Português" que a Ordem dos Contabilistas Certificados e a TSF já realizaram em São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, e que, depois de Moçambique, deverá passar pelos restantes países de língua portuguesa.

HB // VM

Arábia Saudita decide faltar a jogo de qualificação Mundial2018 com a Palestina


Riade, 03 nov (Lusa) -- A Arábia Saudita decidiu faltar ao jogo de quinta-feira com a Palestina, em Ramallah, da fase de qualificação asiática para o Campeonato do Mundo de futebol de 2018, anunciou hoje a federação saudita.

"A federação enviou uma mensagem [à FIFA] através da qual pediu desculpa por faltar ao jogo com a Palestina, agendado para quinta-feira", disse o porta-voz federativo Adnane al-Moueibid.

A FIFA já tinha rejeitado a pretensão da Arábia Saudita, que alegou "circunstâncias excecionais" para pedir a realização em terreno neutro do encontro entre as duas seleções, inicialmente marcado para 21 de outubro, mas que foi adiado para 05 de novembro.

A Palestina já tinha aceitado alterar a ordem dos jogos do grupo A de apuramento -- que integra também Timor-Leste -, uma vez que deveria ter jogado inicialmente em casa, em junho, mas acedeu a deslocar-se à cidade saudita de Jeddah, onde perdeu por 3-2.

RPC // NF

EUA vão operar onde o direito internacional permitir no Mar do Sul da China - almirante


Pequim, 03 nov (Lusa) -- As Forças Armadas dos EUA vão continuar a operar sempre e onde o direito internacional o permitir, incluindo no Mar do Sul da China, disse hoje um almirante em Pequim.

"As águas internacionais e o espaço aéreo pertencem a toda a gente e não estão sob o domínio de uma só nação", afirmou o almirante Harry Harris, de acordo com o discurso preparado para o Stanford Center, na Universidade de Pequim.

"O nosso exército vai continuar a voar, navegar e operar sempre e onde quer que o direito internacional o permita. O Mar do Sul da China não é - e não será - uma exceção", afirmou.

Harris é o chefe das forças dos Estados Unidos no Pacífico e as suas declarações públicas na capital chinesa marcam a tomada de posição de Washington em relação a uma via marítima considerada vital onde Pequim está a transformar rochas e corais em ilhas artificiais com instalações para uso militar.

Pequim reivindica soberania sobre quase todo o mar, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940.

Washington tem dito repetidamente que não reconhece as reivindicações da China sobre as águas em torno das ilhas artificiais.

Na semana passada, o contratorpedeiro lança-mísseis USS Lassen, da Marinha dos Estados Unidos, navegou a menos de 12 milhas das ilhas artificiais.

O gesto irritou Pequim, que convocou o embaixador norte-americano e avisou que o Governo chinês "defenderá resolutamente a sua soberania territorial e os seus interesses marítimos".

ISG (JH)// MP

Companhia aérea Air China começa a voar para Cuba em dezembro


Pequim, 03 nov (Lusa) - A companhia aérea Air China iniciará voos para Cuba a partir do próximo dia 27 de dezembro, naquela que será a primeira ligação aérea entre o país asiático e a região do Caribe, avançou hoje a imprensa estatal.

O Boeing 777 fará a nova rota, que liga Pequim a Havana, três vezes por semana, com uma escala em Montreal, no Canadá.

O turismo é a segunda maior fonte de receitas da economia cubana e só no primeiro semestre de 2015 faturou 1.700 milhões de dólares (1.543 milhões de euros), segundo dados oficiais.

Em 2014, 109 milhões de chineses viajaram para fora da China Continental, transformando o país no maior emissor mundial de turistas, à frente dos Estados Unidos da América.

No mesmo período, 113.200 chineses visitaram Portugal - o dobro de há dois anos - e gastaram 54 milhões de euros, quase 20 milhões a mais do que em 2013.

JOYP // MP

China condena mais um alto quadro do PCC próximo de ex-chefe da Segurança


Pequim, 03 nov (Lusa) - Li Chongxi, um antigo aliado de Zhou Yongkang, o mais alto líder da China condenado desde a fundação da República Popular, em 1949, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção.

O ex-presidente da Conferência Consultiva Política da província de Sichuan, no sudoeste da China, começou a ser investigado no ano passado, juntamente com outros altos quadros do Partido Comunista Chinês (PCC) vistos como próximos de Zhou.

Segundo a sentença do tribunal, Li recebeu subornos no valor de 11,1 milhões de yuan (1,5 milhão de euros) e todos os seus ativos pessoais foram confiscados, noticiou a imprensa estatal.

Li foi conselheiro de Zhou, ex-membro do Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China, onde tutelava o aparelho de segurança do país, incluindo polícias, tribunais e serviços de informação.

Nos últimos meses, vários aliados de Zhou foram detidos ou condenados, entre os quais Wang Tianpu, ex-presidente da petrolífera chinesa Sinopec, e Jiang Jiemin, ex-responsável pela supervisão das empresas estatais chinesas.

Hoje, a comissão de disciplina do PCC expulsou do partido e do exército dois altos cargos militares, Zhang Genheng e Li Wenli, confirmando o alargamento da campanha anticorrupção às forças armadas, até há pouco vistas como intocáveis.

Zhang era o chefe do regimento fronteiriço do exército chinês em Xinjiang, uma das províncias chinesas mais suscetíveis ao separatismo e frequente palco de incidentes violentos entre a minoria étnica muçulmana uiguir e o principal grupo étnico chinês han.

Li era o diretor do departamento militar do Gabinete de Segurança Pública na Mongólia Interior, noroeste do país.

Desde que subiu ao poder, em 2012, o atual líder chinês Xi Jinping prometeu "combater tanto as moscas como os tigres", numa alusão aos altos quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.

JOYP // ISG

Receitas da Sociedade de Jogos de Macau caíram 37,9% no terceiro trimestre


Macau, China, 03 nov (Lusa) - A Sociedade de Jogos de Macau (SJM) anunciou hoje receitas de 11,243 mil milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 1,3 mil milhões de euros), menos 37,9% do que no mesmo período de 2014.

Num comunicado, a SJM, fundada por Stanley Ho e a operadora de jogo de Macau com mais mesas no território, revelou ainda que nos primeiros nove meses do ano teve receitas de 37,562 mil milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 4,4 mil milhões de euros), menos 39,6% do que em 2014.

Já o EBITDA ajustado da SJM (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) no terceiro trimestre deste ano (julho a setembro) baixou 49,5%, em comparação com o período homólogo de 2014, situando-se nos 884 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 103 milhões de euros).

No mesmo comunicado, o grupo disse que as receitas do terceiro trimestre lhe deram 21,3% do mercado do jogo em casino de Macau, quando no mesmo período de 2014 tinha 22,5%.

O presidente do Conselho de Administração da SJM, Ambrose So, citado no mesmo comunicado, disse que num momento de "condições desafiantes" para o jogo de Macau, em que as receitas dos casinos do território registam quedas há seis trimestres consecutivos (desde junho de 2014), o grupo que lidera tem controlado custos e melhorado os serviços prestados aos clientes.

"Continuamos otimistas em relação ao futuro", disse ainda Ambrose So, referindo a boa situação financeira da SJM, apesar das quedas das receitas, e que o grupo mantém o propósito de concluir o "Lisboa Palace", o seu primeiro 'resort' no COTAI (a zona de casinos de Macau situada nos aterros que agora unem as ilhas da Taipa e de Coloane), no prazo previsto, ou seja, em 2017.

As receitas dos casinos em Macau, pilar da economia do território, registam quedas mensais homólogas consecutivas desde junho de 2014, tendo em setembro descido para níveis de há cinco anos (17,13 mil milhões de patacas, cerca de 1,91 mil milhões de euros).

Em outubro, manteve-se a tendência de queda, mas a descida homóloga de 28,4% nas receitas britas dos casinos foi a de menor dimensão desde fevereiro.

Por outro lado, as receitas brutas dos casinos voltaram em outubro a superar a fasquia dos 20 mil milhões de patacas, barreira que levou o Governo da região a adotar medidas de austeridade (cortes em despesas da Administração) que entraram em vigor a 01 de setembro.

As receitas do jogo são a principal fonte de receita pública de Macau.

A queda das receitas dos casinos em Macau, o maior centro do jogo do mundo, tem sido associada à campanha anticorrupção lançada por Pequim, que afastou os grandes apostadores do território, e também ao abrandamento da economia da China.

Macau é uma Região Administrativa Especial da China desde dezembro de 1999.
MP // VM

Reino Unido restitui 40ME a Macau de ex-governante condenado por corrupção


Macau, China, 03 nov (Lusa) -- Macau vai recuperar 350 milhões de patacas (cerca de 40 milhões de euros) do Reino Unido, fruto de bens ilícitos que Ao Man Long, antigo secretário do Governo da região, condenado por corrupção, detinha no país, foi hoje anunciado.

O montante será restituído ao abrigo de um acordo, hoje assinado entre os governos de Macau e do Reino Unido, que a secretária para a Administração e Justiça da região chinesa, Sónia Chan, disse ser "reconhecido como um caso exemplar de execução da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção em matéria de recuperação de bens".

Ao Man Long, ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, foi detido em 2006 e condenado a 29 anos de prisão por corrupção e branqueamento de capitais, num processo que terminou em 2012, depois de três sentenças -- devido à sua dimensão, o processo foi dividido. Desde então, Macau tem tentado recuperar os bens que considera fruto desses atos de corrupção -- 440 milhões de patacas (50 milhões de euros) foram recuperados de bancos de Hong Kong, disse hoje a secretária.

O pedido de restituição de bens foi formalizado em 2010, mas, devido à complexidade do acordo, só agora foi possível firmar a devolução dos 350 milhões de patacas, que já incluem o valor do apartamento que Ao Man Long detinha no Reino Unido.

Segundo Sónia Chan, neste momento "está praticamente tudo recuperado", referindo-se aos bens do ex-dirigente no estrangeiro, que faziam parte do confisco decretado pelo tribunal.

Para assinar o acordo -- que só se aplica ao caso de Ao Man Long --, em representação do Governo britânico, esteve a cônsul-geral britânica em Hong Kong e Macau, Caroline Wilson, que sublinhou que "a recuperação de bens serve o seu objetivo apenas se conseguirmos apontar para um impacto produtivo".

Reconhecendo que a Macau cabe decidir o destino a dar a este montante, a diplomata indicou que "vai haver grande interesse, nos dois países e além deles, em saber como esta restituição funcionou para benefício das pessoas de Macau".

Quando questionada, Sónia Chan não respondeu sobre o fim a dar aos 350 milhões recuperados.

Sobre a mulher de Ao Man Long, que se acredita viver no Reino Unido, Caroline Wilson respondeu não ter "nenhuma informação".

Camila Chan foi condenada no âmbito do mesmo processo e encontra-se fugida à Justiça, sendo procurada pela Interpol.
ISG // VM