quarta-feira, 10 de junho de 2015

Arranca preparação para censos 2015 em Timor-Leste, que decorre a 11 de julho


Milhares de pessoas participam no próximo mês na realização dos terceiros censos de Timor-Leste, marcado oficialmente para 11 de julho, num processo que segundo as autoridades timorenses permitirá perceber melhor as necessidades da população.

O censo é o terceiro retrato dos habitantes de Timor-Leste, depois das análises de 2004 e 2010 e abrangerá informação sobre aspetos como a dimensão da população, educação, saúde, mercado de trabalho, agricultura, água e saneamento, eletricidade, taxa de mortalidade e níveis de pobreza.

Intervindo no lançamento do Censos Nacional da População e Habitação de Timor-Leste, o Presidente da República, Taur Matan Ruak, destacou a importância do projeto para "entender as necessidades da população" timorense.

"Entender melhor os cidadãos ajuda a planear adequadamente: conseguimos desenvolver políticas e programas baseadas em informação real, para desenhar um melhor futuro para todos", disse.

O censo está a ser preparado pela Direção Geral de Estatísticas do Ministério das Finanças em colaboração com o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e com a agência UN Women.

Rui Maria de Araújo, primeiro-ministro, apelou à participação de todos nos censos, que permite, sublinhou, "formar uma ideia precisa das características da população".

"Participar nos censos é essencial. É um dever cívico de todos e é muito simples", explicou, destacando que a informação é tratada com confidencialidade.

Para a realização dos censos, equipas vão espalhar-se pelos 13 distritos de Timor-Leste e distribuir formulários, até 25 de julho, que detalhem informação sobre quem estava em cada uma das casas em Timor-Leste no dia 11 de julho.

O último censos, realizado em 2010, demonstrou, entre outros aspetos, o aumento populacional e do desemprego, rápida migração para a capital, mais acesso a eletricidade, televisão e telemóvel e redução do analfabetismo.

Este estudo indicou que a população de Timor-Leste aumentou 15% em relação a 2004 (data do último censo feito no país), sendo em 2010 de 1.066.582 habitantes.

Dos dados recolhidos conclui-se também que "o número de domicílios com acesso a equipamentos sociais como telefones celulares, TV e eletricidade aumentou dramaticamente", mas, em aparente contradição, "nove em cada dez famílias timorenses ainda usam lenha para cozinhar".

Do total de habitantes do país, mantinha-se em 2010 a prevalência do sexo masculino, que já se verificava em 2004, sendo que existem 541.147 homens e 525.435 mulheres.

SAPO TL com Lusa 

Hino de Timor-Leste evoca declaração de independência de 1975


Díli, 10 jun (Lusa) - Composto em 1975 por Afonso de Araújo e com letra de Francisco Borja da Costa, o hino timorense foi usado pela primeira vez a 28 de novembro desse ano quando a Fretilin declarou unilateralmente a independência de Timor-Leste.

Borja da Costa acabou por ser morto dias depois, a 07 de dezembro, quando se concretizou a invasão indonésia do país mas o seu legado ficaria vincado na simbologia nacional.

O hino acabou por ser formalmente declarado hino nacional numa votação histórica a 18 de março de 2002, quando a votação do artigo 165A da Constituição da República Democrática de Timor-Leste se transformou num 'debate musical', cheio de contornos mais lúdicos.

Como de música se tratava, membros da Fretilin (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente) arranjaram um pequeno 'walkman', com os respetivos auriculares, colocando um dos mini auscultadores junto ao microfone normalmente usado para os debates.

O som do hino lá chegou às colunas da sala, suscitando imediato coro de grande parte da bancada da Fretilin e até de membros de outros partidos, conhecedores da letra.

A cantoria acabou por suscitar ainda mais debate, com alguns deputados a sugerirem que faltavam "características marciais" à melodia, outros a sugerir alterações à letra e outros até a solicitarem uma nova interpretação.

Foi o caso de Clementino Amaral (KOTA) que afirmou que "apenas aquelas quatro senhoras", apontando para quatro deputadas da Fretilin, tinham sabido dar ao tema "o tom marcial" que era devido.

"Eu pedia para elas cantarem outra vez", disse, perante risos dos restantes deputados e da pouca gente que acompanhava o debate.

Descontraídos, deputados e presidente da Assembleia, esqueceram por momentos o protocolo, com Feliciano Fátima (ASDT) a oferecer-se "para acompanhar" nova tentativa.

O próprio presidente, Lu-olo acabou por se juntar à descontração momentânea, perguntando a Jacob Xavier (PPT) se mais um pedido de intervenção "também é para cantar".

Já estava o debate mais ao mesmo encaminhado - depois de referências a Beethoven, à "música clássica europeia" e até à necessidade de reformular o texto, quando Aliança Araújo (PNT) lança mais uma proposta na mesa.

Como alternativa ao "Pátria Pátria" sugere o atual hino da FRETILIN "Foho Ramelau", de Abílio Araújo e Borja da Costa.

"Eu fiz aqui esta proposta e sei que não vai passar, mas como já me doeu a mão para a escrever vou apresentá-la na mesma", disse, perante risos de alguns dos presentes.

E como a proposta também era "multimédia", Aliança Araújo saca de uma cassete, e vá de tocar uma das versões mais clássicas do hino do maior partido timorense.

Não fugindo à tradição que tinham acabado de criar, os deputados voltaram a juntar-se em coro, numa interpretação que no fim teve direito a sessão de palmas e tudo. Ainda que depois a ideia do "Foho Ramelau" fosse recusada, porque a FRETILIN teria que desistir do seu hino partidário.

Quanto ao assunto mais importante e depois do interessante processo de debate, os membros da Assembleia Constituinte decidiram primeiro aprovar, retirando a palavra "provisório" do artigo intitulado "Hino Nacional".

Logo a seguir, com 67 votos a favor, três contra e oito abstenções - numa sessão a que faltaram 10 deputados - foi aprovado o artigo que define como hino nacional "a melodia 'Pátria-Pátria, Timor-Leste a nossa nação'".

Cinco anos depois o parlamento aprovou a lei 2/2007, dos símbolos nacionais, clarificando que "o hino nacional, designado por Pátria, é composto por música de Afonso Redentor de Araújo e letra de Francisco Borja da Costa".

"A pauta musical do hino nacional, obedece à instrumentação original e recuperação de Paulo Pereira dos Santos e de Abílio de Araujo", nota ainda.

Mais adiante o texto nota que "ninguém pode ser admitido como funcionário público ou integrado, sob qualquer regime laboral, em serviço público sem que demonstre conhecimento da letra integral do hino nacional".

ASP

Mau Pelo, o cuidador da bandeira de D. Maria II em Estado, Timor-Leste


Estado, Timor-Leste, 10 jun (Lusa) - Mau Pelo, liurai timorense, 70 e tal anos - não sabe ao certo -, fato monárquico português do século XIX, azul-escuro cruzado por duas faixas rosa, sujas, tem as mãos secas, finas e cheias de sulcos, apoiadas em duas bengalas.

Está sentado numa cadeira de plástico, hirto, quase parece de cera, no interior de uma pequena casa de cimento, branca e azul, no topo de uma escada, também de cimento, com degraus ingremes e de uma altura que obrigam a uma subida pouco natural até lá cima.

Se calhar é propositado, para que nesta casa mais moderna imitem a altura dos degraus de madeira que se tem que subir para chegar à casa tradicional em si, a Uma Lulik, a casa sagrada, do outro lado do largo, em cuja sombra brincam quatro ou cinco miúdos.

Mau Pelo vestiu-se propositadamente para receber a reportagem da Lusa, guiada nesta viagem ao passado por uma equipa do Arquivo e Museu da Resistência Timorense, em Díli, liderada por um seu familiar, Álvaro Rosário Vasconcelos.

O fato está desgastado, com as insígnias nos punhos a desfazerem-se, botões dourados, cada um com as armas de Portugal, as duas bengalas de madeira, decoradas com um punho também dourado, marcado por desenhos de flores e conchas.

Mas é quase um milagre que algo do século XIX, que já esteve escondido em buracos em vários pontos de Timor-Leste ainda esteja neste estado. Ou que sequer exista.

Como é ainda mais milagroso que tenha sobrevivido - apesar do mau-estado em que já se encontra - o que chama aqui os mais curiosos: uma bandeira de D. Maria II, enviada para Timor-Leste e que tem sido guardada, ao lado de vários documentos - esses ainda em pior estado - incluindo um alvará real.

Primeiro foi Mau Dua, depois Manuel - "não tem nome gentio" - depois Mau Pelo. O seguinte chama-se Domingos Lemos e já ajuda o liurai, a mostrar os documentos e a bandeira, a fazer a bênção com malus, areca e betel ao parente que serve de guia nesta viagem, Álvaro Rosário Vasconcelos.

Álvaro também é descente direto da linhagem que deveria cuidar a bandeira, mas a honra ficou com Mau Pelo e quando este morrer passará para o jovem Domingos Lemos, que já é chefe de suco.

Ainda que hoje, como admite, os mais jovens liguem muito menos a estas coisas e os liurais estejam menos presentes na vida diária de Timor-Leste e dos timorenses.

O culto à bandeira de Portugal, tanto a monárquica com a republicana, a um vínculo várias vezes celebrado por reinos timorenses ainda hoje é, para muitos, algo incompreensível, mal percebido, mal interpretado.

Foi lido, erradamente, como um ato de resistência à ocupação indonésia quando na prática, como esta bandeira desbotada e degradada o demonstra, já era um símbolo sagrado para os reinos timorenses muito antes, há vários séculos.

Contam os Lia Na'in, os 'pais' da oralidade histórica e da ligação timorense ao seu passado, que as bandeiras representam alianças históricas, muitas vezes confirmadas com os inquebrantáveis pactos de sangue.

Aqui, neste mundo dos reinos timorenses, em Hatumatei, no pequeno suco de Estado, no município de Ermera, sul de Díli, tudo é monárquico, ou pelo menos a pretender ser nobre, até no surreal, como num dos paus de bandeira que decoram o exterior da pequena casa.

Num deles uma bandeira, em tom avermelhado com símbolos estranhos, na outra, talvez pela coroa que agora o próprio clube retirou do seu símbolo oficial, uma bandeira do Real Madrid.

"Rego Real anti barça", lê-se em grafiti na parede de uma das poucas casas que habita o largo desta vila animista que, por sua vez é observado, como não podia deixar de ser e como em cada terra de Timor-Leste, por uma capela, instalada no alto do monte mais próximo.

Esta é uma viagem no tempo, até ao final de uma estrada, até este largo dominado por uma árvore gigantesca sob a qual se fazem muitos dos encontros comunitários e em cujo tronco, cobertas com pedras de vários formatos, estão duas caveiras da 2ª Guerra Mundial.

Esta é uma visita curta ao mundo tradicional 'lulik', sagrado, animista, que luta por sobreviver perante a marcha impassível do tempo e contra a passividade e o desinteresse que foi crescendo, a par da melhoria de vida, do fim da ocupação indonésia, da 'normalidade' que levou a que este espaço de crença deixasse de ser o refúgio de outrora.

Esta é também uma viagem ao surrealismo, ao combate entre o moderno e o antigo, entre o progresso que avança, encosta acima com brigadas que colocam alcatrão nas estradas, e o quase silêncio do passado de Estado, uma viagem ao choque entre animismo e 'lulik' e o 'maromak' católico.

Uma viagem de símbolos estranhos, dos chifres de búfalo que decoram a entrada da casa tradicional, à velha roupa de nobre, de Mau Pelo, sentado na cadeira de plástico importada da Indonésia, o rosto magro, escavado, mais enrugado que a bandeira que cuida.

São apenas cerca de 70 quilómetros entre Díli e Estado - em que os últimos 10 ou 15 demoram uma hora, numa estrada de buracos e pedras, que parece entrar floresta dentro - mas uma distância de forma e de conteúdo muito maior.

Uma distância que, inversamente, aproxima reinos, tempos, realidades, o físico e o espiritual.

ASP // PJA

Mau Pelo, o cuidador da bandeira de D. Maria I em Estado, Timor-Leste

(NOVO TÍTULO) Estado, Timor-Leste, 10 jun (Lusa) - Mau Pelo, liurai timorense, 70 e tal anos - não sabe ao certo -, fato monárquico português do século XIX, azul-escuro cruzado por duas faixas rosa, sujas, tem as mãos secas, finas e cheias de sulcos, apoiadas em duas bengalas.

Está sentado numa cadeira de plástico, hirto, quase parece de cera, no interior de uma pequena casa de cimento, branca e azul, no topo de uma escada, também de cimento, com degraus ingremes e de uma altura que obrigam a uma subida pouco natural até lá cima.

Se calhar é propositado, para que nesta casa mais moderna imitem a altura dos degraus de madeira que se tem que subir para chegar à casa tradicional em si, a Uma Lulik, a casa sagrada, do outro lado do largo, em cuja sombra brincam quatro ou cinco miúdos. (Corrige o título, uma vez que se trata da bandeira de D. Maria I, e não D. Maria II, como anteriormente tinha sido divulgado).

ASP // PJA

Jovens macaenses na diáspora com encontro marcado para a próxima semana


Macau, China, 10 jun (Lusa) -- Macau vai acolher, a partir da próxima quarta-feira, dia 17, do III Encontro da Comunidade Juvenil Macaense, anunciou hoje a organização do evento.

O encontro, que vai durar sete dias, vai juntar cerca de 50 representantes das 12 Casas de Macau espalhadas pelo mundo, indica um comunicado da Associação dos Jovens Macaenses (AJM).

Do programa constam atividades recreativas, de índole cultural e até de cariz mais económico, as quais irão fortalecer "o sentimento de ligação a Macau destes jovens da diáspora, ao mesmo tempo que lhes irá permitir ter uma visão mais moderna" da cidade.

Está também prevista uma visita à Ilha da Montanha (Hengqin) e a Zhongshan, organizada com a ajuda do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, para que os jovens conheçam a região vizinha de Cantão, refere a mesma nota.

O Encontro da Comunidade Juvenil Macaense juntou na anterior edição (2012) mais de 30 jovens na Região Administrativa Especial chinesa.

DM (FV)// SO

Bon Jovi estreia-se em Macau com duplo concerto em setembro


Macau, China, 10 jun (Lusa) -- A banda norte-americana Bon Jovi vai estrear-se em Macau com um duplo concerto nos dias 25 e 26 de setembro, foi hoje anunciado.

O anúncio de que a banda de rock vai subir ao palco do Cotai Arena, com uma lotação de 15.000 lugares, foi feito em comunicado pela operadora Sands China, proprietária do complexo The Venetian, que alberga também o maior casino do mundo.

Os bilhetes para o duplo espetáculo, à venda a partir da próxima terça-feira, dia 16, custam entre 580 e 3.580 patacas (64 e 394 euros).

Os Bon Jovi, que contam com mais de 130 milhões de discos vendidos, já realizaram mais de 2.900 concertos em mais de 50 países.

DM // SO

Coronavírus MERS já matou nove pessoas na Coreia do Sul


A Coreia do Sul registou hoje mais duas mortes devido à Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV), elevando o total para nove desde o início do surto.

Treze novos casos foram também confirmados, com o país a registar agora 108 pessoas diagnosticadas desde 20 de maio, data em que foi detetado o primeiro caso, indicou o Ministério da Saúde.

As duas mais recentes fatalidades incluem uma mulher de 75 anos e um homem de 62 anos.

Os dois contraíram o novo coronavírus no Centro Médicos Samsung, o maior hospital no sul de Seul, onde se registou o maior número de infeções e onde 10 dos 13 novos pacientes estavam também infetados.

Todas as infeções estão limitadas aos hospitais e as autoridades sublinham que o vírus não se alastrou para as comunidades foram das instalações hospitalares.

Os nove mortos tinham todos problemas de saúde antecedentes, afirmou o ministério.

O MERS é considerado um 'primo', mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

Tal como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento preventivo para a doença.

SAPO TL com Lusa

Angola e China "podem ir mais longe" na cooperação bilateral, diz José Eduardo dos Santos


Pequim, 09 jun (Lusa) - O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, manifestou-se hoje empenhado em "estreitar as relações com a China", afirmando que os dois países "têm imensas potencialidades para valorizar" e "podem ir mais longe" na cooperação bilateral.

"A história tem demonstrado que é na base da confiança e do respeito mútuos que se forjam relações sólidas e duradouras, como a parceria estratégica com a China", disse José Eduardo dos Santos no início das conversações com o homólogo chinês, Xi Jinping.

"Os laços de amizade e de solidariedade entre os nossos povos e países são muito fortes e queremos continuar a estreitá-los", acrescentou.

As conversações decorreram no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim, depois de uma cerimónia de boas vindas com guarda de honra, salvas de canhão e o hino nacional dos dois países tocado por uma banda militar.

Dezenas de crianças agitando bandeiras de Angola e da China saudaram os dois presidentes.

Na avenida que passa no topo norte da praça Tiananmen, frente à imponente tribuna de cor de púrpura que dá o nome do local - Porta da Paz Celestial (Tiananmen) -, os candeeiros estavam ornamentadas com as bandeiras dos dois países.

"A China foi o país que mais depressa compreendeu a situação difícil de Angola no final da guerra, em 2002, e qual a ajuda que poderia dar à reconstrução nacional", realçou o Presidente angolano.

Numa entrevista feita ainda com os jornalistas presentes na sala, salientou também que "em poucos anos, Angola conseguiu grandes progressos" e que "a China é hoje o maior importador de petróleo angolano".

José Eduardo dos Santos iniciou na segunda-feira uma visita de seis dias à China, acompanhado por nove ministros.

É a sua quarta visita àquele país em 27 anos, o que faz do Presidente angolano "um velho amigo da China", como lhe chamou o homólogo chinês.

"Esta visita injetará novo ímpeto na parceria estratégica entre China e Angola", disse o presidente chinês, que é também secretário-geral o Partido Comunista Chinês (PCC), o cargo político mais importante do país.

Xi Jinping definiu "o aprofundamento das relações com Angola" como "uma política consistente da China", afirmando que esse relacionamento "é um modelo da cooperação mutuamente vantajosa" que o seu país mantém com África.

"África é um amigo seguro da China e a China fará o seu melhor para que África alcance a paz e o desenvolvimento económico", declarou.

Evocando o 40.º aniversário da independência de Angola, que se assinala em novembro próximo, o Presidente chinês disse que o MPLA, o partido no poder, e o povo angolano "devem estar orgulhosos" pelas "extraordinárias mudanças" entretanto ocorridas no país.

O programa de José Eduardo dos Santos na China inclui ainda uma deslocação a Tianjin, o maior porto do norte do país, a cerca de 150 quilómetros da capital, e um fórum económico com quase 200 participantes.

Xi Jinping visitou Angola em 2011, quando era vice-presidente da China, e foi também nesse ano que os dois países assinaram um "acordo de parceria estratégica global".

Devido à acentuada diminuição do preço do petróleo no mercado mundial, no primeiro trimestre deste ano, o valor das exportações angolanas para a China caíram cerca de 50% em relação a igual período de 2014.

A China anunciou hoje que ajudará financeiramente Angola a "superar as dificuldades" criadas por aquele fenómeno, mas não especificou o montante da ajuda.

Segundo fontes chinesas, o volume dos empréstimos e das linhas de crédito concedidos pela China a Angola desde 2004 rondará os 15.000 milhões de dólares (13,3 mil milhões de euros).

AC // EL

NOBEL DA PAZ AUNG SUU KYI INÍCIA HOJE VISITA HISTÓRICA À CHINA


Pequim, 10 jun (Lusa) -- A líder da oposição da Birmânia e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi chega hoje à China, numa visita histórica que decorre num momento de alguma tensão entre ambos os países.

Aung San Suu Kyi partiu hoje do aeroporto de Rangun com destino à China, para uma visita até domingo, durante a qual terá reuniões com o Presidente chinês, Xi Jinping, com o primeiro-ministro, Li Keqiang, e com um grupo de empresários do país.

Trata-se de uma visita histórica, a primeira de Suu Kyi à China, através da qual Pequim vai tentar reforçar a relação com o Governo reformista birmanês e com a oposição.

Segundo informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, esta é uma viagem de "intercâmbios" entre o Partido Comunista da China e a Liga Nacional para a Democracia, presidida por Suu Kyi, uma formação que se estima ter bons resultados nas próximas eleições birmanesas previstas para o final do ano.

A chegada da Nobel da Paz, um prémio atribuído em 1991 pela sua luta pacífica a favor da liberdade no seu país, acontece num momento de alguma tensão entre ambas as nações.

Por um lado, a aproximação dos Estados Unidos à Birmânia, que durante os anos de governo da Junta Militar -- entre o final da década de 1960 até 2011 -- praticamente só teve a China como único aliado mundial, gerou desconfiança por parte de Pequim.

Além disso, refere a agência Efe, Pequim encontra-se numa situação delicada em relação à Birmânia, devido ao conflito entre a minoria kokang e o exército birmanês no norte do país, ao longo da fronteira com o sudoeste da China (província de Yunnan).

Em abril, uma bomba lançada por um caça birmanês causou a morte de cinco chineses e uma dezena de feridos, o que motivou a condenação da China, que desde o início do conflito acolheu milhares de refugiados birmaneses.

A Birmânia denunciou em várias ocasiões que os kokang, dos quais cerca de 90% são da etnia han, tal como a maioria dos cidadãos na China, recebem ajuda da China, que dominou o território até o ceder ao Reino Unido no final do século XIX. Pequim tem, no entanto, negado estas denúncias.

Suu Kyi visita a China pouco tempo depois de ter sido alvo de críticas pelo seu aparente silêncio perante a crise dos migrantes da minoria muçulmana rohingya e numa altura em que outro Prémio Nobel da Paz, o escritor chinês Liu Xiaobo, continua na prisão.

FV // SO

MILIONÁRIO INDIANO RENUNCIA À FORTUNA PARA SER MONGE


O "rei dos plásticos" indiano desistiu do seu império económico para passar a ser um monge da religião jainista e discípulo de um guru.

O empresário em causa chama-se Bhanwarlal Raghunath Doshi e tinha uma fortuna avaliada em 100 milhões de dólares.

Desistiu de tudo no passado fim de semana, quando se tornou monge jainista e o 108º discípulo do guru Surishwarji Maharaj.

Pelo menos desde 1982 que Doshi vinha manifestando proximidade aos ensinamentos do Jainismo. Terá sido sobretudo por razões familiares (tem três filhos) que demorou tanto a tomar a decisão.

TSF

DISSOLVE FFTL ..!!!

Jornal Nacional, editorial

Juventude hadomi Futebol ‘AMANTE’ ohin loron nee halo manifestasaun kontra dirijenti Federasaun Futebol Timor Leste (FFTL) hodi ejiji reformasaun no ejijensia estreñu liu mak hakarak dissolve FFTL tamba konsidera iha mafiozu iha Federasaun Futebol nee ninia laran.

Problema nebe FFTL infrenta, li-liu membru FFTL simu subornu hodi halakon Timor Leste iha jogu Sea Games nee bele dehan hanesan mos problema nebe FIFA infrenta, li-liu korupsaun iha FIFA nee mak iis to’o ona mai Timor Leste.

FIFA ohin loron nee bele dehan sei hanesan ‘ Ayam kehilangan induknya’, kongresu FIFA iha fulan kontuk, Presidente FIFA Joseph Bleter eleitu ba kintu mandatu maibe ikus mai rezigna an tamba Intelejen Amerika nian kaptura figura importante sira iha FIFA nia laran nebe komete korupsaun.

FFTL durante nee sai hanesan pontu antesaun publiku, li-liu juventude hadomi futebol ‘ AMANTE’ tamba buat barak mak konsidera lao lalos iha federasaun nian laran hodi nunee halo dezenvolvimentu Futebol iha Timor Leste lalao ba oin .

Atu hadia futebol iha Timor Leste, AMANTE dala barak halo manifestasaun no hakerek karta ba FIFA atu halo mudansa no reforma lideransa iha FFTL maibe FIFA kontinua kaer metin no apoia lideransa, Presidente Federasaun Futebol Timor Leste, Francisco Kalbuadi Lay tamba Kalbuadi Lay nudar susesor Presidente FIFA Josep Bleter.

Uluk AMANTE hakilar FIFA taka tilu, AFC taka tilu, ohin loron hakilar FIFA bele rona karik, AFC mos bele rona karik tamba kazu subornu nebe involve ofisiais FFTL nian hodi halakon ekipa Timor Leste sai nudar evidensia forte ba FIFA no AFC tetu hodi fo solusaun ba ejijensia sira nee.

Preokupasaun AMANTE nian ba desenvolvimentu Futebol iha Timor Leste nee tamba Federasaun Futebol Timor Leste hetan subsidiu anual husi FIFA, governu mos injeta osan 100 mil dolar amerikanu kada tinan liu husi Orsamentu jeral Estadu nian maibe desportu Futebol nee lao iha fatin deit, laiha mudansa signifikativu.

Timor Leste kuandu partisipa jogu interansional, FFTL preokupadu buka ema rai laran la hetan ona tenki halai ba Brazil no Portugal halo certidaun falsu iha loron ida rua nia laran sai ona sidadaun Timor Leste ho pasaporte Timor nian, maske lahatene koalia tetun.

FFTL gosta jogador naturalizasaun nee tamba laiha kompetisaun domestika hodi nunee lahatene semak melhor jogador, dalabarak tempo labele ona bolu malu deit, joga diak ka joga at, importante lori bandeira Timor Leste iha iventu internasional sira nee.

Agora demostrasaun kontra FFTL nee diak, naran katak kontinua lao iha koridor demokrasia, respeitu malu no labele hetan sansaun husi FIFA hanesan PSSI Indonesia. Ohin loron nee bele kritika FFTL, Krtitika Presidente FFTL Francisco KalbudiLlay nian ba desenvolvimentu futebol.

Maibe keta haluha katak intermus desenvolvimentu fisiku, Kalbuady mos susesu tamba konsege mobilize apoiu FIFA nian mai Timor Leste, FIFA House rua no konstroe kampu demokrasia sai nudar kampu referensia, Presidente FIFA visita Timor Leste nebe halo PSSI Indonesia mos admira ba lideransa Francisco Kalbiuadi nian .

Agora importante mak autor sira nebe deskonfia manipula ka simu subornu hodi halo lakon ekipa Krokodilu iha Sea Games nee presisa hetan atensaun espesifiku, eh se bele tenki prosesa tuir lei Timor nian tamba aktu nebe nia halo nee nudar trasaun ida ba nasaun nee. *

Jornal Nacional, editorial

MS ABANDONA BOLSEIRUS KEDIRI 76


Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), dau-daun ne’e falta rekursu humanu ba area analiza ran iha laboratóriu, maibe Ministeriu Saúde rasik lakohi aproveita bolseirus 76 ne’ebe ba hasai diploma trez (D3) iha Institut Ilmu Kesehatan (IIK) Kediri, Surabaya-Indonesia.

Iha tinan 2014 liu ba, Governu liu husi Ministeriu Saúde hasai bolsu estudu ba Kediri-Surabaya durante tinan tolu (3), atu bele atende nesesidade hospital nian, maibe realidade to’o agora Ministeriu Saude seidauk koloka finalist sira tuir ida-diak nia area.

Bolseiru nain 76 ne’e kompostu husi enfarmajem nain 39 no analiza ran nain 37.

Bolseiru IIK Kediri, Maryanti de Jesus Axis senti MS abandona sira, basa desde remata estudu diploma trez ba area laboratoriu iha Kediri-Surabaya iha loron 3 Outobru 2014 to’o agora sidauk koloka sira ba fatin servisu.

“Kuaze fulan hitu nia laran ami mai halimar deit iha uma, dala ruma ami ba ajuda klinika sira ho volontariu hodi pratika ami nia matenek ne’ebe durante ne’e hetan iha ami nia estudu,”haklaken Maryanti ba JN-Diario foin lalais ne’e.

Tuir nia katak, hetan fiar husi Governu hodi hetan bolsu estudu iha ema nia rain, nune’e remata bele kontribui fali ba nasaun, maibe realidade hasoru oin seluk.

“Ha’u la komprende ho proseu MS nian. Ami bolseiru MS nian ne’ebe antes ne’e apply tiha ona ba fatin ne’ebe atu servisu. Hanesan hau apply ba iha Centru Saude Bairu Formosa, entaun bainhira remata hau ba tama servisu deit ona tanba tuir tiha ona tes, maibe agora oin seluk, hau tenki tuir fali rekrutamentu, liu mak ba servisu,” tenik Maryanti.

Iha parte seluk, Xefi Unidade Banku de Sangue HNGV, Arsenio Jose Afonso dehan ba JN-Diario iha nia servisu fatin HNGV Bidau, Segunda (8/6) katak, agora dau-daun falta rekursu humanu iha area laboratoriu nian.

“Iha tinan hirak liu ba ami konsege hala’o aktividade movel duasaun ran iha Muinispiu Baucau no Bobonaro, maibe agora ami labele avansa tanba laiha rekursu humanu no transporte,”informa Arsenio.

Nia hatete, antes ne’e iha kareta modelu Mini Bus maibe at ne’ebe hala’o hela manutensaun, tanba ne’e mak programa movel duasaun ran iha Munisipiu no institusaun Estadu paradu.

Tuir organizasaun Saude Mundial WHO katak, kada institusaun saude liu-liu unidade Banku de Sangue tenki iha ema nain 25 no minimu nain 18, maibe Banku de Sangue TL iha ema nain 11. Husi nain 11 ne’e kompostu husi tekniku analiza ran iha laboratoriu, volontariu nain rua, funsionariu permanente nain sia (9) inklui xefi unidade.

Maske nune’e, ekipa traballu Banco de Sangue sempre esforsu an hodi mantein hala’o knar tuir limitasaun ne’ebe iha, tanba pasiente ne’ebe presija ran kada loron sempre aumenta.

Tantu stok ran ne’ebe dau-dauk ne’e hamutuk 67 ho marka (golongan darah) A iha 18, B iha 15, AB iha 4 no O iha 30.

Hatan ba prekupasaun refere, Diretur Rekursu Humanus MS, Duarte Ximenes afirma, bolseru Kediri inklui sira seluk ne’ebe oras ne’e iha ona Timor Leste ne’e, laos abandona. Maibe sei hein prosesu rekrutamentu husi MS rasik.

“MS hato’o ona karta ba Primeiru Ministru Rui Maria de Araujo iha 25 Abril liu ba, nune’e agora MS prepara hela referensia atu loke vagas iha tinan ida ne’e nia laran,”dehan Duarte.

Nia esplika, normalmente bolserus Timoroan bainhira remata estudu iha rai liur mai, tenki liu husi prosesu no sei han tempu to’o fulan tolu (3) tanba mudansa struktura Governu.

Maibe Diretur ne’e espera katak, prosesu rektutamentu sei hakotu iha tinan ida ne’e, atu estudante sira ne’ebe hetan ona fiar no remata ona sira nia estudu bele hala’o sira nia kna’ar tuir sira nia estudu.Ola

Jornal Nacional

BOLSA DA MÃE NAKONU DISKRIMINASAUN


Membru Parlamentu Nasional husi bankada FRETILIN levanta kestaun katak, bolsa da mãe nakonu diskriminasaun ne’ebe benifisia fali ba ema ne’ebe maka iha kbiit ne’ebé la merese simu osan bolsa da mãe nian.

“Bolsa da mãe ne’e atu fo benifisia ba ema ne’ebe funeravel ou ema kbit laek sira nia oan, maibe buat ne’ebe akontese iha terenu iha Municipiu balu liu-liu iha Municipiu Manufahi iha sub-distritu Fatuberliu inves-de fo ba ema funeravel ou ema kbit laek sira nia oan, maibe ema ne’ebe funisonariu ho ema ne’ebe ita haree katak posibilidade para atu bele fo sira nia oan ba eskola sira ne’e maka simu fali,”deputada Angelica da Costa levanta asuntu ne’e iha plenaria Segunda (8/6) horseik.

Nia hateten, lista iha nain 71 ne’e Ministeriu kompetenti tenke hadia hikas para nune’e identifika lolos ema ne’ebe mak merse simu osan bolsa da mae ne’ebe passa husi xefe do Suco sira ne’e.

“Husu ba Ministeriu ESTATAL atu bele fo atensaun ba iha xefe do Suco sira atu pasa deklarasaun ba ema ne’ebe merese atu simu bolsa da mae ne’e tenke identifika sira nia ema iha sira nia Suco nia laran ne’e haree ida ne’ebe mak funeravel e kbit laek duni, labele pasa deit deklarasaun,”hatutan nia.

Iha fulan kotuk ema 71 sira ba forma iha BNCTL hodi simu osan (sentu e oitenta dolar) ba fulan 6 nian ne’e persiza hadia hikas.

Entretantu ba asuntu ne’ebe refere seidauk iha konfirmasaun husi Ministeriu kompetenti atu klarifika kestaun ne’e, maske nune’e deputada Angelica iha lista ba kompleitu ba asuntu ne’e rasik. bal
Jornal Nacional

LCC SERVICES COMING TO ASIA’S EAST TIMOR


East Timor, one of Asia’s newest nations, will see its first low-cost carrier (LCC) services from September following an agreement between the nation’s commercial carrier, Air Timor, and Garuda Indonesia offshoot Citilink.

First services—due to start in September using a Citilink Boeing 737-500—will see a Denpasar, Bali-Dili Nicolau Lobato, East Timor, route. The agreement allows for up to four aircraft to be used on yet-to-be-announced schedules to East Timorese destinations. These could potentially include services to the Oecussi enclave as well as the former military Baucau Airport.

Citilink spokesperson Mega Satria said the agreement will see a significant expansion of capability for the island’s tourism business.

“This collaboration does not just reflect the interests of the airline business, but will help develop tourism ... and contribute to the development of East Timor, Bali and Indonesia too,” he said.

Air Timor CEO Belchior Francisco Bento Alves Pereira also hinted at further partnerships; he said Air Timor is currently “working closely” with Citilink parent Garuda.

Currently, Air Timor charters an Airbus A319 from Silk Air to serve its daily Denpasar-Dili and 3X-weekly Singapore-Dili routes, but Citilink’s fleet of single-aisle A320s, Boeing 737 aircraft and Garuda’s ATR 72 turboprops would add significantly to the island’s accessibility.

GOVERNO DE TIMOR-LESTE MELHORA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL NO 1º TRIMESTRE


O governo de Timor-Leste melhorou ligeiramente a execução orçamental no primeiro trimestre do ano, apesar das receitas domésticas terem ficado aquém do valor cobrado no período homólogo de 2014, de acordo com dados do Ministério das Finanças.

O relatório de execução orçamental indica que as receitas no período ascenderam a 249,1 milhões de dólares, montante que pode ser desagregado em 34,1 milhões de dólares (20% das estimativas orçamentais para o ano e menos um ponto percentual do que em 2014) que correspondem às receitas domésticas cobradas e depositadas no Fundo Consolidado de TimorLeste (CFET) e 215 milhões de dólares transferidos do Fundo Petrolífero.

“Ainda que os direitos aduaneiros, Imposto sobre o Consumo, Imposto sobre Serviços e Imposto de Retenção tenham ficado aquém do orçamentado, o Imposto sobre Rendimentos Colectivos ultrapassou o orçamento”, refere o documento divulgado em Dili.

Do lado da despesa o documento refere que a execução orçamental no final do primeiro trimestre para todo o Orçamento de Estado, incluindo Fundos Especiais, foi de 211,3 milhões de dólares, o que representa 14% do orçamento total de 1500,0 milhões de dólares.

“Isto constitui uma melhoria significativa em relação à execução de 7% verificada no período homólogo de 2014”, nota o relatório.

Excluindo os Fundos Especiais, as despesas até ao final do primeiro trimestre foram de 208,3 milhões de dólares (recorrentes mais capital menor e capital e desenvolvimento para o CFET), o que representa 17% da dotação orçamentada de 1161,6 milhões de dólares.

Neste caso também há uma melhoria na execução face aos 8% registados nos primeiros três meses de 2014.

No final do trimestre o défice recorrente foi de 174 milhões de dólares (18% das estimativas orçamentais), acima dos 7% registados em 2014, com o défice fiscal nãopetrolífero a atingir 177 milhões de dólares (13%), acima dos 5% registados em 2014. 

(Macauhub/TL)

A CPLP E O MAR

Jornal de Angola, editorial

A economia do mar é  hoje  um assunto que interessa a  muitos Estados. Em  tempo de crise,  ainda não superada ainda por vários países, o tema  tem  suscitado  as atenções de Governos, que  têm estabelecido politicas públicas  no sentido de potenciar um recurso  que pode contribuir grandemente para resolver  muitos problemas económicos

O mar tem imensos recursos  e, em tempo diversificação de economias  naqueles países que  dependem excessivamente do petróleo , compreende-se que vários Estados estejam agora a considerar  investimentos  numa área  que pode  ajudar  a dar oportunidades a agentes económicos  e consequentemente  reduzir o desemprego.

O combate ao desemprego preocupa muitos Governos, que  adoptam políticas de incentivo à criação de pequenas e médias empresas, de modo a aumentarem os postos  de trabalho.

O emprego é uma das questões centrais  de muitos Estados e não é por acaso que há países com departamentos ministeriais  para tratar  especificamente  de questões relativas ao acesso  ao mercado de trabalho.

A economia do mar  é  uma área  a que  se está a dar  particular importância,  pois sabe-se que os oceanos  constituem  também fonte  de recursos para o desenvolvimento sustentável e é assunto que se discute a nível multilateral.

Os ministros responsáveis pelos assuntos mar  da  Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)  reuniram-se recentemente,  em Lisboa, para abordar  questões relacionadas com a chamada “economia azul”, tendo  as discussões  sido centradas   no papel dos  agentes privados e públicos na exploração de  recursos dos oceanos, na perspectiva  da criação de riqueza e de combate à pobreza.

O facto de os Estados membros da CPLP possuírem territórios marítimos leva-os a interessarem-se  em discutir problemas que  em muitos casos lhes são comuns , podendo na troca de experiências  e de conhecimentos todos ganhar no sentido de se avançar para  projectos de cooperação  dinâmica e  exequíveis.

Os ministros  da CPLP manifestaram na reunião  a intenção de avaliarem as iniciativas definidas da comunidade para os oceanos  e realçaram a importância  de concertar esforços  para a partilha de informação relevante sobre projectos  de extensão  da plataforma continental.

O multilateralismo tem a vantagem de  permitir aos Estados  tirarem proveito  do que há de mais avançado no mundo para  adaptá-lo  às suas realidades.  Num mundo complexo,  precisamos todos de  partilhar não somente informações, mas também conhecimentos que fazem  gerar o crescimento e o desenvolvimento económico.

A CPLP é uma comunidade na qual   estão inseridos países  com diferentes níveis de desenvolvimento e de potencialidades económicas  e essa diversidade faz dela um espaço  capaz de  impulsionar uma cooperação que aproveite  a todos os seus  membros.

A língua comum e  o longo período de contacto entre si sob diversas formas  facilitam  uma colaboração multilateral frutuosa, apesar da descontinuidade geográfica, que não tem  impedido  a aproximação  entre os povos da comunidade, que têm tudo para  ir mais longe em termos  de relações económicas.

Os dirigentes  dos países já perceberam isso  e certamente querem tirar partido das potencialidades que  cada Estado da comunidade comporta . É necessário passar à acção, com  mecanismos de cooperação que possam  ajudar  todos  a progredir.

Afinal, é o progresso que interessa a todos os seus Estados membros. E o progresso de cada um em determinadas áreas  consegue-se procurando a cooperação  com os outros  que apresentem vantagens   neste  ou naquele domínio.

O importante é que haja sempre disponibilidade para  a discussão dos problemas e de os resolver em conjunto  quando  for necessária  concertação, para se avançar para  o bem-estar de todos os povos  de uma comunidade  que já  ganhou prestígio internacional e que é integrada por povos de quatro continentes. O mar é hoje visto como mais uma potencialidade que pode transformar as economias  do Estados da CPLP. A necessidade de resolução de muitos problemas económicos dos povos da comunidade justifica este empenho em encontrar soluções para  a “economia azul “ ser  próspera  em todo o espaço  onde se fala a língua portuguesa.

É  acertado não subestimar os recursos marinhos numa altura em que é necessário diversificar a economia , um processo que no nosso país ganha nova dinâmica, prevendo-se  uma intensificação de actividades em diferentes áreas da produção.  Que a economia do mar venha a ter futuramente um grande peso no nosso Produto Interno Bruto.

Jornal de Angola, editorial

MORREU O ATOR PORTUGUÊS NUNO MELO


O ator, de 55 anos, sofria de cancro no fígado e estava a aguardar um transplante hepático. A informação sobre a morte do ator Nuno Melo está a ser avançada pela revista Lux.

Na página de Facebook da filha do ator, Joana Duarte de Melo, são já muitas as pessoas que lamentam a perda de Nuno Melo.

Recorda a revista Lux que Nuno Melo padecia há nove anos de hepatite C e soube recentemente que tinha cancro no fígado. Estava internado no hospital CUF Infante Santo, em  Lisboa, onde aguardava por um transplante  hepático.

Nos últimos tempos, Nuno Melo trabalhava como agente imobiliário mas planeava fazer dois filmes.  Refira-se que, o último em que participou foi no ‘Virados do Avesso’, do realizador Edgar Pêra.

Perfil de Nuno Melo

Nuno Jorge Lopes de Melo Cardoso nasceu a 8 de fevereiro de 1960, em Castelo Branco. Começou a trabalhar no teatro em 1981 no Teatro de Animação de Setúbal, passando depois por companhias como o Teatro da Cornucópia, o Teatro Aberto ou os Artistas Unidos.

A partir do trabalho em 'Chuva na Areia' (RTP 1984) tornou-se uma presença regular na televisão, em telenovelas, no trabalho com Herman José ('Casino Royal', 'Crime na Pensão Estrelinha') e na série 'Camilo e filho', depois de já ter participado em 'Vila Faia' (1982).

No cinema trabalhou com realizadores como Manoel de Oliveira, Eduardo Guerra, Edgar Pêra, João Botelho, José Nascimento.

Entre trabalhos mais recentes de Nuno Melo, no teatro, contam-se 'Plume', de Henry Michaux, peça levada à cena no Teatro da Cornucópia, e 'O beijo da mulher aranha', no Teatro Nacional D. Maria II.

Nos palcos destacam-se igualmente 'Nunca nada de ninguém', de Luísa Costa Gomes, no âmbito do antigo Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte (Acarte), da Gulbenkian, 'Sabor a Mel', de Shelagh Delaney, com encenação de João Lourenço, e 'Sonho de uma noite de Verão', de Shakespeare, sob direção de João Perry.

'Demónios', de Lars Norén, 'A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros', de Peter Handke, 'Os Visitantes', de Botho Strauss, e 'Frei Luís de Sousa', de Almeida Garrett, são outras das peças no percurso do ator.

Interpretou ainda peças de Harold Pinter, Nobel da Literatura, Anthony Neilson, Joe Orton e dos Irmãos Presniakov, em encenações de Artur Ramos, Solveig Nordlund e Jorge Silva Melo, entre outros.

Nuno Melo entrou em filmes como 'A Divina Comédia' e 'Dia do Desespero', de Oliveira, 'Tráfico', de João Botelho, 'O Crime do Padre Amaro', de Carlos Coelho da Silva, 'Estrada de Palha', de Rodrigo Areias.

Em 2012, foi distinguido como melhor ator de cinema, pela Sociedade Portuguesa de Autores, pelo desempenho no filme 'O Barão', de Edgar Pêra, um guião de Luísa Costa Gomes baseado no romance homónimo de Branquinho da Fonseca. O mesmo filme garantiu-lhe o Globo de Ouro de Melhor Ator, nos Globos de Ouro na SIC.

Depois de 'O barão', a parceria com Edgar Pêra estendeu-se a um desempenho na comédia 'Virados do avesso', estreada no final do ano passado, e estava prevista a associação ao próximo projeto do realizador.

Em televisão, Nuno Melo trabalhou com Herman José no programa 'Casino Royal' e na série 'Alentejo Sem Lei'.

Participou nas séries 'Camilo e Filho' e 'Clube dos Campeões', na qual interpretava Deolindo Durão, um mecânico antipático, que era constantemente bombardeado por bolas de um clube de futebol vizinho da sua oficina, assim como no programa Malucos do Riso, projeto do qual o ator viria a revelar de que não gostou.

Entrou na telenovela brasileira 'Senhora do Destino' (2004/2005), da TV Globo, em 'Vingança' (2005/2006) e 'Resistirei' (2007), da SIC, na série histórica "Equador" (TVI, 2008), baseada na obra de Miguel Sousa Tavares, assim como nas produções 'Flor do mar' e 'Morangos com açúcar', deste canal.

Em 2007 foi distinguido com o Prémio Prestígio, atribuído pela RTP, durante o Lisbon Village Festival.

Noticias Ao Minuto com Lusa

ESTADU LA SERIU, MAUK MORUK KONTINUA LIVRE


DILI - Estadu  Timor Leste (TL), foo fiar ba Falintil Forsa Defeza Timor Leste (FFDTL) no Polisia Nasional Timor Leste (PNTL), halo oprasaun hodi kaptura grupu Kriminozu neebe lidera husi Mauk Moruk, maibee forsa rua nee la seiru, tamba nee Mauk ho nia grupu kontinua livre.

Lia hirak nee hatoo husi Observador Politika Anselmos dos Reis, ba STL wainhira partisipa Coordinating Board Meeting konaba Embaixador TL tomak iha Ministeru Negosiu Estranjeru e Keperasaun, Pantai Kelapa, Dili, Tersa (09/06/2015).

Mauk la kaptura nee hatudu katak ita nia forsa rua nee seidauk iha kapasidade atu asegura estabelida iha Nasaun, liu-liu iha povu nia leet, tamba kriminozu sira kontinua ejiste,”hateten Anselmos.

Nia hatutan Estadu tenki tau aan iha fatin no hases politika foer husi sira nia leet, para sira seriu hodi halao kualeker aktividade ho susesu, para nasaun seluk bele respetu soberania TL. Tamba ema internasional sira nota TL seriu atu resolve pais seluk nia problema ho susesu, maibee nia nasaun laran susar atu resolve.

Iha parte seluk  Observador Justica Evangelino da Costa Hornay, hateten Operasaun HANITA nebe halao husi Forsa rua hasoru grupu kriminozu neebe lideira husi Paulino Gama Alias Mauk Moruk, kuaze fulan rua ona nia rezultadu la iha. Informasaun kompletu iha STL Jornal no STL Web, edisaun Kuarta (10/6/2015). Joao Anibal

Suara Timor Lorosae