segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Presidente timorense quer maior combate à corrupção para evitar delapidar recursos públicos


Díli, 17 set (Lusa) - O Presidente timorense, Francisco Guterres Lu-Olo, pediu hoje um compromisso nacional para combater a corrupção que continua a "delapidar recursos públicos essenciais".

"Quero apelar a um compromisso mais consequente na tomada de iniciativas legislativas e de política pública e de ações coordenadas, múltiplas e consequentes, tanto preventivas como investigativas e sancionatórias, na luta contra a corrupção, com pleno uso dos instrumentos legais, meios e mecanismos institucionais de que dispomos", afirmou.

Lu-Olo falava no Parlamento Nacional na sessão solene que assinalou hoje o arranque da 5ª legislatura, onde proferiu um longo discurso sobre alguns dos temas dominantes em Timor-Leste.

"Devemos agir já e continuamente na luta contra a corrupção, impedindo que se torne numa corrupção macrocéfala e ramificada, como que um polvo gigante e poderoso mas de contornos difusos e difíceis de detetar e de eliminar, que afete as funções de governação e administração pública", disse.

Aproveitando a presença dos deputados, o chefe de Estado voltou a defender um debate e aprovação sobre uma lei anticorrupção.

"Estejamos conscientes de que precisamos de encontrar soluções jurídicas próprias e modos de agir adequados para combater este fenómeno, sem prejuízo dos direitos e liberdades individuais e sociais consagrados na nosso Constituição da República e acordos internacionais de que somos titulares", disse.

"Certamente que é urgente uma lei adequada para um combate eficaz à corrupção - é a Lei anticorrupção cujo projeto já foi proposto pelos Deputados seus signatários nesta V Legislatura", afirmou.

Considerando que a "corrupção é um fenómeno que provoca a delapidação de recursos públicos significativos e desvios da sua aplicação", o Presidente disse que "se tem tornado num fenómeno complexo e de difícil combate, que afeta a sociedade em geral e o Estado em particular".

"Verificam-se atos de corrupção tanto nos órgãos do Estado e da Administração Pública, como nas sociedades comerciais e concessionárias e nas organizações sociedade civis", disse.

De acordo com o chefe de Estado, "a corrupção tanto se manifesta através de preços exageradamente altos no aprovisionamento de bens e serviços como de ações que podem estar associadas a crimes transfronteiriços como o branqueamento de capitais, migração ilegal, tráfico de estupefacientes, tráfico de pessoas humanas e o terrorismo".

Por fim, Lu-Olo disse que importa valorizar e capacitar os instrumentos de combate ao problema, mas também os mecanismos de reforço da "boa governação, incluindo responsabilização, sistemas eficientes, informação e transparência, bem como a boa, célere e isenta investigação criminal, acusação e julgamento de casos de corrupção".

Trata-se, disse, de aplicar de forma mais eficaz as leis já em vigor e de melhorar a coordenação e funcionamento das instituições de prevenção e luta contra a corrupção - designadamente o Ministério Público, a Comissão Anti-Corrupção (CAC), a Polícia Científica e de Investigação Criminal (PCIC), a Unidade de Informação Financeira e a Comissão Nacional para a Implementação de Medidas Destinadas ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo.

ASP // FST

Presidente de Timor-Leste critica política económica dependente do petróleo


Díli, 17 set (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste criticou hoje a política económica que tem sido seguida pelo Estado que continua dependente do petróleo, não sustentável, de gasto e consumo imediato, sem investimentos produtivos que gerem riqueza futura.

"Um Estado que depende de um só recurso, o petróleo e o gás, que é esgotável e que usa esse recurso para tornar dele dependentes os cidadãos e a sociedade, não parece estar a seguir uma política de desenvolvimento sustentável", afirmou Francisco Guterres Lu-Olo num discurso no Parlamento.

"A própria sociedade está como que a vitimizar-se ao preferir consumir mais e melhor no imediato, mesmo que à custa do seu próprio futuro. O Estado e a sociedade gastam e consomem no imediato, não realizam investimentos produtivos, não criam riqueza no presente para que sejamos capazes de nos sustentarmos dignamente no futuro próximo", afirmou na sessão solene do arranque da 5ª Legislatura.

Lu-Olo recordou que o Estado continuará a ter um papel "crucial" na economia e que deve, por isso, usar os recursos do Fundo Petrolífero para "a criação das indispensáveis condições para o crescimento diversificado e sustentável da economia não-petrolífera", afirmando que é hoje que se tem que construir e assegurar a sustentabilidade do país.

O setor privado formal continua a ser "incipiente" e emprega apenas cerca de 60 mil pessoas - um décimo da população em idade laboral - e a economia, por isso, navega ao sabor das "oscilações no volume das despesas públicas".

"Estão já a esgotar-se as potencialidades deste modelo de crescimento baseado na injeção de recursos provenientes do Fundo Petrolífero", disse.

O chefe de Estado recordou que só entre 2012 e 2017 - período de orçamentos "de caráter expansionista" - gastaram-se 7,77 mil milhões de dólares (6,68 mil milhões de euros), de um total orçamentado de mais de 9,86 mil milhões de dólares (8,47 mil milhões de euros).

"Essas receitas do Fundo Petrolífero têm sido aplicadas em despesas a um nível acima do seu Rendimento Sustentável Estimado, sem que se tenham gerado alternativas seguras de financiamento público, investimento privado e capacidade de gerar riqueza através da diversificação da economia", disse.

"Esta tendência reflete, fundamentalmente, a fragilidade do setor produtivo e a insignificância do setor privado para absorver e multiplicar os recursos alocados através dos orçamentos do Estado. O país está a consumir mais e a produzir menos e assim a nossa economia não é sustentável", afirmou ainda.

Além disso, recordou que as receitas do fundo "têm vindo a cair consideravelmente", com a "maior parte da riqueza petrolífera do país já transformada em ativos financeiros", pelo que o país tem que encontrar receitas alternativas, "assentes em recursos renováveis e não, como até agora, em recursos que se esgotam".

Lu-Olo relembrou que os campos no Mar de Timor estão a terminar a sua produção e que continua a haver "incertezas quanto ao início da exploração do Greater Sunrise", pedindo realismo e que se evite a "tentação do populismo na preparação e execução dos Orçamentos Gerais do Estado para este e para os próximos anos".

Por isso, afirmou, Timor-Leste deve "ser mais prudente na utilização do capital do Fundo Petrolífero, procurando reduzir ao nível sustentável das transferências do capital para financiamento do Orçamento do Estado".

Parte da solução terá que vir necessariamente de um reforço da política tributária, cujo principal desafio continua a ser "o peso significativo" do setor informal e, ao mesmo tempo, procurar reforçar a "taxa de retorno económico e social dos investimentos públicos".

"A qualidade da despesa pública continua a ser questionável e noto com apreensão as reclamações dos utentes das estradas, dos edifícios, das escolas, manifestadas nos órgãos de comunicação social", disse.

AP // JMC

Tanbasa Membru Governu Nain 3 Lakoi Simu Posse


DILI - Prezidente da Republika Francisco Guetrres Lu Olo hateten, tanbasa mak membru nain tolu neebe propoin husi Primeiru Ministru no Prezidente da Republika, lakoi simu posse.

Hau hatete sai fila fila iha nee hau nia hanoin, neebe hau hatoo ona ba PM, iha ami nia dialogu neebe hau halo nafatin ho laran nakloke no momos, katak hau husu atu tetu, sukat, pondera didiak kandidatu sira neebe PM propoin maibe hau seidauk nomeia,” dehan PR Francisco Guterres Lu Olo, bainhira loke sesaun dahuluk ba V Lejislatura PN, iha PN, Dili, Segunda (17/09/2018).

Prezidente da Republika Francisco Guterres Lu Olo hateten, ho regra hanesan ho mos sentidu Estadu mak Xefi Estadu halo dialogu ho laran nakloke ho Xefi Governu konaba nomeasaun no fo pose ba membru governu sira seluk, tanba prosedimentu konstitusional, Primeiru Ministru maka propoin membrus governu, Prezidente da Republika mak nomeia no fo pose.

Iha fatin hanesan membru Xefi Bankada PUDD, Depudatu Antonio Benvides husu ba Prezidente da Republika hanesan aman nasaun atu kontinua buka dialogu ho identidades hotu hotu, liu liu ho Primeiru Ministru Taur Matan Ruak hodi bele solusiona situasaun politika iha rai laran, tanba ate data membru VIII GK balu pendenti hela atu simu tomada de pose. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa (18092018)

Carme Ximenes | Suara Timor Lorosae

PR Husu PN Aprova Lei Regula Medsos Defama Orgaun Soberanu


DILI – Oras nee dadaun ema uza media sosial (Medsos) halao defamasaun ba lideransa orgaun soberanu, inklui eis titutal sira, tanba nee Prezidente Republika (PR) Francisco Guterres Lu Olo, sujere deputadu sira iha Parlamentu atu aprova lei ruma hodi proteje defamasaun sira nee.

Husu ba deputadu sira ba governu atu propoin no aprova lejislasaun  ruma bele proteje liu tan orgaun soberania sira, no mos titular sira, inklui Prezidente Republika. Importante kriminaliza defamasaun, kalunia, boatu no hadia mos prosedimentu sira kona ba imunidade deputadu no membru governu nian,” katak PR Francisco Guterres Lu Olo, bainhira partisipa iha Primeira Sesaun ba V Lejislatura, Segunda (17/09/2018) iha PN.

Nia dehan, ema neebe uza komunikasaun sosial, meius eletroniku sira hodi hatete aat, no foti lia-bosok hasoru Prezidente Republika, lahatudu respeitu ba lia loos no ba orgaun soebrania no titutal sira.

Nunee mos Prezidente Parlamentu Nasional, Arao Noe hatete, ida nee importante, sidadaun sira uza media sosial no media komunikasaun sosial  hodi insulta ema nia privasidade. 

Notisia kompletu lee iha jornal STL edisaun Tersa (18092018)

Guilhermina Franco | Suara Timor Lorosae

Bankada FRETILIN: Boa Governasaun Presiza Lei Anti-Korupsaun


DILI, (TATOLI) – Xefe Bankada Frente Revolusionária Timor-Leste Independente (FRETILIN), Aniceto Guterres, hateten Bankada Fretilin sei kontinua esforsu tomak atu asegura lei no prosesu hotu-hotu ne’ebé bele garante boa governasaun.

“Boa governasaun presiza lei anti-korupsaun ida forte no efetiva. Ita presiza aprova lei anti-korupsaun ida ne’e ho efetiva, atu evita ezbanjamentu ba Estadu nia rekursu finanseiru hotu-hotu no hametin koezaun sosiál”, intervensaun iha abertura dahuluk ba sesaun kinta lejislativa Parlamentu Nasionál (PN), iha plenária, ohin.

Nia hatutan Bankada FRETILIN hakarak orgaun fiskalizadora ne’e hametin liu tan kna’ar ho rigór atu fiskaliza, implementasaun ba programa governu nian, tuir duni lei no serve duni povu no Estadu nia interese, tanba povu ho Estadu merese hetan polítika ida ho kualidade.

Nia mós dehan pasu ida atu alkansa tarefa ne’e mak bankada FRETILIN hahú ona halo inkéritu parlamentár ho ninia aliadu sira, ne’ebé iha rekerimentu ne’e eziji PN atu estabelese komisaun inkéritu ida atu revee fali prosesu balu ne’ebé rezulta iha ajudikasaun direta ba projetu 142.

“Inkeritu ida ne’e sei ajuda Estadu atu revee filafali, no hadi’a ita nia prosesu aprovizionamentu, atu hametin sistema ida transparente no justu liu tan”, katak.

Nune’e mós nia dehan tan, hamutuk ho Inkéritu Parlamentár ida ne’e, Bankada FRETILIN mós sei kontinua ninia apoiu ba auditoria ba instituisaun Estadu hotu-hotu, inklui iha ZEESM, polítika ne’ebé VII Governu Konstitusionál hahú no  espera katak VIII Governu Konstitusionál sei kontinua.

“FRETILIN mós preokupa maka’as ho kestaun dívida Estadu nian. Ita presiza hakotu prátika dívida tomak, ne’ebé deskontroladu no sei kontinua tau matan ba ida ne’e”, katak.

Entretantu, Bankada Fretilin submete ona inkéritu parlamentár ba projetu 142, iha loron aprovasaun finál no globál Proposta Lei Orsamentu Jerál Estadu (OJE) 2018 iha PN.

Aprezentasaun rekerimentu ne’e husi Xefe Bankada Fretilin, liuhosi ninia intervensaun.

Jornalista: Julia Chatarina | Editora: Rita Almeida

Imajen: Xefe Bankada FRETILIN, Aniceto Guterres. Foto Antonio Goncalves

Bankada PUDD Husu PR Kontinua Halo Diálogu Ho Entidade Hotu


DILI, (TATOLI) – Xefe Bankada Partidu Unidade Dezenvolvimentu Demokrátiku (PUDD), António De Sá Benevides, husu Prezidente Repúblika (PR), Francisco Guterres Lú-Olo, atu kontinua halo diálogu ho entidade hotu.

“Ba Prezidente Repúblika, hanesan aman nasaun atu kontinua halo diálogu ho entidade hotu, liu-liu ho Primeiru-Ministru, Maun Taur Matan Ruak, hodi bele solusiona situasaun polítika iha rai laran, tanba to’o agora membru governu lubuk ida sei pendente hela atu simu pose”, intervensaun iha abertura dahuluk ba sesaun kinta ljislatura Parlamentu Nasionál (PN) iha plenária, ohin.

Nia dehan, karik ida ne’e  hanesan planu, estratéjia no táktika hodi eduka jerasaun foun  sira, nu’udar jerasaun foun nia parte simu, maibé karik tanba  egoismu no arogansia  hodi lakohi rona malu entaun tenke aprende atu rona konsellu husi jerasaun foun sira.

Nia mós fó hanoin Parlamentu Nasionál (PN) hanesan fatin atu ko’alia kona-ba povu nia moris, maibé koa’lia buat ne’ebé presiza ko’alia no la-presiza koa’lia buat ne’ebé la-presiza koa’lia.

“Parlamentu la’os fatin atu konta istória individuál ema ida nian no la’os fatin atu sura terus no kolen ema ida nian. Maibé fatin atu dezafia no  argumenta idea hodi bele prodús desizaun kualitativu”, katak.

Deputadu ne’e hatutan Timor-Leste adopta sistema demokrasia, katak poder tomak mai husi no sei fila fali ba povu, maibé konsiente katak demokrasia iha mos nia frakeza.

Demokrasia dalabarak haree de’it ba nia kuantidade no  la haree ba nia kualidade. Haree de’it ba maioria no minoria. Maibé ita hotu haluha katak atu hakat to demokrasia ita tenke liu husi prosesu diálogu no konsensu.

“Tan ne’e povu husu nai deputadu sira hotu atu  promove diálogu no konsensu iha parlamentu ida ne’e. Povu hato’o nia mensajem klaru,   liu  husi rezultadu eleisaun antesipada,  katak partidu polítiku sira hotu tenke servisu hamutuk”, dehan tan.

Jornalista: Julia Chatarina | Editora: Rita Almeida

Imajen: Prezidente FDD, António De Sa Benevides, bainhira hatan ba jornalista sira iha TR, Kaikoli, ohin. Foto Tatoli/Egas Cristovão

Bankada CNRT: Estrutura Governu La Kompletu Implika Implementa Programa


DILI, (TATOLI) – Xefe Bankada Partidu Kongresu Nasionál Rekonstrusaun Timor (CNRT-sigla portugés), Duarte Nunes, hateten bainhira membru Governu la kompletu, politikamente ninia implikasaun mak implementasaun programa governu.

“Fulan rua liu ona formasaun Governu Da-Ualu Konstitusionál seidauk kompletu no bainhira membru Governu la kompletu labele ho forma ida ne’ebé polítikamente responsável implementa programa Governu ba nia mandatu tinan lima, nune’e bele hakotu situasaun finanseira kesi kabun nian ne’ebé nasaun atravesa”, Duarte dehan bainhira reprezenta bankada CNRT fó sai deklarasaun polítika iha Sesaun Solene ba abertura Lejizlatura ba dalima iha Parlamentu Nasionál, segunda ne’e.

Nia hatutan se laiha nomeasaun indijitadu ba Governu, sei labele implementa ho seriedade no konsisténsia orsamentu jerál Estadu (OJE) aprovadu atu asegura finansiamentu ba despeza Estadu nian ho forma sistemátika, regulár no transparente.

Duarte realsa karik situasaun ne’e kontinua la’o, ida ne’e sei sai responsabilidade ba orgaun soberania sira hotu, tanba hakarak dada naruk impase polítika no la respeita ona vontade soberana povu nian.

“Bankada CNRT preokupa ba situasaun polítika ida ne’e, tanba se laiha solusaun maka bele afeta ba Estadu ida ne’e nia moris. Situasaun ida ne’e husu ba responsabilidade polítiku sira hotu atu hatudu prudénsia no onestidade”, nia sujere.

Bankada CNRT husu ba orgaun hotu-hotu atu hala’o nia kna’ar tuir de’it konstituisaun no lei sira no bankada CNRT sei kontra hahalok sira ne’ebé kontra prosedimentu legál.

Jornalista: Xisto Freitas | Editora: Rita Almeida

Várias dezenas em manifestação de protesto pela prisão de jornalistas na Birmânia


Rangum, 16 set (Lusa) -- Várias dezenas de pessoas manifestaram-se hoje no centro de Rangum em protesto pela prisão de dois jornalistas da agência Reuters e para denunciar as restrições à liberdade de expressão em Myanmar, antiga Birmânia.

Acusados de "atentar contra o segredo de Estado", os dois repórteres foram condenados no início deste mês a sete anos de prisão por violação da "lei dos segredos oficiais", uma legislação de 1923.

Wa Lone, de 32 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, detidos desde dezembro de 2017, encontravam-se a investigar a repressão do exército birmanês sobre membros da minoria muçulmana rohingyas.

O julgamento suscitou indignação e uma onda de choque na comunidade emergente de jornalistas na Birmânia.

"Nós estamos muito zangados. Estamos dececionados com o novo Governo", disse hoje à agência France-Presse Maung Saung Kha, que participa na manifestação de hoje.

Também no desfile de protesto, outro manifestante considerou que a imagem do país "foi prejudicada pela decisão do tribunal".

Vários jornalistas têm mostrado o seu apoio a Wa Lone e Kyaw Soe Oo, usando a 'hashtag' (palavra passe nas redes sociais) #arrestmetoo (prendam-me também).

Na semana passada, o Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos afirmou que Myanmar utiliza uma "campanha política contra o jornalismo independente" que torna "impossível os jornalistas trabalharem sem medo ou favores".

Um país em que "jornalistas são detidos apenas por terem visitado uma zona controlada por um grupo armado", "fontes são detidas por darem informações sobre zonas de conflito" e "uma mensagem no Facebook pode dar lugar a acusações de difamação" vive "um ambiente dificilmente propício a uma transição democrática", afirmou num comunicado a nova Alta-Comissária para os Direitos Humanos, Michele Bachelet.

"Apelo às autoridades que ponham fim à perseguição jurídica e judicial dos jornalistas e que iniciem uma revisão das leis que facilitam os atentados ao exercício legítimo da liberdade de expressão", acrescentou.

A denúncia consta de um relatório da ONU sobre liberdade de expressão no país, em que a organização acusa o Governo e as forças armadas birmanesas de "instrumentalização da lei e dos tribunais" e o poder judicial de "incapacidade para fazer respeitar o direito a um julgamento justo dos visados".

ARP (MDR) // VM

Mais de 600 estradas bloqueadas em Hong Kong após passagem do tufão Mangkhut


Hong Kong, China, 17 set (Lusa) - Mais de 600 estradas estão bloqueadas em Hong Kong devido aos destroços provocados pela passagem do tufão Mangkhut, no domingo, que deixou mais de 200 feridos naquele território, noticiou hoje um jornal local.

De acordo com o South China Morning Post, centenas de estradas encontravam-se hoje de manhã cortadas ao trânsito, devido a inundações e à queda de árvores.

As principais companhias de autocarros anunciaram também esta manhã a suspensão da maior parte dos serviços.

Depois de devastar o norte das Filipinas, onde provocou pelo menos 65 mortos, segundo o último balanço oficial, o Mangkhut atravessou o mar do Sul da China no domingo, atingindo a China continental e as regiões administrativas especiais de Hong Kong e de Macau.

Durante várias horas, tanto Macau como Honk Kong estiverem sob o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo na escala de alerta. Em Macau, o último balanço aponta para 17 feridos.

Em Hong Kong, o governo local descreveu os danos como "sérios e importantes", de acordo com a agência France-Presse (AFP), que refere mais de 300 feridos.

Assim que os ventos diminuíram, no domingo à noite, a proteção civil iniciou os trabalhos de limpeza nas ruas. Em vários pontos da antiga colónia britânica podia ouvir-se o som de motosserras a cortarem árvores, escreve a AFP.

A grande limpeza intensificou-se hoje, pela madrugada, enquanto milhares de pessoas se esforçavam para regressar ao trabalho.

Algumas áreas do território foram atingidas por deslizamentos de terra e inundações, ao passo que as rajadas de vento de 230 quilómetros chegaram a fazer tremer arranha-céus.

Na região vizinha, em Macau, e pela primeira vez na história, os 42 casinos estiverem encerrados durante a tempestade tropical.

O tufão Mangkhut, que entretanto se converteu numa tempestade tropical, também já causou pelo menos quatro mortos na província de Guangdong, sul da China, devido à queda de árvores e materiais de construção, informou hoje a imprensa estatal.

O sul da China continental continua hoje a ser atingido por chuva e ventos fortes, com o Mangkhut a atravessar a região autónoma de Guangxi, em direção à província de Yunnan, no sudoeste do país.

FST // JMC

Operações de limpeza arrancaram em Macau após pior tempestade do ano


Ao contrário do tufão Hato, em agosto do ano passado, o Mangkhuto não reclamou vidas em Macau

Macau, China, 17 set (Lusa) - As operações de limpeza e a contabilização dos prejuízos arrancaram em Macau logo pela madrugada, assim que a pior tempestade do ano, o tufão Mangkhuto, se começou a afastar gradualmente do território.

Ao amanhecer, o tufão, que fez mais de uma centena de mortos à passagem pelas Filipinas e China continental, obrigou as autoridades de Macau a emitirem os sinais máximos de alertas e deixou marcas visíveis do seu impacto no território.

À semelhança do que sucedeu em 2017, com o tufão Hato, que causou dez mortos em Macau, o Porto Interior voltou a ficar inundado, obrigando à evacuação de algumas áreas.

Comerciantes e moradores das zonas baixas da península de Macau procediam esta manhã à limpeza dos estabelecimentos e das habitações, à retirada de sacos de areia colocados à entrada das portas, ao mesmo tempo que faziam um primeiro balanço dos prejuízos causados.

Na rua, amontoava-se o recheio das casas e do comércio local, boa parte dele pronto para seguir para o lixo que se amontoou nas artérias da cidade, apesar do esforço das autoridades em criar pontos adicionais de recolha.

Árvores derrubadas, andaimes destruídos, queda de placares e reclamos e deslizamento de terras foram alguns dos quase 500 incidentes registados pelas autoridades durante o fim de semana.

Ao contrário do tufão Hato, em agosto do ano passado, o Mangkhuto não reclamou vidas em Macau. Em 2017 as autoridades registaram cerca de 240 feridos, um valor mais de dez vezes superior àquele contabilizado este fim de semana, apesar da mesma intensidade do tufão.

Esta segunda-feira as escolas e os serviços públicos encerraram, mas os transportes começaram a funcionar logo pela manhã, apesar de alguns troços se encontrarem cortados, ao mesmo tempo que as autoridades procediam ao restabelecimento de energia elétrica em alguns pontos da cidade.

As autoridades de Macau anunciaram hoje a reabertura das pontes que ligam a península à ilha da Taipa e o reinício das ligações marítimas e aéreas.

No domingo, o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo de uma escala com 1, 3, 8 e 9, esteve em vigor durante nove horas, o mais longo período registado desde 1968.

Com o afastamento gradual do Mangkhut, por volta das 04:00 (21:00 de domingo em Lisboa), hora em que foi içado o sinal 3, as três pontes que ligam Macau e a Taipa foram reabertas ao trânsito, indicou o Centro de Operações de Proteção Civil (COPC).

Pelas 08:00 (01:00 em Lisboa), abriram todos os casinos de Macau, encerrados desde as 23:00 de sábado.

Já a primeira ligação marítima para Hong Kong realizou-se às 09:30 (02:30 em Lisboa), segundo o COPC.

Também os voos de e para Macau vão ser "retomados gradualmente" durante o dia, de acordo com a página do aeroporto.

Em Macau, em plena madrugada, pelas 03:00 (20:00 em Lisboa), 1331 pessoas encontravam-se abrigadas em 16 centros de abrigo.

JMC (FST) // JPS