domingo, 13 de março de 2016

SERÁ DESTA VEZ QUE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS DEIXA O PODER EM ANGOLA?



Essa é a pergunta que milhares de angolanos fazem neste momento. Após o anúncio do próprio Presidente José Eduardo dos Santos (JES), na 11.ª Sessão Ordinária do Comité Central do MPLA, que vai deixar a vida política em 2018. JES está no poder há sensivelmente 37 anos e ao mesmo tempo comanda o partido que governa a Angola, desde a independência nacional. Contudo, a grande questão que se levanta é porque razão o Presidente anuncia a sua saída da vida política em 2018 com as eleições em 2017?

As reações ao anúncio desta notícia tornaram-se virais nas redes sociais. Há quem tenha fé nas palavras do Presidente e acredite que ele vai mesmo reformar-se da política e há outros que, simplesmente, não acreditam. O Rede Angola publicou a seguinte informação:

“ÚLTIMA HORA: José Eduardo dos Santos vai deixar a vida política em 2018. O Presidente aproveitou a reunião do Comité Central do MPLA para anunciar a sua decisão.”

E as reações fizeram-se sentir, quase de imediato. Virgilio Santo disse:

"Depois de nos deixar [de] rastos, os teus parentes estarem bem laifados, o país na banca rota, porquê em 2018[?] (…). Vai só pah não precisas despedir já devias ter ido [há] muito tempo…”

DW África (Português), avançou da seguinte forma:

“PERGUNTA DO DIA:
O que acha do anúncio feito esta sexta-feira (11.03) pelo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, de que vai sair da vida política ativa em 2018?”

Domingos Razão responde que esta será a maior alegria que José Eduardo dos Santos poderá dar ao povo Angolano:

“Acredita sua Ex. que esta será a maior alegria (depois da paz) que o povo irá ter, ver o Senhor e toda tua quadrilha fora do cenário político Angolano. Já agora [agradecer-te] pelas “excelentes” condições que proporcionaste para o povo, muitas universidades, muitos jovens formados e empregados, um sistema de saúde invejável na qual 25 crianças morrem diariamente nos hospitais, as excelentes estradas esburacadas, as centralidades que todo mundo pode pagar um apartamento, a água amarela nas nossas torneiras, os preços “acessíveis” dos bens da cesta básica que até alguém que ganha 10.000,00 kz (56,70€) pode abastecer-se durante o mês.

[Agradecer] também pela energia potável que temos, pelo excelente sistema de justiça que manda prender pessoas que se reúnem para ler um livro, aos nossos atletas olímpicos que passam o dia todo a dar corrida nas mamãs zungueiras, o abuso de poder, as demolições, ao apoio “incondicional” que deste as zonas afectadas pela seca, aos bilhões que dás para a tua filha (papai querido), a tua abertura para ouvir opiniões e ao “excelente” governo que formaste durante estes 36 anos que estás no poder.”

Rënëën Soarës Äëtërnüm acredita que o Presidente se vai manter na política mas nos bastidores:

“Já vai tarde, não tem [mais] nada para roubar mas isso não muda nada porque em 2018 [vais] ficar por trás das câmaras instruindo o novo governador que também será do MPLA.”

Outros falam em milagre de Deus:

“Isto é milagre! Deus nos ouviu!!”

Há quem prefira esperar para ver, Wal Mandavela disse:

“Eu penso que é daquelas coisas que só temos que esperar para ver. Afinal, cá em África já nos habituamos a pensar que enquanto chefes somos insubstituíveis e intocáveis e incontestáveis…. Temos uma perspectiva muito errada de liderança e abandonar isso pode ser o fim do mundo. Já aconteceu uma vez, por isso não nutro esperança alguma de que isso não seja mais um truque na manga. Acho que José Eduardo dos Santos sabe muito bem quais podem ser as consequências do abandono da vida política. Facto que me deixa bastante duvidoso quanto a essa possibilidade. Vou esperar pra ver.”

Mas alguns leitores acreditam que se trata de um truque: Deixar o poder em 2018 depois de vencer as eleições em 2017:

“Porque só em 2018? R: A reposta é simples para essa pergunta. Quer dizer, em primeiro pretende ganhar as eleições com a fraude e em seguida deixar alguém da sua conveniência ou da sua inteira confiança para o cargo de presidente. O que implica dizer que será ele indirectamente a governar. Esses truque nós conhecemos.”

No Twitter o assunto também foi destaque:

Luaty Beirão diz que se repete "filme" sobre saída de José Eduardo dos Santos http://bit.ly/1YFssUY (SIC)

*Dércio Tsandzana em Global Voices (Fim)

MAIS SOBRE "A SAÍDA DE EDUARDO DOS SANTOS"

O anúncio da saída de José Eduardo dos Santos força a que em Timor Agora nos debrucemos com um pouco mais de atenção para aquele país integrante da CPLP e da lusofonia. Decidimos ir espreitar o que o jornal angolano Folha 8 contém sobre as declarações do presidente da Angola. O Folha 8 é um jornal mal-quisto pelo regime de Angola. O diretor do Folha 8, William Tonet, tem mais de 100 processos judiciais no seu “palmarés”, movidos pelo regime do ditador angolano que já está no poder há quase quatro décadas. Exatamente no Folha 8 fomos encontrar um artigo de Orlando Castro que aborda a anunciada saída de Eduardo dos Santos da “política ativa”, o que pressupõe deixar a presidência e libertar Angola do seu jugo. Contrariamente, em entrevista, o investigador luso-angolano, Eugénio Costa Almeida, alertou Orlando Castro nas suas declarações, esclarecendo que Eduardo dos Santos afirmou que ia “abandonar a política ativa” mas que isso “não significa abandonar a presidência”, como pode conferir em seguida. (TA)

“ABANDONAR A POLÍTICA ACTIVA NÃO SIGNIFICA ABANDONAR A PRESIDÊNCIA”

Eugénio Costa Almeida, investigador angolano-português, alerta que o tempo até à eventual saída do Presidente de Angola (no poder desde 1979 sem nunca ter sido nominalmente eleito), José Eduardo dos Santos, da política activa, hoje anunciada para 2018, poderá não chegar para preparar um sucessor, com riscos para a estabilidade.

Orlando Castro*

Eugénio Costa Almeida, investigador do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL, falava à Lusa após o anúncio de que o Presidente de Angola deixará a vida política activa em 2018, ano em que completará 76 anos.

Em reacção, Eugénio Costa Almeida disse temer que não haja tempo para preparar um sucessor: “Não estou a ver que ano e meio seja suficiente para apresentar uma figura que se torne consensual, abrangente e aglutinadora, salvo se, no interior do partido e dos gabinetes da Cidade Alta, essa situação já esteja a ser preparada há muito tempo sem ser do conhecimento dos angolanos”.

Que os angolanos são sempre os últimos a saber, sobretudo os que são considerados pelo regime como de segunda, não é propriamente uma novidade. Mas, para além disso, um ano e meio, na melhor das hipóteses, é tempo de sobra. Desde logo porque se sabe que as eleições estão marcadas, mas não se sabe se se realizarão. Poderão, por isso, ser adiadas segundo a conveniência do regime, não faltando meios e justificações para que tal possa acontecer.

Quando um regime que está no poder há 40 anos tem a desfaçatez de acusar um pequeno grupo de jovens activistas de rebelião e tentativa de golpe de Estado, é bem capaz de tudo.

Para o investigador, o risco de não estar preparada a sucessão “é haver alguma desestabilização política que possa provocar uma desestabilização social”, numa altura em que Angola vive “uma crise profunda, económica e financeira”.

Esta correcta análise de Eugénio Costa Almeida dá, só por si, corpo a um cenário indiciador de que as eleições serão quando o líder supremo do país assim entender. “Desestabilização política” e “desestabilização social” são possibilidades mais do que suficientes para que, com a cobertura internacional, o regime determine quando e como se realizarão eleições.

Eugénio Costa Almeida, um dos mais reputados especialistas em questões africanas, com realce para Angola, afirmou ainda não ser claro o significado das palavras de José Eduardo dos Santos no anúncio de hoje.

“Deixa-me duas questões prévias: vai abandonar a política no geral e simultaneamente a presidência, caso seja o número um e o MPLA ganhe as eleições em 2017; ou na perspectiva de que vai deixar a política em 2018 já não se candidatará?”, questionou, acrescentando aquela que é a verdade das verdades: Mesmo que “abandone a política activa não significa que abandonará a presidência”.

Pois é. O mais certo é José Eduardo dos Santos ser o candidato do MPLA na eleição indirecta (cabeça-de-lista do partido), em 2017 ou noutra data qualquer, ganhar folgadamente (como é timbre nas ditaduras) e depois calmamente passar o testemunho a um outro qualquer “Eduardo dos Santos”, devidamente formatado, domesticado e controlado.

Caso se concretize a saída da Presidência, diz Eugénio Costa Almeida, o MPLA deve começar a preparar alguém que efectivamente mereça a credibilidade junto da população e, principalmente, do bureau político do MPLA.

Como especialista em questões angolanas, Eugénio Costa Almeida sabe que, na versão factual, tal como o MPLA é Angola e Angola é o MPLA, José Eduardo dos Santos é o MPLA e o MPLA é José Eduardo dos Santos. Dizer-se que o MPLA deve começar a preparar alguém é tapar o Sol com uma peneira. Quem prepara, quem determina, o sucessor é Eduardo dos Santos. Tudo o resto é paisagem.

“Isto já devia ter sido anunciado há mais tempo e devia ter começado a ser preparada a continuidade dentro do partido com maior calma, maior ponderação”, afirma ainda Eugénio Costa Almeida com aquela ingenuidade que nos caracteriza a todos: pensamos que Angola é aquilo que não é – Um Estado de Direito Democrático.

*No Folha 8 por Orlando Castro, diretor-adjunto do Folha 8

Partidu boot timoroan hadook Partidu Demokrátiku hosi koligasaun Governu nian


Partidu boot timoroan nian, Congresso Nacional de Reconstrução Timorense (CNRT), informa ona Partidu Demokrátiku (PD) - forsa polítiku boot datoluk - katak hadook ona partidu ne'e hosi koligasaun ne'ebé apoia Governu to'o 2017 no hela de'it Frente Mudansa.

Desizaun, ne'ebé fó sai hosi karta ba diresaun PD nian, no sei halo debate iha findesemana ne'e iha partidu, bele iha konsekuénsia lalais iha kompozisaun ezekutivu nian, ne'ebé iha pelumenus membru na'in lima ne'ebé pertense ba formasaun polítiku ne'e.

Hanesan kazu hosi ministru Kordenadór ba Asuntu Sosiál sira no ministru Edukasaun, António da Conceição, ministru Obras Públika, Transporte ho Telekomunikasaun nian Gastão de Sousa no hosi ministru Komérsiu, Indústria ho Ambiente, Constâncio Pinto.

Hanesan militante hosi PD maka visi-ministru Komérsiu, Nuno Pereira ho Sekretáriu Estadu hosi Administrasaun Estatal, Samuel Mendonça.

Hahú hosi eleisaun 2012, Governu timoroan hetan apoiu hosi koligasaun ida ho partidu tolu hosi forsa parlamentar haat: CNRT, PD ho FM, ho Fretilin (partidu boot daruak) apoia liña jerál sira hosi asaun governativiu, inklui programa hosi Governu no orsamentu.

Bloku Koligasaun, hahú tinan 2012, mosu hanesan Aliansa ida hosi Maioria Parlamentar (AMP) ne'ebé apoia Governu entre 2007 no 2012.

Dionísio Babo, sekretáriu-jerál CNRT nian, justifika iha karta ne'ebé haruka ba diresaun PD nian, ne'ebé Lusa hetan asesu, katak relasaun entre partidu rua ne'e hahú ladi'ak dezde antigu prezidente PD, Fernando La Sama de Araújo, nia mate.

Babo, ne'ebé hanesan mós ministru Estadu, Kordenadór hosi Asuntu Administrasaun Estadu no Justisa nian no mós ministru hosi Administrasaun Estatal, argumenta katak dirijente foun sira la respeita "kompromisu" hosi La Sama nian ho CNRT, kestiona deklarasaun sira no postura sira hosi PD, liuliu iha debate orsamentál sira no hafoin suspende hosi Prezidente Repúblika ba testu orsamentál nian.

Karta hatete katak pozisaun sira ne'ebé "la defende espíritu ka interese hosi koligasaun, situasaun ida ne'ebé aat ba nafatin, sustenta, hahú hosi diskursu polémiku ne'ebé xefe Estadu halo iha Parlamentu, iha fulan-Fevereiru nia rohan, marka ho krítika sira ba dirijente sira CNRT nian, Xanana Gusmão ho Fretilin nian, Mari Alkatiri.

Esplika katak situasaun ne'e analiza tiha ona iha reuniaun hosi Komisaun Polítiku Nasional (CPN) CNRT nian ne'ebé konsidera ona katak OD "la tuir ona kompromisu ne'ebé hetan iha ámbitu hosi Bloku Koligasaun nian".

Polémiku ida ikus entre partidu sira mosu hafoin bankada sira hosi CNRT no hosi Fretilin defende tiha kriasaun ida komisaun eventuál hodi investiga deklarasaun sira hosi xefe Estadu, Taur Matan Ruak ne'ebé, ho aspetu sira seluk, hatete katak proximidade entre Xanana Gusmão no Mari Alkatiri ne'ebé akontese daudaun serve de'it hodi fó benefísiu ba família no belun sira.

Deputadu ida hosi PD, Virgílio da Costa Hornai, kestiona proposta ne'e hodi konsidera katak laiha justifikasaun tanba aleinde PR bele hetan imunidae nia mós bele, bainhira nia hakarak, ko'alia iha Parlamentu Nasional.

Bainhira husu atu komenta desizaun ne'e, dirijente ida hosi PD hatete ba Lusa katak asuntu ne'e sei debate iha findesemana ne'e iha partidu, maibé nia rejeita krítika sira hosi CNRT no subliña katak "koligasaun ida la signifika atu ema hotu tenki konkorda malu".

"Ida-idak iha nia pozisaun no bele aprezenta. Maibé, iha fundamentál, maka husu nafatin votu ida, ba programa ka orsamentu, ami hala'o. Ami hala'o nafatin", hatete hosi dirijente ne'e.

"Ami konsidera katak akuzasaun sira ne'e laiha fundamentu", nia hatete.

Maski aspetu ne'e la refere iha karta hosi CNRT, dirijente sira hosi partidu ne'ebé ko'alia ho Lusa admiti katak iha deskontentamentu tanba sira konsidera katak proximidade entre PD ho Prezidente Repúblika, liuliu ho Partidu Libertasaun Popular (PLP), forsa polítiku ne'ebé sei apoia kandidatura ruma hosi Taur Matan Ruak nian iha eleisaun lejislativu sira.

Akuzasaun ida ne'ebé rejeita hosi dirijente PD nian, ne'ebé garanti katak "laiha kontaktu ruma entre PD ho PLP", no katak relasaun ho xefe Estadu hanesan institusional no akontese hanesan ho bankada sira.

"Ami nia pozisaun iha parlamentu la'ós defende Prezidente. Ami hatete de'it katak buat ne'ebé maka akontese daudaun hanesan problema ida ne'ebé envolve veteranu luta na'in rua no tenki rezolve liuhosi diálogu", nia hatete.

"Sira hadook ami tanba motivu seluk. Tanba de'it ami la defende prezidente CNRT nian", nia hatutan.

SAPO TL ho Lusa

"Clepsidra", de Camilo Pessanha, é "um livro que não existe" - debate


Macau, China, 12 mar (Lusa) -- Especialistas em Camilo Pessanha debateram hoje, em Macau, as "muitas faces" do poeta, concluindo que os versos que hoje lemos não são os mesmos que Pessanha escreveu devido às sucessivas edições e emendas.

"'Clepsidra' é um livro que não existe, é uma tentativa de vários editores de fazer o que o autor não conseguiu", disse Paulo Franchetti, autor de vasto trabalho académico sobre Pessanha, poeta que passou parte da sua vida em Macau, onde morreu há 90 anos.

Os versos do simbolista captaram a sua atenção nos anos 1970, apesar de "não perceber nada do que lia", disse o académico brasileiro que participava no debate "As Muitas Faces de Camilo Pessanha", integrado no Festival Literário Rota das Letras, em Macau.

"Aqueles versos me encantavam, mas não conseguia dar sentido total àquilo", contou.

Anos passados, "aquele poeta estranho da juventude" continuava a "obcecá-lo", levando-o a enveredar por um doutoramento sobre Pessanha.

Ao início da sua investigação evidenciou-se que "no processo editorial de João de Castro Osório havia mudanças dos poemas, uma organização da poesia que desse uma visão quase católica do poeta".

"Clepsidra" foi editado por Ana de Castro Osório em 1920, sendo mais tarde lançada uma versão ampliada pelo seu filho, João.

Vários elementos levam o especialista a acreditar que a edição modificou a intenção original: "Quando Camilo Pessanha foi a Lisboa foi a casa de Ana de Castro Osório e fez uma lista dos poemas [para a 'Clepsidra']. A ordem que ele tinha projetado para este livro não tem nada a ver com o livro final."

O resultado do trabalho académico de Franchetti foi uma edição crítica publicada em 1996. "Não pretendi fazer nada a não ser registar todos os estágios de composição em cada poema. Anotei o que chamamos os 'gestos de escrita' de Camilo Pessanha, que ao longo da vida trabalhou com 50 poemas. Havia registo de amadurecimento desse processo", como rasuras e substituições.

"Reuni todos os documentos de Camilo Pessanha, anotei todos e mostrei como os poemas foram construídos ao longo do tempo", explicou.

Para este trabalho de reconstrução contínua da obra de Pessanha contribuiu também o jornalista de Macau Carlos Morais José, que encontrou na antiga Revista Centauro mais provas de que os poemas do simbolista foram alterados em fases de edição, com pontuação e mesmo títulos acrescentados.

"Noventa anos passaram da sua morte. Para o ano faz 150 anos do nascimento e ainda não há uma versão definitiva da sua obra", comentou.

A edição a Camilo Pessanha, ao longo dos anos, não foi apenas poética, mas também de personalidade, sublinhou Franchetti.

"Camilo Pessanha era um homem orgulhoso, intolerante, não seguia exatamente os preceitos sociais e criou aqui muitos inimigos. Criou-se uma imagem de um opiómano, andrajoso (...) Mostrei com uma biografia que essa imagem era totalmente fantasiosa, uma imagem maldosa e vingativa que fizeram dele principalmente em Macau mas também em Portugal", disse.

O macaense Pedro Barreiros, cuja família teve uma relação próxima com o poeta, salientou particularmente o impacto pessoal que Pessanha teve na sua formação.

"Camilo Pessanha foi parte da minha maneira de pensar em língua portuguesa. Penso que a minha mãe sabia a 'Clepsidra' de cor e desde pequeno que ouvia os seus poemas", contou.

Pessanha, que em Macau traduziu para português oito elegias chinesas, foi também responsável pela introdução de Barreiros à poesia chinesa.

"Desde então nunca mais deixei de ler traduções [de poesia chinesa]. É das coisas que mais agradeço a Camilo Pessanha, ter-me dado a chave para entrar na poesia chinesa", concluiu.

ISG // NS

MNE diz que "questão" sobre candidatura na CPLP é "facilmente ultrapassável" por "países amigos"


Porto, 12 mar (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros disse hoje acreditar que a "questão" sobre a possibilidade de Portugal apresentar uma candidatura ao cargo de secretário-executivo CPLP "será facilmente ultrapassável no espirito que move os países amigos".

Questionado no Porto, à margem de um debate promovido pela Fundação Portugal África, sobre se Portugal avançará mesmo com um nome para secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), apesar da polémica que tem envolvido este anúncio, Augusto Santos Silva sublinhou a ideia de que o que move o Governo português "é apenas cumprir os deveres enquanto membro".

"A disponibilidade de Portugal é para cumprir integralmente os deveres que à luz dos estatutos são os seus. Estou certo de que essa questão, se é que há alguma questão, será facilmente ultrapassável no espirito que move os países amigos", disse Augusto Santos Silva.

O governante não quis "queimar etapas", pelo que não avançou sobre quando será tomada uma decisão ou anunciado um nome, reiterando apenas estar "certo" de que será encontrada "uma solução do ponto de vista político-diplomático que satisfaça todos e que mereça o consenso" já que essa é, frisou, "a regra de ouro da CPLP".

De acordo com o artigo 18.º dos estatutos da comunidade, "o secretário-executivo é uma alta personalidade de um dos Estados-membros da CPLP, eleito para um mandato de dois anos, mediante candidatura apresentada rotativamente pelos Estado-membros por ordem alfabética crescente".

Portugal manifestou intensão de apresentar uma candidatura ao cargo, mas alguns membros da CPLP invocaram um "acordo de cavalheiros" que terá sido feito em 1996, segundo o qual o país que já alberga a sede da CPLP - a sede é em Lisboa, Portugal - não deve candidatar-se ao cargo.

O Governo liderado por António Costa disse na segunda-feira desconhecer a existência de qualquer acordo, mas, entre outras tomadas de posição de outros países, Angola já criticou Portugal por estar a fazer "imposição" na CPLP.

Durante a sua intervenção esta tarde no painel "O encontro de gerações e o pilar da cidadania na CPLP do Futuro", Augusto Santos Silva vincou a ideia de que a "CPLP é uma comunidade de países de Estados iguais entre si", acrescentando mesmo que esta "não tem patronos" e "não tem tutelas".

Já no período de debate, ao responder a questões do público, Santos Silva frisou: "O Governo português não quer ter mais força na CPLP. Seria condenável. Mas Portugal tem um papel importante".

Num encontro em que também participaram o atual secretario-executivo da CPLP, o moçambicano Murade Murargy, o presidente da Confederação Empresarial da CPLP, Salimo Abdula, e o secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Vítor Ramalho, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que "chegou o tempo de generalizar os vários projetos de mobilidade" entre os Estados.

"É um avanço muito concreto. É um avanço possível. E é um avanço em que nós podemos apostar", descreveu, referindo-se sobretudo à mobilidade de estudantes e docentes.

Santos Silva também defendeu que os países que integram a CPLP também devem estudar o "relançamento ou intensificação" da atividade do Instituto da Língua Portuguesa.

PYT (NME/CFF/JH/JSD) // ARA

Detidos quatro jornalistas na Malásia por questões sobre contas bancárias do PM


Sydney, 13 mar (Lusa) -- Quatro jornalistas australianos foram detidos na Malásia por tentarem perguntar ao primeiro-ministro da Malásia, Najib Razad, numa conferência de imprensa, pelos 681 milhões de dólares (620 milhões de euros) descobertos nas suas contas bancárias, informa hoje a imprensa local.

Fontes da cadeia australiana ABC confirmaram hoje que quatro jornalistas ao serviço da estação foram detidos na noite de sábado e colocados em liberdade mais tarde sem terem sido acusados.

Sally Neighbour, produtora executiva do programa para o qual trabalham os detidos, confirmou na sua conta de Twitter que as detenções ocorreram devido ao interesse dos jornalistas pelo caso de corrupção em que Najib está envolvido, escreve a agência Efe.

A imprensa internacional revelou em meados do ano passado que Najib tinha recebido nas suas contas bancárias 681 milhões de dólares transferidos pelo fundo estatal de investimento 1Malaysia Development Berhard (1MDB), presidido pelo governante.

Inicialmente Nabjb e 1MDB negaram a transferência. Mais tarde o primeiro-ministro admitiu os milhões nas suas contas privadas, mas atribuiu-os a uma doação da família real saudita.

Com 62 anos, Najib ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 2009.

Em janeiro, a procuradoria-geral da Malásia ilibou, após uma investigação de seis meses, o primeiro-ministro, Najib Razak, de qualquer responsabilidade penal em relação à entrada dos 681 milhões de dólares nas suas contas privadas.

Najib viu-se envolvido, no passado mês de julho, num escândalo de corrupção, sendo acusado de ter desviado dinheiro do fundo de investimento público 1Malaysia Development Berhard (1MDB), que preside.

FV (ISG) // FV.

“A AUSTRÁLIA NÃO DEVE ROUBAR O FUTURO A TIMOR-LESTE”, diz movimento cívico



Durante a visita do governador-geral da Austrália, o general Peter Cosgrove, a Timor-Leste (02 e 03 de março), o Movimento contra a Ocupação do Mar de Timor (Movimentu Kontra Okupasaun Tasi Timor – MKOTT) viu rejeitado um pedido para se encontrar com aquele representante da coroa britânica na Austrália. A intenção do movimento seria entregar uma carta aberta a pedir a Cosgrove que intervenha junto do Governo australiano para que recomece as negociações de definição da fronteira marítima entre o seu país e Timor-Leste.

De acordo com a embaixada australiana em Dili, a agenda da visita de dois dias do General Cosgrove a Timor era muito apertada, não havendo possibilidade para receber os representantes do movimento. Na carta, escrita em Tétum, o MKOTT sublinha que Timor-Leste continua a ser um país “explorado” apesar da independência obtida sobre a Indonésia em 2002:

“Apesar de Timor-Leste ter conquistado a independência, infelizmente, a exploração e a ocupação continuam. Timor-Leste continua ocupado, mas agora pelo Governo da Austrália, situação que nos desilude e entristece, o país do qual você é governador-geral, um país rico e próspero.”

A importância deste pedido a Peter Cosgrove? 

Cosgrove é um oficial militar australiano reformado que serviu o seu país na guerra do Vietname. Foi chefe-maior das forças armadas e de defesa entre 2000 e 2005 mas antes comandou a INTERFET, uma força multinacional liderada pela Austrália que foi estabelecida em 1999 para implementar a segurança e a paz em Timor-Leste. Por essa razão, o general Cosgrove visitou a capital Díli para receber a mais alta condecoração do país para estrangeiros, o grande colar da Ordem de Timor-Leste. Sendo um “amigo” de Timor, o MKOTT entendeu pedir ao atual governador-geral que pressione o seu Governo a voltar à mesa das negociações:

“Por esse motivo, através desta carta, o MKOTT quer aproveitar a ocasião da sua visita para apelar a si, um amigo histórico do povo de Timor-Leste, para usar a sua influência e pedir ao Governo australiano que: 1) Respeite a soberania e a dignidade do povo e da nação de Timor-Leste tal como fizeram com outras nações. 2) Respeite os mecanismos de resolução de fronteira marítima de acordo com a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. 3) Se concentre na negociação “franca e aberta” da fronteira marítima e não se foque em outras negociações bilaterais e gerais entres os dois países. 4) Pare com o argumento “Plataforma continental” porque já não é válido. 5) Pare de exercer a sua pressão politica e económica que está a roubar a riqueza de Timor-Leste e o futuro do seu povo.”

O Movimento contra a Ocupação do Mar de Timor (MKOTT) é um movimento social composto por ativistas, estudantes, ex-combatentes, individualidades e por organizações da sociedade civil timorense. Desde a sua criação, em 2004, este movimento tem zelado para que os governos da Austrália e de Timor-Leste encontrem vias legais e diplomáticas para estabelecer as fronteiras marítimas entre os dois países da forma que seja mais justa, para ambas as partes. O impasse sobre o estabelecimento de uma fronteira marítima entre Timor-Leste e a Austrália tem sido longo e envolto de situações polémicas.

Espionagem ao estilo “Watergate”

Em 2013, o Governo australiano foi acusado de interferência no “acesso aos recursos e soberania de Timor-Leste”. A Austrália terá obtido de forma ilícita informação confidencial sobre petróleo e gás no Mar de Timor, tendo “prejudicado os timorenses durante as negociações para o Tratado sobre Determinados Ajustes Marítimos no Mar de Timor (CMATS) em 2004”. Segundo relatos, espiões australianos terão colocado escutas dentro do palácio do Governo e tirado vantagem na negociações, com essas escutas:

“O ministro do Petróleo e Recursos Minerais, Alfredo Pires juntamente com o advogado Bernard Collaery alegam que os Serviços Secretos de Inteligência Australianos – ASIS, quebraram a barreira da soberania timorense e da Lei Internacional durante as negociações sobre as reservas de gás natural existentes na região do ‘Greater Sunrise‘ [cujas receitas estimadas rondam os 40 mil milhões de dólares americanos] numa ‘conspiração criminosa engendrada a partir de Camberra’. (…) Tratou-se de um caso Watergate. Eles entraram nos gabinetes oficiais do primeiro-ministro (Mari) Alkatiri e do seu governo sem autorização e, clandestinamente, colocaram as escutas.”

Esta ação, levada a cabo pelos serviços de inteligência australianos, terá contornos ainda mais “perturbadores” se se comprovar as alegações de que as “escutas foram introduzidas através de um plano de ajuda para a remodelação do Palácio do Governo disfarçado num projeto da AusAid“, a agência governamental australiana para a cooperação internacional. O professor e investigador de Politica da Universidade Swinburne, em Melbourne, Michael Leach refere que:

“A hipótese de que a AusAid terá sido usada, sem o seu próprio conhecimento, em atividades de recolha de informação é bastante perturbadora e levanta preocupações quanto à sua atividade, na região, sobre se está livre ou não de suspeita durante as suas funções. O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, desvalorizou as alegações classificando-as de “noticias antigas”, no entanto, o seu papel atual como consultor para a empresa de Petróleo Australiana Woodside deixa pouca confiança nas suas palavras.”

A exploração do “Greater Sunrise”, no Mar de Timor

“Todas as reservas de petróleo e gás estão do lado timorense da linha mediana, ou seja, mais perto de Timor-Leste do que da Austrália.”

A “ganância” pela exploração dos recursos de Timor-Leste data de 1963 quando o “Governo australiano emitiu uma licença de exploração de petróleo à Woodside Petroleum”, a empresa que tem explorado os recursos minerais do Mar de Timor. Em 1972, a Austrália celebra um acordo “bastante favorável” com o regime indonésio do Presidente Suharto que lhe valeu uma “fronteira marítima mais alargada e mais próxima da Indonésia” obtendo assim o acesso a mais recursos minerais. Acordo que Portugal recusou:

“Portugal – na altura a potência colonial administradora de Timor-Leste – recusou participar nas negociações, tendo optado por aguardar pelo processo internacional que, em 1982, resultou na Convenção da ONU sobre o Direito do Mar ou UNCLOS (sigla em Inglês). A decisão de Portugal deixou um “buraco” na fronteira australo-indonésia dando origem ao ‘Timor Gap’.”

De 1989 a 1999 a Austrália explorou os recursos minerais de Timor-Leste de forma “ilegal ao reconhecer unilateralmente a integração ‘de facto’ do território na Indonésia e fechando os olhos às atrocidades e crimes cometidos contra os direitos humanos”, refere um artigo publicado no Global Voices, pela investigadora sobre Timor-Leste, Marisa Gonçalves.

A Austrália e a Indonésia celebraram, em 1989, um “acordo de cooperação na base 50/50″ de exploração dos recursos minerais do Timor Gap, acordo que Portugal também “rejeitou mas cuja oposição não obteve sentido prático pois a Indonésia não reconhecia a autoridade judicial Internacional”, refere ainda Michael Leach.

A Austrália está a aproveitar-se das fraquezas de Timor-Leste

“A Austrália tirou proveito das fraquezas de Timor-Leste e está agora a ludibriar as suas obrigações internacionais perante a definição da fronteira marítima.”

A declaração é do deputado timorense do CNRT, Natalino dos Santos Nascimento, dada à agência de notícias australiana (AAP), durante a visita de Peter Cosgrove e publicada na página de um dos serviços de televisão pública, a SBS. O deputado refere-se à ação do Governo australiano em 2002.

Em março desse mesmo ano, o Governo australiano deixou de reconhecer a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça para as fronteiras marítimas:

“A Austrália abandonou o mecanismo de resolução de disputas de fronteira marítima da Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar (UNCLOS) e deixou de reconhecer a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça, dois meses antes da restauração da independência de Timor-Leste em maio de 2002. Estas ações unilaterais, que demonstram fraca confiança no argumento da ‘plataforma continental’, deixaram Timor-Leste sem a opção de recorrer à arbitragem internacional. A saída da Convenção foi feita em segredo, o parlamento australiano apenas teve conhecimento quando a ação teve efeito.”

Atualmente, a nação de Timor-Leste, independente desde 2002, exige que a Austrália reconheça a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e que estabeleça a sua fronteira na linha mediana entre os dois países, como refere a lei internacional. Em causa estão as reservas de petróleo e gás natural existentes na região do “Greater Sunrise” que estão situadas do lado de Timor-Leste.

Até ao momento, o Governo da Austrália não tem mostrado disponibilidade para abrir mão destes recursos, no valor de 40 mil milhões de dólares, e voltar à mesa das negociações, apesar dos apelos por parte das autoridades timorenses.

[Atualizado, 10.03.15] Contudo o partido da oposição pensa o contrário, a porta-voz do Partido Trabalhista australiano (Labor), Tanya Plibersek, sublinha que “o seu partido considera reverter a posição da Austrália face à UNCLOS e que no caso de Timor-Leste está preparado para submeter-se à arbitrariedade de Haia se as conversações de ‘boa fé’ entre os dois estados falharem” e acrescenta:

“A Austrália pede regularmente aos outros países que se rejam pela lei internacional e que sigam a mesma norma nas suas disputas. Se queremos que as outras nações cumpram as regras do jogo, então nós também temos de as cumprir.”

Por essa razão, organizações como a “Timor Sea Justice Campaign” sabem que é preciso apelar à opinião pública australiana no sentido de pressionar o Governo a tomar a ação correta e anunciou protestos que vão decorrer em várias cidades australianas durante a semana que começa a 21 de março. As embaixadas australianas em Jacarta, na Indonésia e em Díli, Timor-Leste, serão igualmente alvos de protesto.

Imagens1 - Graffiti Stencil por Alfe Tutuala. Imagem de domínio público partilhada por Wikimedia.
2 – Mapa: “Todas as reservas de petróleo e gás estão do lado timorense da linha mediana, ou seja, mais perto de Timor-Leste do que da Austrália.”

*Global Voices

NR. Timor Agora agradece a Manuel Ribeiro e à Global Voice a oportunidade de trazer aqui na íntegra o texto que aborda o roubo a Timor-Leste por parte de Austrália, ao estilo da pirataria refinada do capitão James Cook ao serviço da Marinha Real Britânica e de outras potências europeias que colonizaram terras distantes para abusado usufruto das suas riquezas naturais pertencente aos povos invadidos, colonizados, assassinados e escravizados.

CNRT OFISIALMENTE HASAI PARTIDU DEMOKRATIKU HUSI BLOKU KOLIGASAUN


DILI - Atraves komunikadu Partidu CNRT lideradu Xanana gusmao ofisialmente hosi ninia Komisaun Politika Nasional anunsia ba publiku katak hasai ona PD hosi bloku koligasaun nia laran ho razaun lubuk ida hanesan sita iha deklarsaun kompletu CNRT ninian iha sira ninia komunikadu.

Atu konsolida Estadu de direitu demokratiku hodi hametin Unidade, Estabilidade no Dezenvolvimentu Nasional, hahú 2007, Partidu CNRT ho Partidu Democrátiku (PD) liu husi figura Saudozu Fernando Lasama de Araújo, harii no halao ona relasaun institusional ida diak tebes tuir principiu sira Aliansa Maioria Parlamentar (2007) ho Bloku da Koligasaun (2012).

Maibe situasaun hahu muda wainhira Kompanheiru Saudozu Lasama ne’ebe valoriza tebes Partidu CNRT ho PD nia kompromisiu, fila ba Aman Maromak nia kadunan Santo. Partidu CNRT hahu observa mudansa husi klalaok Kompanheiru sira sira iha Bancada PD Parlamentu Nasional iha fulan hirak ikus, ne’ebe la komunga ona komprimisiu ne’ebe Saudoso Lasama hahí no valoriza tebes. Tanba né Partidu CNRT hakarak haktuir pontu observasaun hirak tuir mai ne’e.

Partido CNRT akompanha declarações repetitivas hosi Presidente Interinu PD nudar membru Parlamentu Nasional ne’ebe sempre kuestiona programa governu nian ne’ebe Partidu Democratiku rasik halo parte.

Partido CNRT mos akompanha klalaok Bankada PD durante debate sira ba Orçamento Geral do Estado 2016 ne’ebe la refleta espírito no interesse nebé bloku Koligasaun kompromete hamutuk ona.

Partidu CNRT mos akompanha reasaun ne’ebe Bancada PD hatudu liu hosi declarasaun sira Presidente Interinu PD nian iha media publiku kona ba mensagem de Estado da SE. Sr Presidente da República.

Partido CNRT mós konsiente ho pozisaun ne’ebe Bankada PD hola durante ne’e inklui mos deklarasaun membru Bancada PD Dr. Virgílio Hornai ba ezizensia Partidu CNRT nian relasiona ba mensagem SE. Presidente da República ne’ebe atinji dignidade no sentimentu pesoal husi Presidente Partidu CNRT Maun Boot Kay Rala Xanana GusmÄ
o.

Hafoin analiza tiha kestaun hotu-hotu inkluindu sira ne’ebe temi iha leten kona-ba postura foun ne’ebe orienta pozisaun polítika PD, maka Comissão Política Nacional (CPN) Partidu CNRT hafoin estuda ho analiza, no konsulta mos ho orgun lideransa sira Partidu nian konklui katak parseiru polítiku ida ne’e la obedese ona ba komprimisiu sira ne’ebe hatuur tiha ona iha âmbito Bloku Koligasaun nian. Ho hune’e konklui mos katak Bankada PD iha Parlamento Nasional viola ona espíritu Koligasaun ka ho lia fuan seluk la-halo parte ona hosi parseiría ne’ebe harii dezde tinan 2007.

Ho ida ne’e, nu’udar partidu maioritáriu ne’ebe prezide koligasaun, informa ona formalmente ba Nai Presidente Interinu Partido Democrático ho nia estrutura tomak katak Partidu CNRT lakon ona konfiansa ba PD hanesan parseiru iha koligasaun atu garante estabilidade governativa, quer iha Parlamentu Nasional no mós iha governo, efetivamente hosi loron ohin, 11 de Março de 2016.

Deklarasaun original bele asesu iha 

Relasiona ho informasaun ne’e Timor Post sei tenta atu hetan resposta hosi Partidu PD ninian.

Timor Post

TAUR – RUI KONKORDA HAKOTU KAZU EZONERASAUN


DILI - Prezidente Repúblika (PR), Taur Matan Ruak ho Primeiru Ministru, Rui Maria de Araújo, konkorda ona atu halo diálogu hodi hakotu kazu ezonerasaun Maijór Jenerál, Lere Anan Timur no nomeasaun Brigadeiru Jenerál Filomeno Paixão ba Maijór Jenerál hodi lidera F-FDTL.

“Prezidente disponivel para atu rona pontu de vista governu nian, governu mós disponivel atu rona argumentasaun señor Prezidente nian, seidauk to’o iha konkluzaun ida mas kuandu señor Prezidente fila hosi Japaun mai depois ami sei kontinua nafatin diálogu ida ne’e,” PM Rui informa ba jornalista sira hafoin enkontru ho Xefe Estadu iha Palásiu Prezidensial, Bairo-Pite, Dili, Kinta (10/03).

Enkontru durante oras rua hahú hosi tuku 3 to’o 5 lokraik, Xefe Estadu ho Xefe Governu aleide diskuti maka’as kona-ba kazu ezonerasaun, diskuti mos kona-ba ejekusaun orsamentu jerál estadu no programa vizita Prezidente nian ba Japaun, ne’ebé sei aranka hosi Dili, iha loron Sábadu (12/03/2016).

Kona-ba resposta Tribunal Rekursu (TR) nian ba karta governu nian relasiona ho rekursu kontesioza ne’ebé governu haruka ba TR, no TR haruka fila fali rekursu governu nian ne’e, antes ne’e, PM Rui afirma, sei estuda fali rajaun TR nian no posibilidade rekore fali rekursu ba TR.

Tribunál Rekursu deside haruka fila rekursu kontensiozu Governu nian iha loron Kinta (02/03). (dgx)

Timor Post

ANPM HO CONOCOPHILIPS SEI FURA TAN MINA POSU 7


Autoridade Nasional Petroleu no Mineral (ANPM) hamutuk ho empreza Conoco Philips sei fura tan mina posu 7 atu bele garante produsaun.

‘’Ami ho ConocoPhilips halo hela diskusaun atu halo perfurasaun ba posu 5 to’o 7, nune’e iha tinan 2 mai atu bele mantein produsaun bele to tan tinan 20,’’ informa Prezidenti ANMP, Gualdino da Silva ba jornalista sira iha Comoro, Kuarta (09/03/2016).

Nia hatete, posu ne’ebe mak sei halo perfurasaun ne’e laos posu peskija, maibe ne’e posu dezenvolvimentu, entaun sira halo posu ne’e atu halo produsaun.

Tuir estatistika ne’ebe mak iha husi posu 7 sira fura to agora ne’e so ida deit mak la hetan sira seluk ne’e diak no hetan hotu.

‘’Husi posu 7 ne’ebe ita halo perfurasaun ne’e posu sira ne’e atu dezenvvolve ne’e ninia rassio atu susesu ne’e 90% estatikamente. Ita iha esperansa bot atu garante ba produsaun sira ne’ebe mak menus dadaun ona no iha tempu ida ita garante fali sira,’’ informa Gualdino.

Iha parte seluk, Diretor ONG Luta Hamutuk, Mericio Akara hatete, agora Timor Leste iha problema mina kitan ho Bayu Undan no ema barak hatene katak, Timor Leste iha mina no gas maibe, Timor Leste rasik seidauk explora diak liu tan hodi dezenvolve nasaun ida ne’e.

Nia dehan, agora dadaun explorasaun balun lao tiha ona, hanesan ema hotu hatene kompania nasional Timor GAP, halo ona explorasaun mina matan iha area Soberanu Timor nian.

“Agora ita hotu hatene katak ita Timor Problema ho produsaun mina matan rua ne’ebe maka agora menus nia produsaun tanba ne’e maka agora ita nia kompana internasional Timor GAP ida loke tan ona mina matan iha area Soberania ita nian, no explorasaun ne’e mos agora lao hela” Akara hateten.

Diretor ne’e afirma tan katak, ho explorasaun ne’ebe maka iha ne’e Timor Leste labele garantia katak Mina iha duni ka laiha tanba ne’e seidauk hatene pasti. Nia

Jornal Nacional

LERE SENTE MORAS, FILOMENO HASORU TAUR


Xefi Estadu Maior das Falintil Forsa Defeza Timor Leste (F-FDTL), Maijor Jeneral Lere Anan Timur delega Brigadeiru Jeneral Filomeno Paixão hodi halo enkontru ho Prezidenti Repúblika (PR) Taur Matan Ruak, tanba Lere Anan Timur mal dispostu oituan (moras).

Brigadeiru Jeneral Filomeno Paixão informa katak, enkontru ne’ebé nia halo ho Prezidenti Repúblika Taur Matan Ruak ne’e, atu informa kona-ba servisu ne’ebé la’o iha militar nia laran durante ne’e.

“Enkontru normal ho Prezidenti Repúblika atu ko’alia kona-ba dezenvolvimentu Forsa Defeza Timor Leste nian, tanba ohin Jeneral Lere mal dispostu oituan, desde horseik nia moras, i nia husu ba ha’u mai hasoru Prezidenti,” informa Filomeno Paixão ba Jornalista sira iha Palácio Prezidensiál Aitarak Laran Dili, Kuarta (09/03), hafoin hasoru malu ho PR Taur Matan Ruak.

Filomeno Paixão dehan, iha sorumutu ne’e, sira la ko’alia kona-ba ezonerasaun ka substituisaun Lere nian.

“Informa de’it kona-ba dezenvolvimentus komponentes nian hanesan normalmente ha’u halo,” katak Filomeno Paixão.

Kona-ba pro-kontra ne’ebé agora dada’uk mosu iha Estadu kona-ba ezonerasaun Jeneral Lere nian, Filomeno Paixão dehan, sei la fó impaktu ba lala’ok dezenvolvimentu iha instituisaun F-FDTL.

Kona-ba prosesu ezonerasaun ba Jeneral Lere Anan Timor nian, oras ne’e la’o oinsa ona, Filomeno Paixão dehan nia laiha komentariu ba ida ne’e.

“Ami forsa ami hein orden de’it, komesa Jeneral to’o soldadus, ha’u ko’alia bei-beik ba ha’u nia ofisiais no soldadu sira, ita ne’e militar, ita hein orden de’it orden husi leten,” informa Filomeno Paixão.cos

Jornal Nacional

INSPESAUN JOGUS HATAMA RESEITA U$ 2.495


Tuir dadus akumulativa husi inspesun de jogu fo sai katak, iha tinan 2015 ekipa de jogu halo inspesaun ba iha jogu ilegal iha rai laran konsege rekolha taxa ba kofre Estadu hamutuk 2,495 milhoens.

Inspektur Jeral do Jogo MCIA, Miguel Lobato hatete, jogu ilegal barak maka durante ne’e diresaun ekipa jogu indentifika liu-liu iha Dili, jogu ilegal makina ne’ebe maka sira identifika maizumenus iha 6 ou 7 ne’e maioria lao ilegalmente.

“Husi jogu ilegal ne’ebe maka ami indentifika ne’e husi kompanha sira selu taxa ba Governo tanba ne’e osan ne’ebe maka ami hetan hodi hatama ba iha kofre estadu hamutuk 2.495 resin ho nia 25%,” dehan Miguel ba jornalista sira iha nia knar fatin Bebora, Kuarta (09/03/2016).

Nia dehan,Jogu ilegal ne’e laos foin maka akontese ,maibe akontese desde uluk kedas ,jogu ne’e, ekipa kobre hotu atu halo indentifika maibe diresaun de jogu sempre halo nafatin kordenasaun ho Poliasia Nasional Timor Leste (PNTL) maka lao hamutuk hodi identifika atu nune’e halakon tiha maibe jogu ne’e kontinua ejiste nafatin.

Miguel konfesa katak, ema China sira dala ruma mai iha Timor sira sempre uja ema Timor ne’ebe maka ho nia begraund veteranus ba becking tanba ne’e halo ekipa de jogu mos atu kombate hodi halo lakon mos labele ne’e susar.

Maske polisia sira susar atu halakon jogu illegal ne’e maibe sira nia serbisu halo inspesaun lao hela, depois desijaun muda tiha ona ba sentru serbisu imvestigasaun kriminal PNTL,serbisu halo operasaun ne’e lao efetivu.

Konaba olding tex nian, Miguel dehan, ne’e kompetensia Ministeriu Finansas (MF) maka hare sobre ba ida ne’e husi serbisu tributaria laiha imformasaun, konaba osan 10 % ne’ebe maka sira tenki selu kada tinan ba Estadu.

Nia dehan,jogu ilegal ne’e serbisu tributaria detekta iha area mandarin maibe kuaze iha area Dili laran ne’e barak maka identifika ilegalmente.

‘’Kona ba jogu Casino ne’e laos ilgeal tanba tuir lei tributaria ne’e legaliza, lolos ne’e laos bolu casino maibe bolu clup, tanba clup ne’e uja makina laos uja manual. Tanba ne’e konaba Casino lei seidauk iha, tanba Governo bandu ,lei ida ne’ebe maka haruka ba Prezidente Republika maibe nia deklara haruka fila ona para atu hadia,lei konaba Clup maka iha club mesin,lei konaba casinu ne’e seidauk iha,’’ informa Miguel Lobato.

Diretur informa katak,durante ne’e iha kompania 4 maka selu ona taxa ba kofre estadu,maibe iha kompanha 3 deit maka aktivu ida seidauk lao.

Prosesu kompanha sira selu taxa ne’e bazeia ba serbisu tributaria nia ne’ebe maka halao inspesaun iha tempu kalan,iha inspesaun ne’ foin maka hatene rezustu ne’e iha kalan ne’e osan tama hira no osan sai hira,restu ne’ebe hela ne’e maka foin konaba taxa.

Purtantu osan tama depois halo pagamentu ba premiu ne’e kona taxa $15 ou 10%,taxa ne’ebe maka komapanha sira selu ne’e iha tipu oin rua 15 % ba kontribuisaun social no 10 % ba lotaria,total mak 25%. nia

Jornal Nacional

LAIHA MOEDA RASIK, TL DEPENDE TAXA DE JURUS BANCO AMERICA


Governador Banco Central de Timor Leste (BCTL), Abrão de Vasconselhos, informa katak, oras ne’e dadaun taxa de jurus depozitu iha Timor Leste 0,25 %. Maibe tanba TL la iha moeda rasik, maka taxa de jurus depozitu ne’ebe mak setor bankaria sira implementa bazeia ba Banco Central America sira aplika.

‘’Infelismente ita uza dolar Amerika entaun ita depende ba taxa de jurus ne’ebe mak federal Amerika implementa, tanba ita la uza ita nia moeda rasik, BCTL mos la iha kapasidade atu influensia atu hasae ka hatun, tanba BCTL la jere rasik nia osan,’’ hateten Abrão ba joranlista sira iha Hotel Arbiru Beach Bebonuk, Segunda (07/03/2016).

Nia hatete, banku central sira ne’ebe mak bele influensia mak banco central sira ne’ebe mak iha osan propio hodi jere rasik, nia fo exemplu banku central Indoensia ne’ebe mak halo rasik sira nia osan no jere rasik sira nia osan, entaun sira iha kapasidade atu influensia atu hatun ka hasae tasa de jurus depositu ne’e.

Governador ne’e mos esplika katak, Jurus depositu oras ne’e dadaun iha iha 0,25 % , tanba TL uza dolar amerika taxa de jurus partikularmente depositu ne’e hanesna taxa diferente husi dolar amerika banku sira ne’e naturalmente label fo fali jurus hanesan Indonesia nian 1.65 ou hanesan fatin sira seluk ne’eba mak bot.

‘’Ne’e labele, tanba taxa de jurus dolar Amerika nian karik agora 0,25 % ne’ebe nia taxa de jurus ba depositu pelemenus tenki hanesa ne’e duni, ita hare taxa de jurus tendensia atu sae, maibe oinsa nia influensia ba seitor bankaria iha TL ne’e presija hare reajen husi seitor bankaria sira ne’e oinsa,’’ koalia Abrão.

Nia sublina katak, reajen husi setor bankaria ne’e oinsa, tanba orijin setor bankaria sira ne’e la hanesan, balun mai husi Portugal, Australia no Indonesia, nia konsidera husi orijin la hanesa ne’e mak fo implikasaun ba seitor bankaria sira nia desizaun atu fo taxa de jurus depositu ne’e. Nia

Jornal Nacional