sábado, 27 de fevereiro de 2016

EX-PM TIMORENSE ALKATIRI DIZ ATUAR COM "OUSADIA" E LAMENTA COMPARAÇÃO A DITADOR


Díli, 27 fev (Lusa) - O ex-primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, disse hoje que sempre atuou e continuará a atuar com ousadia e coragem, lamentando ter sido comparado pelo chefe de Estado ao ditador indonésio Suharto.

"Fui muito criticado, de abuso de poder, de um ditador que se compara com o Suharto. É uma pena", afirmou o atual responsável da Zona Especial de Economia Social de Mercado (ZEESM) de Oecusse e Ataúro.

"A verdade é que a minha preocupação, a preocupação do Estado, é a estabilidade social e económica da população nesta fase de desenvolvimento, quando queremos sair de uma mentalidade de economia de autossubsistência para uma de mercado", considerou.

Alkatiri comentava assim, para uma plateia de empresários lusófonos reunidos em Díli, o discurso que o Presidente da República, Taur Matan Ruak, proferiu na quinta-feira no Parlamento Nacional, sem nunca o mencionar diretamente.

O chefe de Estado comparou os benefícios que dirigentes do país têm dado a "familiares e amigos" com práticas do ex-ditador indonésio Suharto.

"Desde 2013, Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, Lu-olo [Francisco Guterres, presidente da Fretilin] usam a unanimidade para quê? Não usam a unanimidade e o entendimento para resolver todos os assuntos que há por resolver. Usam-na para poder e privilégio", disse ainda o chefe de Estado.

Mari Alkatiri falava numa conferência organizada no âmbito do 1.º Fórum Económico Global da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que termina hoje, com a aprovação de uma declaração final e a assinatura de vários protocolos.

O também secretário-geral da Fretilin disse que Timor-Leste tem mostrado nos últimos anos "ousadia, coragem e, acima de tudo, vontade de mudar paradigmas", procurando ser "um interveniente na área política e, agora, na área económica".

Com uma intervenção marcada por referências à crise política em Timor-Leste, Mari Alkatiri disse que tem trabalhado com os seus "cúmplices" para tentar liderar uma mudança de paradigma no país.

"Coube-me a mim neste país a ousadia de tentar fazer isso e por isso receber dos meus cúmplices, daqueles que são meus cúmplices - fala-se muito de cúmplices em Timor agora -, a responsabilidade de o fazer", disse.

"Cumplicidade no que poderá ser bom para o país e para o nosso povo. Porque não?", questionou, dando conta das dificuldades de concretizar esse objetivo num país "onde a visão do desenvolvimento ainda é baseada em conceitos que se transformaram em preconceitos" e onde alterar "os velhos paradigmas não é muito fácil".

Numa referência a Taur Matan Ruak - que desde que assumiu a Presidência tem visitado praticamente todos os 'sucos' (freguesias) do país - Alkatiri diz que é difícil "conseguir convencer outros", "especialmente num país em que o desenvolvimento é medido à medida das visitas aos sucos", deixando ainda recados sobre o que diz ser o "novo 'riquismo' do país".

"Somos um país de novos-ricos mas pensamos como pobres, não sabemos usar os nossos recursos para gerar mais riquezas, pensamos no dia-a-dia do consumismo, à maneira do novo 'riquismo'. E é esse um dos obstáculos ao desenvolvimento", afirmou.

Sobre os planos para Oecusse, explicou que está a ser concluído, com uma equipa da Universidade Nova de Lisboa, o plano de ordenamento do enclave, a que se seguirá o plano de desenvolvimento do território, assente em três pilares: turismo, agroindústria e o setor financeiro, "uma praça financeira ética", explicou.

Alkatiri explicou que os estudos preliminares apontam que daqui a dez anos Oecusse poderá contribuir com 8% do PIB agrícola nacional (ou cerca de 35 milhões de dólares), com o emprego a alcançar 40% da população e a pobreza a cair de 60 para 20 por cento.

O turismo, antecipou, poderá ter um contributo anual de 25 milhões de dólares, com cerca de 40 mil visitantes por ano.
ASP // MP

PRESIDENTE DE TIMOR ACUSA XANANA E ALKATIRI DE BENEFICIAREM AMIGOS E FAMILIARES


Taur Matan Ruak e o governo timorense estão em rota de colisão e o Presidente não se coibiu de comparar os actuais privilégios dos políticos com os do tempo do ditador indonésio Suharto.

A tensão política em Timor volta a estar no vermelho. A recusa do Presidente, Taur Matan Ruak, em renovar o mandato ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) divide o Governo e o chefe de Estado, estando mesmo em cima da mesa uma eventual destituição do Presidente.

Em plena crise, Ruak foi ontem ao Parlamento para falar ao país e as suas palavras não podiam ter sido mais duras. O Presidente acusou os dois principais dirigentes políticos do país, Xanana Gusmão e Mari Alkatiri, de beneficiarem amigos e familiares em contratos do Estado, comparando os privilégios de políticos com os do tempo do antigo ditador indonésio Suharto.

Xanana Gusmão, líder histórico da resistência timorense, antigo Presidente, antigo primeiro-ministro, líder do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), partido mais votado em Timor, é actualmente e por sua vontade ministro do Planeamento e Investimento Estratégico.

Já Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) e ex-primeiro-ministro, era até há não muito tempo o principal crítico de Xanana Gusmão e da corrupção que dizia minar o país, mas abrandou a sua actividade política desde que, em 2014, foi nomeado presidente da Autoridade da Região Administrativa Especial de Oecussi, gerindo investimentos de vários milhões de dólares na região.

E a intervenção de Taur Matan Ruak no Parlamento não podia ter sido mais crítica para estes dois homens.  “Desde 2013, Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, Lu-olo [Francisco Guterres, presidente da Fretilin] usam a unanimidade para quê? Não usam a unanimidade e o entendimento para resolver todos os assuntos que há por resolver. Usam-na para ter poder e privilégios”, acusou.

“Um vírus que se está a espalhar”

Com a discussão sobre a corrupção sempre viva no debate político timorense e com ex-governantes em tribunal acusados deste ilícito, o Presidente timorense disse estar “triste” por Xanana tomar conta de Timor-Leste e Mari tomar conta do Oecusse. E falou mesmo de “um vírus que se está a espalhar”. “O princípio básico da democracia é a confiança. Sem isso a democracia não funciona”, acrescentou.

Ruak lembrou ainda um encontro com o primeiro-ministro, Rui Maria de Araújo, no início do mês, em que lamentou que Xanana e Alkatiri “tenham beneficiado tanto dos contratos do Estado”. “O senhor primeiro-ministro perguntou-me se eu queria fazer inspecção. Eu disse-lhe que não, que estava apenas a falar do descontentamento que se sentia sobre os privilégios. Com o Suharto também acontecia”, afirmou.

A declaração ao país através do Parlamento deve-se ao momento de tensão política que se vive em Timor em torno do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, o major-general Lere Anan Timur.

Ruak não seguiu a proposta do Governo de renovação do mandato de Lere. O Presidente defende a exoneração do actual CEMGFA e a nomeação do brigadeiro-general Filomeno da Paixão de Jesus para o cargo.

Destituição à vista?

Desde sexta-feira da semana passada que está feita uma proposta de destituição que apenas necessita de 14 deputados subscritores. Depois será necessária uma votação no Parlamento que recolha dois terços dos votos, seguindo a proposta para o tribunal de recurso. Para que o processo possa avançar, falta a publicação do decreto no Jornal da República, o que ainda não aconteceu.

Sobre esta matéria Xanana Gusmão pediu um parecer ao constitucionalista português Pedro Bacelar Vasconcelos, que defende que o Presidente timorense cometeu uma inconstitucionalidade ao nomear Filomeno Paixão para o lugar de Lere. Alega o parecer que Ruak não obedeceu ao princípio da obrigatoriedade de decisão conjunta com o Governo, ao rejeitar a proposta do executivo.

Contactado pelo PÚBLICO Pedro Bacelar Vasconcelos recusou-se a fazer qualquer comentário sobre o parecer, por “não querer interferir sobre questões de Timor-Leste”.

Vasconcelos, um dos obreiros da Constituição de Timor e que mantém contactos com o Parlamento do país, afirmou estar preocupado “com a tensão” que se vive em Timor. “Há uma tensão que ultrapassa os limites mínimos de solidariedade entre órgãos de soberania num Estado de direito”, referiu.

Confrontado pelo PÚBLICO pelo facto de Xanana estar a usar o seu parecer contra o Presidente da República em actos públicos, o actualmente deputado do PS e presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias disse que a forma como o Xanana usa o parecer “é lá com ele”. “Eu tenho acompanhado a situação com grande preocupação e não me vou pronunciar”, acrescentou.

Alguns actores políticos timorenses admitiam nos últimos dias que Ruak pudesse ele próprio apresentar a renúncia à Presidência, mas o chefe de Estado optou por partir para o ataque.  E sobre o conflito em torno do CEMGFA afirmou: “Eu não tenho problemas com o Governo. Mas o Governo usa o argumento do Lere para atingir o Presidente. O Presidente continua disponível para discutir no Parlamento nacional para encontrar uma solução para o caso.”

A tensão entre Ruak e o Governo e o Parlamento não é de agora. O Presidente elegeu o combate à corrupção e o combate à pobreza como grandes pilares da sua Presidência desde que tomou posse, em 2012.

Ao longo destes anos visitou a quase totalidade dos 442 sucos (aldeias) existentes e não tem parado de criticar o Governo devido aos níveis de corrupção e chamando a atenção para o estado de pobreza em que vive o povo. O Presidente tem vindo ainda a denunciar o enriquecimento surpreendente de políticos e dos seus familiares e a existência de contratos do Estado “entregues a amigos”.

Ruak tem também apontado o dedo ao Governo por falta de aposta em áreas como a Saúde e a Educação, segundo ele relegadas para segundo plano face aos grandes projectos.

Há uns meses, o Presidente pediu a documentação e estudos de viabilidade de dois grandes projectos: Oecussi e Tasi Mane (costa sul e que inclui uma refinaria). Até hoje nada foi entregue ou esclarecido ao chefe de Estado. Quanto ao projecto de Oecussi, uma equipa apresentou-se na Presidência há duas semanas para fazer uma apresentação ao Presidente, mas sem a presença do líder do projecto, Mari Alkatiri. Dúvidas sobre estes dois projectos levaram mesmo o Presidente a vetar o Orçamento do Estado de 2016. O Parlamento voltou a aprovar o documento e Ruak foi obrigado a dar a sua aprovação.

A tensão política promete continuar nas próximas semanas, com a grande dúvida de se vai mesmo avançar um processo de destituição do Presidente, Taur Mantan Ruak.

Ivo Valente, ministro da Justiça de Timor, encontra-se em Portugal, tendo assinado nesta quinta-feira um protocolo de cooperação com o Ministério da Justiça português, mas, após a cerimónia, recusou-se a responder a perguntas dos jornalistas.

Luciano Alvarez – Público, em 25.02.2016 – Foto: Miguel Madeira

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Xanana Gusmão garanti katak timoroan sira la permiti repetisaun ba krizi 2006


Eis-primeiru-ministru Timor-Leste nian, Xanana Gusmão, hatete iha loron-sesta ne'e katak maski tensaun polítiku atuál, timoroan sira sei la permiti atu akontese fali krizi 2006 nian no nasaun ne'e ema sei la bolu fali hanesan "falladu".

"Timor-Leste ema bolu ona hanesan nasaun falladu iha tinan 2006, tinan 10 liubá. Ha'u fiar katak señór sira hatene kona-bá dezenvolvimentu atuál hosi polítika internu nasaun nian", hatete hosi atuál ministru Planeamentu no Investimentu Estratéjiku timoroan nian.

"Ha'u hakarak garanti katak komunidade internasionál sei la bolu fali ami hanesan Estadu falladu ka posibilidade ba Estadu falladu", nia hatete bainhira loke konferénsia ida ne'ebé halo parte iha Fórum Ekonómiku Globál dahuluk hosi Komunidade Nasaun sira Lian Portugés nian.

Xanana Gusmão refere ba konflitu ne'ebé Timor-Leste hasoru iha 2006 - bainhira nasaun besik tama iha funu sivil ida - no ba diskursu ne'ebé Prezidente Repúblika, Taur Matan Ruak, halo iha Parlamentu Nasionál iha loron-kinta ne'e.

Xefe Estadu kompara ona benefísiu sira ne'ebé dirijente sira nasaun nian hanesan Xanana Gusmão ho sekretáriu-jerál Fretilin nian, Mari Alkatiri, fó nafatin ba "família no belun sira" ho hahalok hosi eis-ditadór indonéziu Suharto.

"Hahú tinan 2013, Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, Lu-Olo [Francisco Guterres, prezidente Fretilin nian] uza unanimidade hodi halo sá? Sira la uza unanimidade no entendimentu hodi rezolve asuntu sira ne'ebé tenki rezolve. Sira uza ba poder no priviléjiu", hatete hosi xefe Estadu.

Iha nia komentáriu públiku dahuluk kona-bá deklarasaun sira, Xanana Gusmão husik ona mensajen ida hakmatek nian ba emprezáriu sira ne'ebé marka prezensa iha Díli, hodi ironiza ho deklarasaun sira hosi Prezidente Repúblika.

"Ha'u nia esperiénsia úniku ho ekonomia maka fó kontratu ba ha0u nia família sira. Profisaun ida ne'ebé agora koñesidu", nia hatete.

Iha tempu hanesan, nia ko'alia kona-bá "sentidu frajilidade nian" hosi líder sira no hosi instituisaun sira Estadu nian ne'ebé sei iha "faze konsolidasaun nian".

Xanana Gusmão nia intervensaun halo hodi hahú debate temátiku oioin ne'ebé hakarak analiza lasu komersiál sira, ekonómiku sira no hosi investimentu entre CPLP no Ázia & Pasífiku, kapitaliza iha oportunidade sira hosi lokalizasaun jeográfiku Timro-Leste nian.

Delegadu hosi nasaun 25, entre sira iha Indonézia, iha loron-sesta ne'e reprezenta hosi ministru Komérsiu, Thomas Lembong, partisipa iha enkontru emprezariál boot ne'ebé maka akontese ona iha Timor-Leste.

"Ami iha daudaun faze konsolidasaun nian ba instituisaun Estadu nian. Prosesu foun ida ne'ebé hanesan konstrusaun nasaun nian", nia hatete no refere katak hahú hosi 2002 emprezáriu timoroan sira sai hanesan halo parte maka'as hosi prosesu ne'e.
SAPO TL ho Lusa

Xanana Gusmão fó fali medalla ne'ebé nia simu hosi PR timoroan iha 2015


Eis-primeiru-ministru timoroan Xanana Gusmão fó fali, iha loron-sesta ne'e, kondekorasaun ne'ebé nia simu iha loron 20 Maiu iha tinan liubá hosi xefe Estadu, laran-triste ho komentáriu sira ne'ebé prezidente halo iha Parlamentu iha loron-kinta ne'e.

"Kondekorasaun entrega ona iha serbisu sira korespondénsia nian iha Palásiu Prezidénsia Repúblika nian iha tuku 14:30 iha loron-sesta ne'e", konfirma ona ba Lusa hosi gabinete Xanana Gusmão nian ne'ebé agora hanesan ministru hosi Planeamentu no Investimentu Estratéjiku.

Fonte hanesan konfirma ona katak kondekorasaun akompaña ho karta ida ne'ebé Xanana Gusmão esplika motivu devolusaun nian, ne'ebé akontese liutiha oras 24 hafoin intervensaun polémiku ida hosi xefe Estadu timoroan, Taur Matan Ruak, iha parlamentu.

Prezidente kompara ona benefísiu sira ne'ebé dirijente sira nasaun nian hanesan Xanana Gusmão no sekretáriu-jerál Fretilin nian, Mari Alkatiri, fó nafatin ba "família no belun sira" ho hahalok sira hosi eis-ditadór indonéziu Suharto.

"Hahú tinan 2013, Xanana Gusmão, Mari Alkatiri, Lu-Olo [Francisco Guterres, prezidente Fretilin nian] uza unanimidade hodi halo sá? Sira la uza unanimidade no entendimentu hodi rezolve asuntu sira ne'ebé tenki rezolve. Sira uza ba poder no priviléjiu", hatete hosi xefe Estadu.

Iha karta ne'ebé haruka ba xefe Uma Sivil, no ne'ebé Lusa iha asesu, Xanana Gusmão esplika ona katak fó fali medalla tanba konsidera hanesan nia la merese, husu atu entrega ba ema sira ne'ebé merese liu.

"Ha'u Xanana Gusmão hakarak informa eselénsia xefe Uma Sivil katak ha'u la'ós veteranu. Tanba ha'u la halo prosedimentu hosi Lei Kombatente sira hosi Libertasaun Nasionál. Bele konsidera de'it veteranu sira ema ne'ebé rejista ona no nune'e hetan benefísiu sira ne'ebé lei hatete", nia hatete.

"To'o agora ha'u seidauk senti katak ha'u merese no nune'e ha'u labele konsidera aan nu'udar veteranu", Xanana Gusmão hatete senti nervozu oituan hosi desizaun ba medalla ne'e sai hanesan konferidu.

Ministru timoroan hatete katak senti "obrigadu" hosi ema barak hodi simu kondekorasaun maibé nia senti "inkomodadu" tanba simu medalla.

"Nune'e ha'u hakarak informa eselénsia katak, ho laran humilde ha'u husu atu aseita devolusaun ba medalla ne'e hodi bele entrega ba ema sira seluk ne'ebé merese liu", nia esplika.

"Ha'u despede no husu deskulpa tanba interfere iha ita nia serbisu", hakotu hosi eis-primeiru-ministru.

Iha loron-sesta ne'e Xanana Gusmão, iha intervensaun ida iha Fórum Ekonómiku Globál dahuluk CPLP nian, halo ona referénsia ba diskursu ne'e maibé la temi diretamente.

"Iha tinan 10 liubá, tinan 2006, ema hatete katak Timor-Leste hanesan nasaun falladu. Ha'u fiar katak señór sira hatene kona-bá dezenvolvimentu hosi polítika interna atuál nasaun nian", hatete hosi atuál ministru ba Planeamentu no Investimentu Estratéjiku timoroan nian.

"Ha'u hakarak garanti katak ne'e la'ós hanesan ba daruak ma komunidade internasionál sei bolu ami hanesan Estadu falladu ka posibilidade ba Estadu falladu", nia hatutan.

Iha nia komentáriu públiku dahuluk kona-bá deklarasaun sira, Xanana Gusmão ko'alia ona ba emprezáriu sira ne'ebé marka prezensa iha Díli, hodi halo ironia ho deklarasaun sira hosi Prezidente Repúblika nian.

"Ha'u nia esperiénsia úniku ho ekonomia maka fó kontratu ba ha0u nia família sira. Profisaun ida ne'ebé agora koñesidu", nia hatete.

Xanana Gusmão simu kondekorasaun hosi Taur Matan Ruak iha loron 20 Agostu tinan liubá "tanba nia lideransa estraordináriu iha luta ba libertasaun nasionál", iha momentu ne'ebé selebra tinan 40 ba kriasaun Falintil nian, grupu armadu hosi rezisténsia timoroan nian.

"Hosi nia ezempli, iha momentu importante sira iha ita nia istória, no ba kapasidade lideransa nian, Xanana Gusmão sai hanesan aman fundadór ida Timor-Leste nian", Taur Matan Ruak hatete iha momentu entrega medalla nian.

"Nia vizaun - antes no hafoin independénsia - iha baze polítika rekonsiliasaun nian, dame no estabilidade ne'ebé ita nia nasaun no ita nia povu hili no implementa ho determinasaun maka'as no ho laran nakloke", nia afirma.

SAPO TL ho Lusa – Foto arkivu: Xanana Gusmão, prezidente hosi Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) ho Taur Matan Ruak durante komísiu ba prezidensiál sira iha Díli, iha loron 10 Marsu 2012. EPA@ António Amaral

Xanana defende instituisaun finanseiru hodi dezenvolve potensiál ekonómiku CPLP nian


Kriasaun hosi instituisaun finanseiru ida hanesan "xave" ba dezenvolvimentu hosi forsa ekonómiku CPLP nian, bele tulun nasaun luzófonu sira maibé mós aposta iha merkadu sira ASEAN nian, fraku iha finansiamentu, hatete hosi dirijente timoroan Xanana Gusmão iha loron-sesta.

"Ba ha'u, xave maka definisaun hosi instituisaun finanseiru ida. Ne'e hanesan xave. Ita bele iha iluzaun barak, liña mestra sira hosi prioridade sira, maibé lahó instituisaun finanseiru ida ita sei haruka e-mail sira ba malu", afirma hosi ministru Planeamentu no Investimentu Estratéjiku timoroan nian.

"Ha'u fiar katak ne'e ba ema hotu nia di'ak, ba CPLP, bainhira ita harii, ita halo buat ruma ne'ebé dinamiza setór privadu, ba CPLP bele harii nia bandeira iha nasaun barak", nia hatutan.

Xanana Gusmão diriji ona ba plateia ida ne'ebé formadu liuliu hosi emprezáriu sira hosi nasaun 20 resin hosi nasaun sira ne'ebé marka prezensa iha Díli hodi partisipa, iha semana ne'e, iha Fórum Ekonómiku Globál dahuluk CPLP nian.

Nia refere ba esforsu sira hodi hametin vertente ekonómiku no komersiál hosi komunidade - prioridade prinsipál hosi atuál prezidénsia timoroan CPLP nian - Xanana Gusmão destaka ona finansiamentu no sinerjia sira entre empreza sira hanesan aspetu importante sira.

"Kestaun boot ida maka instituisaun finanseiru. Hanesan ne'e maka tenki halo. Maibé koperasaun sira ne'ebé bele mosu hosi setór privadu hosi nasaun sira seluk hanesan insentivu hodi hahú avansa no aumenta", nia hatete.

Kona-bá finansiamentu, Xanana Gusmão fó hanoin katak nasaun sira hosi Asosiasaun Nasaun sira hosi Sudeste Aziátiku (ASEAN) - ne'ebé Timor-Leste hakarak halo parte - "presiza finansiamentu ba sira nia infraestrutura sira".

"Tansá maka la'ós Timor-Leste, hanesan membru hosi CPLP, sai hanesan plataforma ne'e, fonte ne'e, hodi tulun investimentu? Labele haree ba Timór hanesan destinu ida hodi simu, maibé hanesan ponte ida hodi ba Pasífiku, ba illa sira hosi Pasífiku. Timor-Leste bele sai hanesan guia ida ba empreza sira hosi CPLP hodi bele tama iha ASEAN", nia hatete.

"Iha potensiál maka'as atu esplora. Oportunidade sira ne'ebé husu daudaun imi nia "know-how", imi nia esperiénsia. Falta de'it xave. Imi ko'alia, hafoin ne'e hetan solusaun, ideia no planu di'ak sira hodi muda sosiedade", nia afirma.

Xanana Gusmão hatete katak hanesan hametin "koperasaun rejionál no inter-rejionál", insisti iha koperasaun ekonómiku hodi fó "liu atensaun ba dezenvolvimentu hosi nasaun sira luzófonu nian".

"Dezigualdade entre nasaun sira CPLP nian tenki hetan atensaun no tenki sai hanesan preokupasaun hosi ita hotu nian", nia hatete no konsidera katak "potensialidade boot sira hosi nasaun sira CPLP nian ne'ebé seidauk esplora".


SAPO TL ho Lusa – Foto: O ministro do Planeamento e Investimento Estratégico timorense, Xanana Gusmão, discursa no 1.º Fórum Económico Global da CPLP, em Díli, Timor-Leste, 26 de fevereiro de 2016. EPA@ Bernardino Soares 

Ministru indonéziu dezafia empreza luzófonu sira hodi aproveita vantajen sira iha Timor-Leste


Ministru indonéziu Komérsiu nian dezafia ona iha loron-sesta ne'e emprezáriu luzófonu sira hodi aproveita lokalizasaun jeográfiku Timor-Leste nian ne'ebé sei fó benefísiu iha tinan hirak tuirmai ne'e ba kresimentu ekonómiku hosi nasaun viziñu sira, liuliu Indonézia.

"Ba emprezáriu sira hosi nasaun luzófonu sira, Timor-Leste interesante tebes hanesan fatin ida hodi iha prezensa ida. Timor-Leste sei tama nafatin iha kresimentu ekonómiku hosi Indonézia no, tanba ligasaun ne'e, hosi kresimentu ASEAN nian [Asosiasaun hosi Nasaun sira Sudeste Aziátiku nian]", hatete Thomas Lembong.

"Ami apoia ofisialmente prosesu ba Timor-Leste hodi halo parte iha ASEAN. Sei falta halo buat barak, iha parte kapasitasaun nian. Maibé ha'u laiha dúvida katak Timor-Leste sei halo parte", nia afirma.

Thomas Lembong ko'alia iha konferénsia ida ne'ebé organizadu kona-bá Fórum Ekonómiku Globál dahuluk CPLP nian ne'ebé halibur iha Díli empreza sira hosi nasaun 25 resin, hosi área oioin, iha enkontru emprezariál boot liu iha istória nasaun nian.

Governante indonéziu, hosi jerasaun foun líder sira nasaun nian, felisita relasaun bilaterál sira entre Timor-Leste ho Indonézia ne'ebé aumenta daudaun - "fronteira demora oras tolu hosi Díli" -, nia konsidera katak pasadu liutiha ona.

"Timor hanesan viziñu ida ne'ebé apresiadu tebes. Ha'u hanesan ministru ida joven iha Governu. Ha'u hanesan jerasaun foun. Ami ladún iha memória kona-bá pasadu traumátiku entre Timor-Leste ho Indonézia. Ami senti haksolok tebes hodi mantén no hametin ami nia relasaun ho Timor-Leste", nia hatete.

Lembong konsidera ona katak maski ladún iha serteza no desaselerasaun, ne'e hanesan momentu di'ak ida hodi investe, ho "folin ki'ik", hodi konsidera katak ekonomia hosi nia nasaun hetan fali kresimentu ne'ebé maka'as.

"ASEAN ladún iha reputasaun hanesan klube ida ne'ebé ladún xateia. Progresu hanesan graduál tebes, ami la domina atensaun hosi imprensa. Maski nune'e, ASEAN sai hanesan oásis ida, illa estabilidade ida, ho kresimentu hosi 4% to'o 6%", nia hatutan.

Ekonomia indonéziu nian mós rekupera ho kresimentu previstu entre 5,2% no 5,3% iha tinan ne'e, nia hatutan. No senti mós ho diminuisaun hosi folin petróleu nian no hosi sasán importante sira nian, "iha ekonomia sufisiente diversifikadu ida" hodi bele rekupera.


SAPO TL ho Lusa – Foto: Ministru indonéziu Komérsiu nian, Thomas Lembong, ko'alia iha Fórum Ekonómiku Global dahuluk CPLP nian iha Díli, Timor-Leste, 26 Fevereiru 2016. EPA@ Bernardino Soares

ALGUNS QUÊS E PORQUÊS DA CRISE POLÍTICA QUE CRESCE EM TIMOR-LESTE


Beatriz Gamboa, opinião

Em Timor-Leste há uma crise política declarada e a subir de decibéis. Uma guerra de palavras e opções de índole política entre o Presidente da República e os líderes dos dois principais partidos (CNRT, de Xanana e Fretilin, de Alkatiri). Partidos políticos que há cerca de um ano se aliaram e formaram um governo conjunto a que o PR deu posse sem que realizasse eleições antecipadas, como devia.

O PR, Taur Matan Ruak, está abalançado na formação de um partido inspirado por si. Prepara-se para governar o país depois de terminar este mandato na presidência. Esse já é um problema. Nem Fretilin, nem CNRT, vêem com bons olhos a formação desse novo partido liderado por Taur. Fácil será perceber que o mais certo é ele vencer as eleições e vir a ser primeiro-ministro. Taur é muito bem quisto por grande parte dos timorenses, principalmente os do interior e mais carenciados. Ora, esses, são a maioria dos timorenses.

O pano de fundo é exatamente esse. O desagrado do CNRT e da Fretilin acerca dessa manobra política do atual PR. A crise por alguma circunstância tinha de acontecer. Foi agora. O pretexto serviu-se da exoneração do Chefe de Estado Maior das Forças de Defesa timorenses. O brigadeiro-general Lere Anan. Lere Anan atingiu os 60 anos de idade e parte para a reforma. É assim que mandam os regulamentos. O substituto, nomeado pelo PR foi o major general Filomeno Paixão. Só que o PR não cumpriu os trâmites necessários e obrigatórios na nomeação do novo CEMG. Constitucionalmente deve propor o nome do indigitado ao governo, que aceitará ou não. Ficando obrigados a encontrarem um consenso sobre quem ocupará o cargo.

Constata-se que as formalidades constitucionais não foram cumpridas por parte do PR Taur. Na verdade houve uma falha grave no seu procedimento. Essa foi a gota de água para o despoletar da crise. Foi o pretexto. A Fretilin e o CNRT viram aqui a grande oportunidade de desgastarem Taur Matan Ruak e combaterem o mentor do novo partido que temem, o de Taur. Desgastando politicamente Taur as consequências para o seu partido em formação podem vir a ser significativas ou até devastadoras. O que asseguraria à Fretilin e ao CNRT, aliados, a continuidade da detenção do poder governativo e outros. Para além de essa continuidade poder assegurar a manutenção da opacidade sobre “negócios” de Xanana Gusmão e CNRT, assim como também da grande família que é a Fretilin.

É voz corrente em Timor-Leste que predomina a opacidade acerca de vantagens proporcionadas à Fretilin e à família Alkatiri, assim como que é igualmente comentado sobre Xanana ter "metido no bolso a Fretilin" ao partilhar algumas vantagens. Esses são rumores em Timor-Leste. O que pode não corresponder à verdade. E isso é mau. Os rumores sempre foram uma das vertentes prejudiciais em TL. Não raras vezes se concluiu que não passavam de férteis imaginações a divagarem e a sujarem os nomes de gente honesta. Importa recolher provas e isso ainda está por fazer. A presunção de inocência é pomo de extrema importância em democracia.

Os receios sobre o alastrar da crise política que se desenha relembram 2006 e toda a espécie de crimes horrendos que Xanana provocou para se apoderar do poder governativo. Essa crise arrastou-se por cerca de dois anos. Muita destruição, muitas mortes, muitos feridos. Com o elevar de tom nesta chamada guerra entre Taur, Xanana e Alkatiri (entre PR e Governo) há quem tema uma nova cruzada de violência como em 2006. Isso mesmo pode constatar no título da peça escrita por António Veríssimo: LUTA DE GALOS. QUEM QUER O QUÊ DOS PODERES EM TIMOR-LESTE?

São receios legítimos de quem vive em Timor-Leste ou vive de coração e ama Timor-Leste, como esse meu bom irmão e colega nestas lides de blogues e da vida, o AV. Mas, sobre esses receios, caiu hoje uma certeza, uma garantia expressa por Xanana Gusmão, que diz que os “timorenses não permitirão repetição de crise de 2006”. Até onde podemos acreditar em Xanana? Haja bom senso.

O melhor é dizer à portuguesa o tradicional “ficamos à espera que assim seja, logo veremos”.

Falta de mercado do livro em países lusófonos impede circulação de obras -- Especialista


Cascais, Lisboa, 26 fev (Lusa) - O especialista José Manuel Cortês, subdiretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), disse hoje que a inexistência de um mercado do livro, em alguns países lusófonos, explica a ausência da circulação do livro e dos seus autores.

José Manuel Cortês, que falava à agência Lusa no âmbito do Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Lusofonia, no Estoril, indicou que o tema da "circulação do livro e do autor no espaço da Lusofonia", sobre o qual vai debater esta tarde, é "muito complexo", uma vez que "depende dos responsáveis públicos e de cooperação desses países".

Ex-diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, com mais de 30 anos dedicados ao setor, José Manuel Cortês, um dos especialistas nacionais na área do livro e da leitura, considerou que "deveria haver uma estratégia para levar ao aparecimento do livro", nesses países.

Guiné-Bissau, São Tomé e Príncpe e Timor são apontados como os "casos piores" da inexistência de mercado do livro, seguidos de Cabo Verde, Moçambique e Angola.

O baixo poder de compra da população, o elevado índice de analfabetismo e a inexistência de hábitos de leitura são, para o especialista, as principais razões para o "bloqueio" de acesso ao livro e, consequentemente, ausência de autores.

"Se não há mercado do livro, não há autores. Deveria batalhar-se contra isto, aravés de mais cooperação na Educação, por exemplo. Claro que são problemas muito difíceis e não se resolvem de um dia para o outro, mas, a médio prazo, é possível", referiu.

Nesta "batalha lenta, prolongada e obstinada", José Manuel Cortês indica que há caminhos para criar hábitos de leitura, através de "programas e equipamentos que facilitem e favoreçam o acesso ao livro, pela população escolar".

O responsável acredita que há vontade dos países lusófonos em mudar essa situação, mas a falta de condições impede-os de agir e, neste âmbito, sublinhou, "Portugal poderia dar mais apoio".

"É necessário centrar no que é essencial e procurar combater esta situação. Acredito que haja vontade, mas o problema também tem a ver com as condições e, aqui, Portugal poderia ter um papel mais interventivo, mesmo tendo em conta esta situação de crise. Às vezes o apoio não tem de ser só financeiro, pode também ser técnico", sustentou.

O Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Lusofonia, promovido pela Fundação "O Século", começou na segunda-feira, com a ida de escritores a escolas da região de Lisboa, prosseguindo até sábado com debates, oficinas de escrita, narração e sessões de contos.

Entre os convidados estão os autores Marina Colasanti (Brasil), Olinda Beja (São Tomé e Príncipe), Maria Celestina Fernandes (Angola) e portugueses como Margarida Fonseca Santos, Luísa Ducla Soares, José António Gomes, António Mota, Mário de Carvalho, Afonso Cruz, André da Loba e Rachel Caiano.

A circulação do livro no espaço lusófono, a relação entre imagem e texto, aprender o gosto pela leitura e o trabalho das bibliotecas escolares são temas que têm vindo a ser discutidos neste encontro.

MYDM // MAG

Turistas e não-residentes vão poder pedir para serem impedidos de jogar em Macau


Macau, China, 26 fev (Lusa) -- O Instituto de Ação Social (IAS) de Macau vai alargar, este ano, o serviço de pedido de autoexclusão de acesso aos casinos a trabalhadores não residentes e a turistas, foi hoje anunciado.

A medida, no âmbito dos serviços de prevenção e tratamento de distúrbios de jogo, faz parte dos trabalhos prioritários para 2016, hoje apresentados pela nova presidente do IAS, Celeste Vong.

"Qualquer pessoa com documentos válidos para estar ou permanecer em Macau pode pedir a autoexclusão, antes era só para os residentes", explicou Vong, referindo-se tanto a turistas como a portadores de visto de trabalho que não têm o bilhete de identidade do residente.

Neste sentido, o IAS pretende aumentar o número de quiosques de jogo responsável dentro dos casinos, onde as pessoas que querem ser impedidas de jogar devem ir dar o seu nome.

"Não vão ser só máquinas [como atualmente], mas um espaço próprio para receber informação do requerente de autoexclusão e até para o ajudar a preencher o pedido", foi explicado.

O IAS considera que os trabalhadores não-residentes "podem cair mais nas armadilhas da droga ou do jogo" e que, também por isso, esperam formar uma equipa especializada, este ano, para ajudar estas comunidades.

"Têm dificuldades com a língua e a cultura. [Muitos] moram em espaços indignos e não querem voltar para casa depois do trabalho. Tentamos ajudar nessa integração, [mas] os assistentes sociais também têm dificuldade porque não conseguem comunicar. Vamos tentar melhorar a comunicação, contratar profissionais vindos dos mesmos países", explicou Vong.

ISG // MP

Kiribati estuda forma artificial de elevar o solo para combater alterações climáticas


Banguecoque, 26 fev (Lusa) -- O Kiribati, no Pacífico Sul, está a estudar a possibilidade de, artificialmente, elevar o nível do solo para lidar com a subida das águas do mar, fenómeno provocado pelas alterações climáticas e que ameaça fazer desaparecer o país.

O arquipélago, que integra 33 atóis coralinos e uma ilha vulcânica, com uma população de 103 mil habitantes, é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas, com uma altura média de dois metros acima do nível das águas do mar.

Segundo reporta hoje a agência noticiosa espanhola EFE, uma equipa de engenheiros dos Emirados Árabes Unidos (EAU), obreiros da edificação da maior ilha artificial no país, visitou Kiribati em janeiro para analisar o terreno e procurar "soluções técnicas e exequíveis" para a missão.

"Temos de encontrar estratégias de adaptação que possam ir mais além do que a simples migração. (...) Poderemos elevar o nível do solo, uma vez que uma ilha artificial não teria capacidade para suportar as marés altas e as tempestades", afirmou o Presidente de Kiribati, Anote Tong, à Rádio Nova Zelândia.

O projeto, que será estudado ao longo do ano em curso, tem um orçamento inicial estimado em 100 milhões de dólares (quase 90 milhões de euros) e insere-se num programa de busca de "soluções criativas" para o país promovido pelas autoridades locais, em que o material para fazer subir o nível do solo poderia ser dragado das lagunas internas.

A subida do nível das águas do mar, proveniente do degelo dos polos, consequência do aquecimento global, está a pôr em perigo o modo de vida da população.

Os aquíferos de água potável, por exemplo, estão praticamente todos contaminados com o sal marítimo, o que tem vindo a impossibilitar a atividade agrícola, enquanto os diques estão a começar a ceder à forte ondulação, cada vez mais frequente, e aos avanços do mar, com as consequentes inundações.

Apesar do compromisso mundial para travar as alterações climáticas e reduzir as emissões de carbono alcançado em dezembro último em Paris, o Presidente de Kiribati mostra-se cada vez mais descrente.

"A ciência continua a indicar que iremos acabar debaixo de água em menos de um século", sublinhou Anote Tong, alertando que, dentro de cinco anos, poderá começar a migração dos primeiros refugiados de um arquipélago devido às alterações climáticas.

O alerta de Anote Tong foi feito este mês na Conferência sobre as Consequências das Alterações Climáticas no Pacífico, que decorreu na cidade neozelandesa de Wellington, que apelou a donativos, públicos ou privados, para se estudarem "formas inovadoras" que tragam esperança "aos que já a perderam".

"Há luz ao fundo do túnel. O que pode ser visto como algo inalcançável e impossível poderá agora converter-se na solução para o terreno de Kiribati", sublinhou.

Kiribati, que em 2012 negociou a compra de 2.200 hectares de terreno em Vanua Levu (ilhas Fiji), também está a estudar outras propostas, incluindo a de transferir toda a população para cima de uma gigantesca plataforma flutuante, semelhante às utilizadas pelas companhias petrolíferas.

"As nossas autoridades estão a estudar construir um terreno artificial porque os nossos vizinhos (do Pacífico) não estão dispostos a aceitar-nos nos seus terrenos a maior altitude", afirmou Claire Anterea, responsável da organização ambiental de Kiribati "350".

Embora mostre algumas reticências em relação ao projeto de elevação do solo, Claire Anterea indicou que a aceitaria se essa for uma "boa solução para a sobrevivência" da população.

"Investiria o dinheiro na compra de terras na Austrália ou na Nova Zelândia para construir locais para colocar a população. Creio que seria a ideia mais acertada do que gastar milhões na edificação de terrenos artificiais que estarão sempre fragilizados. (...) As ondas são cada vez mais fortes e mais altas e as tempestades também estão a ter cada vez maior intensidade", sublinhou Anterea.

O caso de Kiribati, porém, não é o único no mundo, pois outras nações insulares do Pacífico, como as ilhas Marshall, Tuvalu e Tokelau, confrontam-se com idêntico problema.

JSD // VM

Mensazen Taur Sai Edukasaun Sivika ba Politiku


DILI - Mensazen Estadu Prezidente Republika Taur Matan Ruak neebe halao iha Parlamentu Nasional (PN) hanesan mensazen edukasaun sivika ba ukun nain no politiku sira, hodi tetu kuandu foti desizaun.

Tuir Vice Prezidente PN Adriano Nacimento katak mesazen nee importante atu halo relfesaun ba ukun nian hotu-hotu iha Parlamentu, Governu no Timor oan hotu halo leflesaun konaba prosesu tomak hahu husi ukan aan mai too ohin loron.

Hau hanoin mensazen nee importante nunee mos sai edukasaun sivika ba ita hotu atu hola desizaun ida neebe mak iha ninia sensibilidade sosial politika no legal,” dehan Adriano ba STL Sesta (26/02/2016) iha PN.

Nia hatete Prezidente nia preokupasaun no pontu kritikas konaba lalaok ukun nian, ukun nee laos prezidente deit no governu deit maibe Parlamentu ema hotu-hotu nian.

Nia hatete Parlamentu hola asaun iha kontestu debate programa dezemvolvimentu orsamentu Annual tinan oin, nunee mos ba membru governu hodi hare no tetu hodi aplika iha politika atu halo programa orsamentu ba tinan nian.

Iha parte seluk Peskizador Lao Hamutuk Juvinal Dias hateten menzasaen Prezidente nee menzasen importante, neduni sira husu orgaun sira seluk tenki simu mensazen ida nee, hanesan parte ida chek and balance ba dezenvovimentu TL nia. Informasaun kompletu iha STL jornal no STL Web, edisaun Sabado (27/2/2016). Timotio Gusmao

Suara Timor Lorosae

PM Husu Komisaun Homenajen Servisu Ho Responsabilidade


DILI – Primeiru Ministru Rui Maria de Araujo husu komisaun homenajen atu servisu ho professional, hodi rejolve problema veteranus neebe mak too ohin loron seidauk rejolve hotu.

Mensajen nee PM Rui fo sai liu husi deskursu wainhira remata fo tomada de pose ba komisariu homenajen, Municipiu Ainaro nomos Ermera iha Palacio Governu, Sesta (26/02/2016).

Komisaun Homenajen iha kompetensia neebe mak bot tebes neebe mak sei halo servisu atu deside konaba rejistu no rekursu tanba nee husu atu halao kompetensia sira nee ho responsabilidade, injensaun nomos ho rigor nee signifika katak ita persija verefika dadus sira nee los ona ga lae, liu-liu ba ema sira neebe mak halo rejistu,” dehan PM Rui.

Nia hatutan servisu komisaun homenajen laos servisu neebe mak fasil tanba nee hakarak ga lakohi tenke hases an husi intrese privadu no servisu tuir lei neebe mak iha. Laos nee deit nia mos husu ba membru komisaun homenajen atu servisu ho imparsialidade labele hare ba familia uma laran.

Iha fatin hanesan Membru Komisariu Komisaun Homenajen Ainaro, Ventura de Araujo alias Labok, hatete ho kargu foun neebe mak fo husi governu nee nia sei servi liu-liu atu rejolve problema veteranus nian neebe mak too ohin loron seidauk rejolve.

Nunee mos ho Komisariu Komisaun Homenajen Municipiu Ermera, Joao de Jesus Soares Varela, hatete problema neebe mak sira sei tau atensaun depois hetan tomada de pose mak sei hare dadus veteranus nian, liu-liu iha tinan 2003 too 2005 neebe mak sei pendenti too ohin loron. Informasaun kompletu iha STL jornal no STL Web, edisaun Sabado (27/2/2016). Thomas Sanches

Suara Timor Lorosae

Basa-Tebe Ana, Jose Ameasa Tama Kadeia


DILI - Ministeriu Publiku husu ba tribunal atu aplika pena prizaun tinan ida, suspende tinan rua ba arguidu Jose Martinho tanba basa lezada Ana Paula Sanches nia hasan dala hat (4) no tebe iha ain dala rua.

Liu husi alegasaun final, ministeriu publiku husu ba Tribunal atu aplika pena prizaun tinan ida, suspende tinan rua ba arguidu Jose Martinho tanba basa lezada Ana Paula Sanches nia hasan dala hat (4) no tebe iha ain dala rua. Entertantu husi parte defesa nia haree katak klaru arguidu komete duni krimi nee maibe arguidu mos deklara katak nia foin primieraves halo ida nee ba lezada, nia arepende tebes ba nia hahalok nee. Ho nee husu ba tribunal atu aplika pena prizaun fulan nen (6), suspende tinan ida (1), ba arguidu.

Tuir akuzasaun husi Ministeriu Publiku katak, iha loron 05 de Agostu 2015, tuku 07: 00 dadersan, iha Aldeia Sabulau, Suku Fatuboro, Postu Administrativu Maubara, Munisipiu Liquiça, lezada tula husi Hospital Nasional Guido Valedares (HNGV), Dili ba  uma Maubara, lezada foin tun husi bus,sem koalia buat ruma ho lezada, arguidu direitamentu basa dala hat iha lezada nia hasan sorin karuk no hasan sorin los, tebe dala rua iha lezada nia ain sorin karuk no los. Konsekuensia husi arguidu nia hahalok nee halo lezada hetan moras no bubu iha hasan no mos iha ain.

Arguidu halo hahalok forma neebe livre no konsientemente i la ignora karakter sensuravel nia konduta no arguidu mos hatene katak konduta aktu sira nee nudar aktu elisitu ka kontra lei  maibe aktua nafatin. Ho nunee arguidu Jose Martinho hanesanautor  material ba krimi  Violensia  Domestika no artigu 35 alinea B husi lei kontra violensia domestika lei nomeru 07/2010  ho forma ofensas integrade fizika simples neebe previstu iha artigu 145 kodiku penal Timor-Leste.

Hatan ba akuzasaun nee arguidu Jose Martinho hatete,  akuzasaun sira nee balun los no balun la los. Tanba iha momentu nee nia baku duni lezada hodi basa no tebe. Tanba lezada mai Dili haree nia moras durante semana tolu nia laran la fo hatene ba nia. Iha loron 05 de Agostu 2015, tuku 07:00 dadersan nia foin tun husi bus, sai mai foti nia sasan tau tiha hotu iha estrada ninin no arguidu baku direita nia depois dehan ”nusa o ba Dili la fo hatene hau”. Informasaun kompletu iha STL jornal no STL Web, edisaun Sabado (27/2/2016). Domingas Gomes

Suara Timor Lorosae

CNRT Konsidera Mensazen Taur Ataka Pesoal


DILI - Partidu CNRT konsidera mensazen Prezidente Republika (PR) Taur Matan Ruak, refleta liu ba politika hodi ataka pesoal tuir prespektiva prezidente, laos ba esoneirasaun Xefi Estadu Maior Jeneral F-FDTL Lere Anan Timur.

Tuir Deputadu Bankada CNRT Aderito Hugo katak sira hare ba mensazen Prezidente Republika Taur Matan Ruak, Bankada CNRT hatoo nia apresiasaun.

Konaba mensazen hirak nee la refleta ba suptansia ejonersaun Xefi Estadu Maior Jeneral FFDTL Lere Anan Timur no nomeiasaun Xefi Estadu Jeneral foun Brigraderiu Filomeno Paixao, neebe durante nee sai polemika. Tamba hare husi pontu de vista legal ka regras konstitusional, nunee mos mensazen nee refleta liu ba posisaun politika Prezidente Republika, hodi hare liu ba atake pesoal tuir prespektiva Prezidente Republika,” hateten Hugo, liu husi konferensia imprensa, iha Bankada CNRT, Parlamentu Nasional, Kinta (25/02/2016).

Nia hatutan mensazen nee minimiza puder orgaun estadu, hanesan Parlamentu Nasional, neebe tuir Prezidente Republika konsideira hanesan orgaun yesmen ka tau deit karimbu ba aktus ezekutivu sira nia.

Bazeia ba dekalrasaun hirak nee, Bankada CNRT hakarak esklarese katak Prezidente hatoo iha nia diskursu katak mandatu Xefi Estadu Maior Jeneral F-FDTL nee, tinan rua deit nee lalos, tamba tuir numeru 3 artigu 74 dekretu lei 7/2014 12 de marsu estatutu militares da FFDTL katak ezersisiu kargus ba Xefi Estadu Maior Jeneral F-FDTL ho durasaun masima tinan 4, laos tinan rua.

Iha parte seluk Peskizador Lao Hamutuk Juvinal Dias hateten mensazen Prezidente nee mensazen importante, neduni sira husu orgaun sira seluk tenki simu mensazen nee, hanesan parte ida chek and balance ba dezenvovimentu TL nia. Informasaun kompletu iha STL jornal no STL Web, edisaun Sesta (26/2/2016). Joao Anibal

Suara Timor Lorosae

Lu Olo: “PR Labele Sai Fali Opozisaun ba Governu”


DILI – Prezidente Partidu Fretilin Fransisco Guteres Lu Olo husu Prezidente Republika Taur Matan Ruak, atu labele sai fali opozisaun ba govenru relasiona ho nomeasaun Brigadeiru Jeneral Filomeno Paixao ba pozisaun Maijor Jeneral F-FDTL.

Deklarasaun nee fo sai husi, Fransisco Guteres Lu Olo, ba jornalista sira iha Centru Convensaun Dili (CCD) Kinta (25/02/2016).

Kestaun ida nee sai tiha fali polemika, Prezidente da Republika labele sai fali opozisaun no tuir lolos nee labele iha polemika tanba governu aprejenta proposta hafoin prezidente bele nomeia, proposta de nomeasaun no proposta ejonerasaun nee tenke mai husi governu agora governu kumpri ida nee maibe Prezidente da Republika hola fali desijaun ida neebe la tuir proposta neebe governu fo ba hodi halo fali ejonerasaun ba Maijor Jeneral Lere hodi nomeia fali Sr. Filomeno Paixao,” hatete Lu Olo.

Nia hatutan tuir Konstitusaun Republika artigu 86 hatete klaru ona katak proposta nomeasaun no proposta ejonerasaun tenke mai husi governu nee signifika katak so governu mak bele hola inisiativa no Prezidente Republika mos iha ninia kompetensia para atu kompleta proposta governu nian, maibe laos sai fali opozisaun ba governu.

Laos nee deit eis gerileiru nee mos hatutan tan katak oras nee dadaun Prezidente da Republika ho Governu kontinua mantein ida-ida nia pozisaun tanba nee dalan diak liu atu buka solusaun mak polemika nee mak lori ba Tribunal Rekursu atu rejolve problema ida nee ho los.

Iha fatin hanesan Observador Politiku husi akademia UNTL, Fransisco Leite, mos hatete problema nee halo ema hotu sai konfujaun tanba mosu ona pro no kontra tanba nee tuir nia katak dalan diak liu atu iha solusaun ba problema nee mak lori ba Tribunal rekursu. Informasaun kompletu iha STL jornal no STL Web, edisaun Sesta (26/2/2016). Thomas Sanches

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