sexta-feira, 10 de abril de 2015

Educação na CPLP debatida em Díli antes de reunião de ministros lusófonos



Díli, 09 abr (Lusa) - Fomentar a união da CPLP em defesa de sistemas educativos "inclusivos, eficientes e eficazes" é o lema da 1ª Reunião Extraordinária de Ministros da Educação da CPLP, que decorre na próxima semana em Díli, Timor-Leste.

O encontro - inserido na presidência timorense da organização lusófona - decorre no final de uma semana marcada por vários encontros educativos, que antecedem a reunião ministerial de 17 de abril.

No dia 14 está agendado um seminário sobre o "Plano Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Educação da CPLP (2015-2020)", no dia seguinte, um colóquio sobre "Ensino Técnico Profissionalizante na CPLP" e a 16 de abril a IV Reunião Ordinária dos Pontos Focais de Educação.

Recorde-se que na cimeira de chefes de Estado e de Governo do ano passado, em Díli, foi aprovada uma resolução sobre a "Educação na Agenda para o Desenvolvimento Pós-201", que reconhece a necessidade de "um continuado esforço de investimento na Educação de qualidade e a sua importância para a consolidação dos objetivos da CPLP".

O texto pedia ao Secretariado Executivo da CPLP para promover, em matéria de Educação, "o diálogo político para a convergência de posições dos Estados membros da CPLP" no quadro dos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Agenda para o Desenvolvimento Pós 2015.

Instava ainda os Estados membros a estabelecer "metas quantificadas para o desenvolvimento da Educação" e a desenvolverem esforços "para o cumprimento das metas e Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, em consonância com o Plano de Desenvolvimento Nacional de cada Estado membro".

Durante o encontro ministerial de Díli, um dos assuntos que deverá ser discutido é a proposta da presidente da Assembleia da República portuguesa, apresentada esta semana ao Governo timorense, para a criação de um novo programa, denominado provisoriamente como "Pessoa" para a mobilidade de estudantes do ensino superior e profissional.

A proposta de Assunção Esteves foi entregue por uma delegação de deputados portugueses que está de visita a Timor-Leste ao ministro de Estado e Coordenador de Assuntos Sociais e ministro da Educação timorense, Fernando La Sama Araújo.

Um outro assunto na agenda deverá ser o ensino do português.

Em entrevista em março à Lusa, Hernâni Coelho, ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, defendeu que a CPLP deveria funcionar "como uma verdadeira comunidade" e ajudar os seus países-membros com maior dificuldade no ensino do português, nomeadamente a Guiné Bissau e Timor-Leste.

"Seria de facto de grande importância, de grande utilidade, utilizar os meios disponíveis na CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] para melhor aperfeiçoar a língua portuguesa", afirmou Hernâni Coelho, em entrevista à agência Lusa.

"Um esforço conjunto poderia beneficiar não só Timor-Leste mas outros países onde o ensino e a aprendizagem do português sofreram algumas dificuldades durante um certo período de tempo", considerou.

Hernâni Coelho disse que a CPLP é "uma família" que tem que trabalhar em conjunto, ajudando-se.

"Sem isso não teria sentido termos uma comunidade. Se uma comunidade entre si não se ajuda, começa a perder a sua natureza de comunidade", concluiu.

ASP // JPS

Primeiro-ministro timorense recorda papel da Igreja na "proteção do povo perseguido"



Díli, 09 abr (Lusa) - O primeiro-ministro timorense recordou hoje o papel da Igreja na "proteção do povo perseguido" durante a ocupação Indonésia de Timor-Leste, considerando o seu contributo fundamental para forjar a própria identidade timorense.

"A Igreja templo foi, em muitos momentos, o local de proteção de um povo perseguido e se nem sempre conseguiu garantir a sua proteção física, conseguiu sem dúvida proteger e acompanhar espiritualmente um povo que nunca perdeu a fé nem a esperança num Timor-Leste independente", afirmou Rui Maria de Araújo.

"Não esqueçamos por isso os homens e mulheres da Igreja, que dedicaram a sua vida a Timor e às suas gentes e que perderam a sua própria vida em massacres como os que aconteceram no Suai ou em Liquiçá", recordou.

Rui Araújo intervinha na conferência "Igreja com o seu rosto timorense"´, organizado pelo Instituto Superior de Filosofia e Teologia e em que fez um discurso de "memória e reflexão" sobre o papel da Igreja na luta pela libertação de Timor-Leste.

Perante a hierarquia da igreja timorense, incluindo o bispo de Baucau e administrador apostólico de Díli, Basílio do Nascimento, e o bispo de Maliana, Norberto Amaral, o chefe de Governo recordou a morte do ex-bispo de Díli, Alberto Ricardo da Silva, na passada quinta-feira.

"Um rosto que marcou indubitavelmente a sua história e que tão bem representa o papel que esta teve na luta pela Libertação Nacional. Numa vida dedicada a Timor-Leste e ao seu povo, acolheu e protegeu os jovens timorenses na sua paróquia em Motael aquando do Massacre de Santa Cruz, em novembro de 1991, e sofreu com eles a violência da sua repressão", disse.

Recordando a história da evangelização de Timor-Leste - que este ano comemora o seu 500.º aniversário, o chefe do Governo relembrou nomes como os dos ex-bispos de Díli Martinho da Costa Lopes e Ximenes Belo.

Nomes de líderes da igreja que durante a ocupação indonésia sempre apoiaram "Timor e as suas gentes".

"Mas eu diria que o (...) contributo fundamental foi forjar a própria identidade timorense que, ao longo dos séculos e no contacto com esta, se foi moldando na diversidade dos nossos antepassados, das nossas culturas e tradições e que depois, durante 24 anos de muita violência, se viu reforçada pela absoluta convicção da justiça da causa da independência, da liberdade e da soberania do nosso povo", afirmou.

Para Rui Araújo, o que distingue Timor-Leste dos seus países vizinhos, dos seus povos e culturas "é precisamente o resultado do contacto com a Igreja e os seus missionários, portugueses, os quais contribuíram inquestionavelmente para a emergência de uma identidade própria e diria mesmo única".

Um processo que começou há 500 anos quando missionários portugueses desembarcaram em Lifau, no enclave de Oe-cusse marcando "a chegada de uma nova religião, abraçada e apropriada muito antes da própria colonização do território".

"O cristianismo não entrou na nossa cultura e na nossa história pelas armas e pela imposição, mas sim fruto de rotas comerciais estabelecidas que tinham no sândalo um bem a explorar, e que permitiu que homens, imbuídos de verdadeiro espírito de missão, chegassem e percorressem o interior do nosso território para evangelizar em nome de Portugal", disse.

ASP // VM

MOTIVU MEMBRU F-FDTL TIRU AAN, HEIN PROSESU INVESTIGASAUN



Diki - Atu identifika membru Falintil forsa Defeza Timor-Leste (F-FDTL) ho kargu Segundu Sarjentu João B. Xavier nebe tiru aan iha Centru Formasaun Metinaro, sei hein prosesu investigasaun.

Ministru Defeza, Cirilio Cristovão haktuir, membru F-FDTL nebe tiru mate nia aan iha Metinaru sei iha prosesu invest­igasaun. Polisia Militar mak hatene hodi halo prosesu investigasaun mak foin bele hatene motivu husi tiru aan nee.

“Membru F-FDTL tiru aan duni ho informasaun nebe mak ami simu maibe maluk sira hein tanba sei iha prosesu inves­tigativu husi Polisia Militar mak bele hatene loloos,” haktuir Cirilio ba jornalista, Kuarta (08/04/2015) iha Palasiu Prezi­densial Nicolao Lobato.

Iha fatin hanesan, Xefe Estadu Major Jeneral F-FDT, Major Jeneral Lere Anan Timur dehan, nia parte rona infor­masaun wainhira halao enkotru ho Prezidente Republika, Taur Matan Ruak.

“Hau foin rona informasaun nee wainhira halao enkontru ho Prezidente Republika, nebe ita presiza identifika lai,” dehan Lere.

Iha fatin ketak, Brigadeiru Jeneral F-FDTL, Filomeno Paixão esplika, membru F-FDTL nain ida nebe tiru aan nee mai husi Centru Formasaun ho naran João B. Xavier ho kargu Segundu Sarjentu.

“Kronolojia husi akont­esementu nee seidauk hatene loloos, maibe servisu Polisia Investigasaun hahu halo investigasaun kona ba nia mate,” katak Filomeno.

Hodi Instituisaun F-FDTL nia naran, Brigadeiru nee hatoo sentidu kondelensia ba familia matebian. João B. Xavier sai membru F-FDTL hahu iha tinan 2002. Iha tinan kotuk nia monu ho motor, nunee ain sorin alezadu. Jacob tiru nia aan iha kuaze tuku 8 dader oras Timor Leste. Jacob mai husi Postu Administrativu Laga, Muni­cipiu Baucau, nia isin mate sei halo autopsia iha Hospital Nasional Guido Valadares.

Mate Isin iha HNGV hodi Halo Autopsia

Akontesementu tiru aan husi membru F-FDTL nee laos foin dala ida, maibe soldadu ida nee tan ba dala haat ona, no ema nain haat maka mate ho modelu tiru aan.

Tuir Brigaderu Jeneral F-FDTL, Filomeno Paixão, kron­o­lojia husi akon­tese­mentu nee seidauk hatene loloos, maibe servisu Polisia Investigasaun hahu halo investigasaun kona-ba kazu nee.

“Hau hanesan Brigadeiru lori instituisaun F-FDTL nia naran hatoo sentidu kondolensia tanba ohin F-FDTL lakon tan nia mem­bru ida. Tanba nee instituisaun ida nee hatoo kondolensia ba familia matebian, bele hamutuk hodi haloot mate isin nee. Tanba nia mos fo ona ninia aan ba rai ida nee,” dehan Filomeno.

Matebian João B. Xavier tama forsa iha tinan 2002. Iha tinan kotuk ba nia monu ho motor nia ain sorin alezadu tiha. Foin dadauk nee, nia koko atu lori pistola tiru aan maibe la konsege. Horseik dader tuku 8 liu nee maka kala nia tiru aan hodi mate fatin.

“Hau simu ona informasaun katak matebian nee tiru aan iha parte kakorok nian, la hatene tanba sa, ida nee maka sai perguntas ba ema, ou keta dalaruma nia alezadu nee mak nia hakarak oho aan karik, maibe matebian nee nia maka fo seguransa ba iha armazen kilat nian iha Metinaro. Ohin dader tiru aan hodi mate fatin,” haktuir membru F-FDTL ida.

Entretantu Komandante Servisu Investigasaun Kriminal, Ludgero Lay hatutan, kazu nee tama ona iha prosesu investi­gasaun nia laran, no mate isin lori ona mai iha Hospital Nasional Guido Valadares hodi hahu halo autopsia. Timotio Gusmão/Madalena Horta

Suara Timor Lorosae