sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

A LÍNGUA PORTUGUESA EM TIMOR-LESTE


Beatriz Gamboa

Aprender e falar português em Timor-Leste está a ter uma evolução lenta, tal facto não se deve somente à ocupação indonésia mas também ao período colonialista português, sendo essa uma realidade muitas vezes escamoteada.

Durante o período em que Timor-Leste foi colónia de Portugal era frequente encontrarmos inúmeros timorenses que não dominavam a língua portuguesa, pronunciavam umas quantas palavras em português mas na conversação saíam fora do contexto, recorrendo então ao tétum e à mímica. “Não falo português (la koalia português) era resposta frequente escutada por militares e outros portugueses que em Timor-Leste interpelavam timorenses. Principalmente no interior do país.

É certo que existiam algumas escolas. Os próprios militares davam aulas de português aos habitantes de localidades remotas do interior. Também a igreja teve um desempenho importante nessa disciplina, contudo nem a 50 por cento da população chegou com o ensino do português. Talvez um pouco mais a partir de 1967.

A integração de timorenses no exército português também teve importância para o desenvolvimento da língua colonial, pelo menos para a prática da língua. Mas os timorenses entre eles, mesmo no exército, falavam com fluência a sua língua materna, única e exclusivamente.

No exército de segunda linha, só constituído por timorenses, principalmente colocado nas zonas fronteiriças, raramente esses militares de refugo sabiam português, excepto o comandante e um ou outro oficial.

O português era falado pelos timorenses com maior vulgaridade somente nas principais cidades, com destaque para a capital, Dili. Não se queira por isso, presentemente, que os timorenses, em número considerável, falem português de um dia para o outro. Considerando o historial colonial e respectivas limitações no ensino do português, agravado pela ocupação indonésia por mais de duas décadas, em que a língua portuguesa era proibida, a evolução do português falado pelos timorenses já atingiu números consideráveis. As novas gerações (juvenis) já dominam melhor o português que nos anos do colonialismo, apesar de se expressarem quotidianamente na língua regional materna e na oficial, o tétum. Acontece por todo o país e não somente na capital ou em algumas das principais cidades.

Na actualidade o esforço no ensino do português em Timor-Leste esbarra em pormenores que se poderiam classificar de xenófobos mas também em resistências de pessoas ao serviço do lobie anglófono, principalmente norte-americanos e australianos. Lobie que tem contaminado alguns agentes dos governos e professores timorenses. A constatação de carências em manuais escolares e no correcto conhecimento da língua por parte de professores timorenses tem também contribuído para que o ensino e a aprendizagem do português não atinjam valores percentuais mais alargados. O esforço para o registo de melhorias está a ser feito com o empenho do atual governo. Não é o suficiente mas é evidente. Também o PR Taur vai fazendo o possível por acompanhar a situação no setor da educação e até as pressões necessárias para a incrementação de que o ensino do português seja mais efetivo.

Num curto artigo da página online da Rádio e Televisão de Timor-Leste podemos inteirar-nos da opinião de uma técnica portuguesa sobre o tema. Cláudia Taveira, formadora de Língua Portuguesa na RTTL, inscreveu há cerca de dois anos, no site da RTTL, o texto que a seguir incluímos.

PRATICANDO PORTUGUÊS

“Trabalhar em português num contexto linguístico como o de Timor Leste implica saber que língua oficial não é sinónimo de língua materna. Embora o português seja uma das línguas oficiais de Timor Leste, não é a língua materna da esmagadora maioria dos timorenses. O português não é, para muitos, a primeira língua ou a língua da família ou do dia a dia. A língua portuguesa em Timor Leste é língua de escolarização e tem um estatuto sociopolítico privilegiado, devendo, portanto, ser encarada e trabalhada como uma língua segunda.

Cheguei a Timor Leste em 2002. A minha primeira experiência foi numa escola pré-secundária. Os alunos sabiam pouco mais do que apresentar-se em português. Era difícil comunicar e as condições da escola (da minha e de muitos outros professores portugueses) não ajudavam. As turmas de 50 alunos tinham apenas uma aula de duas horas semanais para aprenderem português. Não havia manuais nem fotocópias: tudo era escrito no quadro. Em 2013, a realidade da língua portuguesa é diferente. Os ex-alunos que vim encontrar na RTTL mostram-me que o português está bem longe do ponto de partida em que se encontrava há uns anos. É óbvio que ainda há muito caminho a percorrer. Falo dos constrangimentos à divulgação de uma língua num país ainda em construção, mas também das naturais dificuldades de quem usa, como ferramenta de trabalho, um idioma que não é a sua língua materna. O “Praticando Português” nasce da observação que fui fazendo dos problemas linguísticos de jornalistas e tradutores da RTTL.

Não se aprende apenas numa sala de aula. A autonomia dos indivíduos é cada vez mais valorizada na aprendizagem. Segundo Meighan e Roberts (1986), a aprendizagem autónoma assenta, entre outros, no reconhecimento do dinamismo do conhecimento, no papel ativo do aprendente e na diversificação de recursos para aprender. Esta autonomia é igualmente referida por Vieira e Moreira (1993), que, no que toca às línguas estrangeiras, defendem, além da competência comunicativa, o desenvolvimento de competências de aprendizagem.

As tecnologias constituem-se hoje como grandes impulsionadoras da aprendizagem autónoma. Grande parte dos materiais interativos do “Praticando Português” foi construída através do programa Hot Potatoes. Esta ferramenta da Web 2 é de fácil uso e permite que os aprendentes recebam um feedback do seu trabalho. Além destes exercícios interativos, foram colocados recursos do Portal das Escolas (www.portaldasescolas.pt). Os utilizadores poderão praticar o léxico, gramática, compreensão do oral e da leitura. Todas as tarefas são organizadas de acordo com o grau de dificuldade. São ainda disponibilizados endereços de média lusófonos para consulta. Importa referir que o "Praticando Português" ainda se encontra em construção, pelo que os seus conteúdos serão semanalmente atualizados.

Cláudia Taveira, 
Formadora de Língua Portuguesa na RTTL no âmbito do Projeto de Apoio à Comunicação Social.

Meighan e Roberts (1986). Sociology of Education. London: Cassel Education.

Vieira, Flávia e Maria Alfredo Moreira (1993), Para além dos testes…A avaliação Processual na Aula de Inglês. Instituto de Educação, Braga: Universidade do Minho.

Difusão e implantação do Português em Timor-Leste prioritárias face ao Acordo


Lisboa, 01 jan (Lusa) - Em Timor-Leste, "a difusão, o uso e a implantação da língua portuguesa" são uma prioridade face à aplicação do Acordo Ortográfico, afirmou Marisa Mendonça, diretora-executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), em declarações à agência Lusa.

"Por aquilo a que tenho assistido e por aquilo que tem sido a mensagem das autoridades, Timor-Leste está muito mais preocupado na difusão, no uso e na implantação da língua portuguesa em si do que em pensar, neste momento, se adota ou não o Acordo Ortográfico", disse a responsável.

O país "não é, de forma alguma, contra a implementação do Acordo, mas aquilo a que assistimos em Timor-Leste é ainda a uma fraca implantação e a um fraco uso da língua portuguesa a nível nacional", complementou Marisa Mendonça.

Segundo a diretora-executiva do IILP, "os timorenses utilizam muito as suas línguas nacionais, principalmente o tétum", pelo que o país - que preside atualmente à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - está num estágio muito próprio da implementação do acordo.

Marisa Mendonça, que prevê deslocar-se ao território "mais do que uma vez no primeiro semestre de 2016, sendo a primeira logo no início do ano", assegurou à Lusa que a aplicação do Acordo é "um dos temas" sobre os quais "irá trabalhar com as autoridades locais".

A 10 de maio de 2015, Benjamim Corte-Real, diretor-geral do Instituto Nacional de Linguística (INL) da Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL), disse à Lusa que a aplicação do Acordo Ortográfico em Timor-Leste ainda era prematura, pois "a grande prioridade é a disseminação da língua em si e não se é a antiga ou a nova".

À data, Corte-Real considerou que, em Timor-Leste, os debates relacionados com o Acordo continuavam distantes, apesar de o INL estar a trabalhar no sentido da sua implementação.

"Na comissão nacional do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, trabalhamos já em perfeita sintonia com o AO, embora alguns membros não tenham o domínio perfeito", afirmou.

Timor-Leste, que aderiu ao Acordo em 2004, ratificou-o em 2009 mediante três resoluções do Parlamento Nacional: a 14/2009, que aprova a adesão, a 18/2009, que aprova o segundo protocolo modificativo, e a 19/2009, que aprova o protocolo modificativo.

HSF (ASP) //

Sobem para 215 milhões os falantes de português a usar o Acordo Ortográfico


Lisboa, 01 jan (Lusa) - A aplicação do Acordo Ortográfico, a partir de hoje, no Brasil eleva para 215 milhões os falantes de Português a usar a nova grafia, mas a norma está em diferentes estágios de implementação nos vários países que a ela aderiram.

O Brasil, que assinou o acordo em Lisboa a 16 de dezembro de 1990 e o ratificou a 18 de abril de 1995, terminou, no último dia de 2015, o período de transição, tornando a norma obrigatória a partir de hoje.

Dos 215 milhões, a grande fatia cabe ao Brasil, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima ter 204.450.649 habitantes, seguindo-se os 10,3 milhões de portugueses, em números redondos facultados em julho passado pelo Eurostat, e os 512.096 cabo-verdianos, segundo um levantamento efetuado em 2013 pelo Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde.

Os ritmos de aplicação do Acordo Ortográfico são, contudo, muito variáveis entre os vários países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), assinalou Marisa Guião de Mendonça, diretora-executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) em entrevista à agência Lusa.

O estágio de implementação da nova norma nos países da CPLP "é completamente diferenciado: alguns já ratificaram, outros não, nalguns países a lei já foi ao parlamento nacional, noutros ainda não foi. E há a questão dos recursos. Não só recursos humanos, para que se possa fazer este processo com garantias de sucesso, mas sobretudo recursos financeiros e recursos materiais", adiantou.

Nesse sentido, o IILP, "continua aberto para poder, a um nível multilateral, encontrar recursos técnicos e capital humano especializado para poder desenhar, se for o caso, e implementar o processo de transição da antiga ortografia para a nova".

De acordo com a responsável, o Acordo já tem o processo de implementação "finalizado" em Portugal, onde entrou em vigor a 13 de maio de 2015, apesar da oposição de grupos da sociedade civil, e "está a ser aplicado de uma forma natural" no Brasil, sendo a sua aplicação também "absolutamente pacífica" em São Tomé e Príncipe.

Distinta é a situação de Angola, onde o Acordo Ortográfico não foi "autorizado a nenhum nível governamental", apesar do investimento financeiro do país na plataforma digital do Vocabulário Ortográfico Comum.

Em Cabo Verde, que tornou a norma obrigatória a 01 de outubro de 2015, a sua aplicação vai passar pelas "necessárias" ações de esclarecimento sobre a nova grafia, esclareceu Marisa Mendonça, enquanto em Moçambique a norma aguarda ratificação pelo parlamento, estando o processo atrasado devido à mudança de governo.

Segundo a responsável do IILP, a situação de "muita instabilidade política" na Guiné-Bissau faz com que a aplicação do Acordo naquele país dificilmente seja uma prioridade e, em Timor-Leste, "a difusão, o uso e a implantação da língua portuguesa" têm primazia face à aplicação da nova norma.

Quanto à Guiné Equatorial, que aderiu à CPLP em julho de 2014, não assinou o Acordo mas a reimplementação da língua portuguesa que está a ter lugar no território será feita segundo a nova grafia, assegurou Marisa Mendonça, que sublinhou à Lusa o facto de o IILP em caso algum "se sobrepor aos estados-membros" na decisão de aplicar o Acordo.

Ao IILP cabe "responder e criar melhores condições para a implantação do Acordo, conforme está previsto no Plano de Ação de Brasília, de 2010, e no Plano de Ação de Lisboa, de 2013, que complementa o anterior", esclareceu.

Os Planos de Ação preveem, de acordo com a diretora-executiva do Instituto, "a consagração de um Vocabulário Ortográfico Comum", que, por agora, funciona apenas como uma plataforma digital de acesso gratuito onde estão já disponíveis os vocabulários nacionais de Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste.

É também incumbência do IILP "dar uma visão e fazer uma gestão cada vez mais pluricêntrica da língua portuguesa, que inclua as especificidades plurilingues dos vários contextos específicos, uma vez que a língua portuguesa, a nível dos estados-membros, convive permanentemente com muitas outras línguas, nacionais e não só", acrescentou a responsável.

"Que 2016 traga renovadas energias para prosseguirmos, em conjunto, esta grande caminhada, procurando novas bússolas, novos trilhos, para uma cada vez maior e melhor projeção da língua portuguesa como língua pluricêntrica e como língua habitante de um mundo cada vez mais plural", concluiu Marisa Guião de Mendonça.
HSF // PJA

Acordo entra hoje em vigor no Brasil depois de três anos de polémica


São Paulo, 01 jan (Lusa) -- O novo Acordo Ortográfico (AO) entra hoje em vigor no Brasil, culminando um processo que não tem sido consensual e que ainda não é bem aceite por muitos brasileiros.

O AO "tirou muitos acentos, hífens, boa parte da língua ficou mais fácil de escrever e mais parecida com a falada", afirmou o professor de natação César Augusto, de 26 anos. "Na faculdade, tive pelo menos seis meses [de estudo] das novas regras", acrescentou.

A entrada em vigor do acordo tem lugar após um adiamento de três anos decretado pelo Governo devido a divergências apresentadas por linguistas.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro referiu à Lusa que a implantação do acordo foi "bem sucedida" e o Governo entende que "não existe motivo para novo adiamento". O Ministério da Cultura acrescentou que "a previsão está mantida e o acordo entra em vigor a 01 de janeiro".

"É importante destacar que qualquer retrocesso no processo de implementação do Acordo Ortográfico implicará enormes prejuízos para as editoras nacionais, além de incalculável e injustificável desperdício de dinheiro público", referiu o Ministério da Cultura, aludindo ao investimento em livros didáticos.

Brasileiros entrevistados pela Lusa afirmaram estar adaptados às novas regras, mas referiram dificuldades na transição entre as diferentes grafias. O uso facultativo do AO no Brasil começou em 2009.

A professora de antropologia e sociologia Tereza Jorge, de 51 anos, afirmou ser "interessante que a língua portuguesa seja uma só", mas entende que "para o brasileiro e para outros povos será difícil perder velhos hábitos".

Já o advogado Antônio Carét Santos, de 64 anos, disse que recorre a mecanismos de buscas na Internet para solucionar dúvidas.

Em 28 de dezembro de 2012, a obrigatoriedade das novas regras foi adiada no Brasil após divergências de linguistas apoiadas pela Comissão de Educação do Senado, e para acompanhar a data da implantação em Portugal.

A comissão do Legislativo formou um grupo de trabalho, que teve como coordenadores os linguistas Ernâni Pimentel e Pasquale Cipro Neto, críticos do AO. O relatório final, divulgado em novembro, sugere a inclusão de "observações" e de "alterações mínimas" no acordo, como a manutenção de alguns acentos diferenciais (como em "fôrma" e forma) e do trema, e mudanças nas regras do hífen.

"A Academia Brasileira de Letras recebeu da nossa comissão em duas audiências públicas contribuições para alterar os itens que poderiam trazer dúvidas. Aparentemente, elas não foram aproveitadas, o que lamentamos, mas o nosso trabalho foi feito", afirmou à Lusa a senadora Ana Amélia, que foi vice-presidente e atualmente é suplente na comissão.

O coordenador da Comissão Nacional Brasileira no Instituto Internacional da Língua Portuguesa, Carlos Faraco, afirmou que o adiamento decretado há três anos foi uma "perda de tempo", já que a imprensa brasileira e os livros didáticos já estavam adaptados.

"O maior ganho do acordo é a cooperação internacional em torno da língua portuguesa, que ganha força e espaço", disse Faraco.

O Acordo Ortográfico está já em vigor em Portugal e em Cabo Verde, mas ainda não está a ser aplicado nos restantes países da CPLP -- Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

FYB // VM

Receitas dos casinos de Macau caíram 34,3% em 2015


Macau, China, 01 jan (Lusa) -- Os casinos de Macau fecharam 2015 com receitas de 230.840 milhões de patacas (26.627 milhões de euros), uma queda de 34,3% face a 2014, indicam dados oficiais hoje divulgados.

Só em dezembro, os casinos encaixaram 18.340 milhões de patacas (2.115 milhões de euros) -- menos 21,2% face ao mesmo mês de 2014, de acordo com os dados publicados hoje no portal da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ).

Trata-se do segundo ano consecutivo de quebra das receitas dos casinos depois de, em 2014, terem sofrido uma diminuição de 2,6%.

As receitas do jogo -- principal motor da economia de Macau -- iniciaram em junho de 2014 uma curva descendente, com dezembro a marcar o 19.º mês consecutivo de quedas homólogas.

Dezembro foi o mês com o terceiro pior desempenho de 2015, depois de os casinos terem terminado novembro com receitas de 16.425 milhões de patacas (1.931 milhões de euros) -- caindo assim para o valor mensal mais baixo em cinco anos.

No entanto, a percentagem de queda em dezembro (21,2%) foi a segunda menor -- a seguir à de janeiro (17,4%). Em fevereiro, as receitas dos casinos de Macau sofreram um 'tombo' de 48,6%.

Apesar da queda das receitas, as operadoras de jogo prosseguem com novos projetos, ainda que tenham sido anunciados adiamentos.

Foi o caso da Wynn que adiou de 25 de março para 25 de junho a abertura do novo hotel-casino na 'strip' do Cotai -- zona de casinos situada entre as ilhas da Taipa e de Coloane.

O "Wynn Palace" vai ser o primeiro projeto na 'strip' do Cotai com a assinatura da empresa norte-americana que tem já dois casinos em Macau -- o Wynn e o Encore.

Também para a segunda metade do ano está prevista a abertura do "Parisian", que inclui uma réplica da Torre Eiffel (com metade do tamanho da original), da também norte-americana Las Vegas Sands, bem como a do MGM Cotai, cuja operadora é liderada por Pansy Ho, filha de Stanley Ho.

A última operadora a instalar-se no Cotai vai ser a Sociedade de Jogos de Macau (SJM), fundada por Stanley Ho, com a inauguração, prevista para o final de 2017, do "Lisboa Palace", o terceiro com a "marca Lisboa" no território.

A economia de Macau assenta nos serviços com o setor do turismo, especialmente o jogo em casino, a afirmar-se como a principal fonte de receita pública devido aos impostos diretos de 35% cobrados sobre as receitas brutas apuradas nos espaços de jogo e de 4% de indiretos canalizados para fins diversos como a promoção turística.

Uma vez que o jogo constitui a principal alavanca da Região Administrativa Especial, a diminuição das receitas dos casinos conduziu à queda continuada da taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) desde o primeiro trimestre de 2014.

Nos primeiros três trimestres de 2015, o PIB de Macau contraiu-se 25% em termos reais.

DM // SO

China entra na era dos dois filhos por casal, após 35 anos de filhos únicos


Pequim, 01 jan (Lusa) -- A China, o país mais populoso do mundo, permite, a partir de hoje, a todos os casais terem duas crianças, colocando um ponto final a 35 anos da rígida política do filho único.

Uma emenda à lei de planeamento familiar, aprovada a 27 de dezembro, e que estende a todos os casais a autorização para terem dois filhos entrou em vigor com a chegada de 2016, apenas dois meses depois de, em finais de outubro, a mudança ter sido anunciada num plenário do Partido Comunista chinês.

A mudança na política demográfica pode ter consequências significativas numa sociedade onde muitas crianças nascidas desde a década de 1980 não têm irmãos, sobretudo em zonas urbanas -- no campo era permitido um segundo filho se o primeiro fosse do sexo feminino --, apesar de os especialistas chineses se mostrarem cautelosos na hora de fazer previsões.

"Entre finais deste ano e inícios do próximo começar-se-á a ver as primeiras mudanças. É evidente que o número de bebés vai aumentar, mas não tanto", disse Lu Jiehua, especialista do Instituto de Estudos da População, à agência noticiosa espanhola Efe.

Os futuros pais que se vão ver beneficiados pela política, precisamente os da geração do filho único, "pensam muito hoje em dia na hora de constituir uma família, porque é um encargo muito grande", sublinhou o especialista sobre um país onde a educação e a saúde não são gratuitos nem tão pouco baratos.

"Entre 2017 e 2019 pode haver um maior número de nascimentos, mas dentro de cinco anos vai regressar ao nível de agora, porque a partir de 2020 ter-se-á que ver se se amplia a política", vaticinou Lu Jiehua, aludindo à eventual possibilidade de então a China permitir três ou mais filhos.

A restrita política do filho único tem vindo a ser flexibilizada nos últimos anos. Em 2013, por exemplo, foi aliviada com a ampliação do número de exceções em que um casal poderia ter um segundo descendente, pelo que a medida pressupõe mais um passo nessa tendência, não sendo vista como drástica.

Em todo o caso, o Governo chinês estima que, a partir de hoje, 100 milhões de famílias beneficiem da "política dos dois filhos".

O especialista Xiang Junyong, da Universidade Popular de Pequim, também foi prudente na hora de avançar previsões sobre o aumento anual do número de nascimentos como consequência da nova política, apontando, em declarações à agência noticiosa espanhola, para um intervalo de "entre três e oito milhões a mais".

Atualmente registam-se cerca de 15 milhões de nascimentos por ano na China, mas estima-se que até 2020 esse número dê um "pulo" para 20 milhões, um número que o país nunca alcançou desde 1997.

"A curto prazo vai haver um aumento da população, mas mais à frente não vai haver assim tantas mudanças", prevê Xiang, ao explicar que muitos dos beneficiados são pessoas que nasceram nos anos 70 que, no caso das mulheres pelo menos, se encontram nos últimos anos de fertilidade.

A nova "China dos casais" põe termo a 35 anos da controversa política "um casal, um filho", posta em marcha em 1979 pelo regime comunista chinês para reduzir os problemas de superpopulação de um país que, agora, tem quase 1.400 milhões de habitantes -- mais do que toda a Europa, África ou toda a América.
DM (JSD) // SO

Papa pede para não se esquecer violência de 2015 certo de que "o bem sempre vence"


O papa Francisco pediu que não se esquecessem os "muitos dias marcados pela violência", em 2015, nem os "grandes gestos de bondade" que "não devem ser ensombrados pela prepotência do mal", no balanço do ano, hoje, no Vaticano.

As afirmações foram feitas durante as vésperas da Maria Santíssima, na basílica de São Pedro, durante as quais se celebrou o "Te Deum" de ação de graças pelo ano findo.

"Não podemos esquecer que muitos dias foram marcados pela violência, a morte, pelos indizíveis sofrimentos de muitos inocentes, de refugiados obrigados a abandonar os seus países, de homens, mulheres e crianças sem um lar estável, sem comida ou sustento", disse Francisco na sua homilia.

O papa recordou também os "grandes gestos de bondade, amor e solidaridade", embora muitos deles, recordou, "não se tenham convertido em notícia".

"Esses gestos de amor não podem e não devem ser ensombrados pela prepotência do mal. O bem sempre vence, embora em alguns momentos possa parecer débil" a sua afirmação, disse.

Neste último dia do ano, é preciso verificar "se os feitos do mundo se produziram segundo a vontade de Deus ou se se atendeu prioritariamente aos projetos dos homens, carregados de interesses privados, de insaciável sede de poder e de violência gratuita".

Na qualidade de bispo de Roma, Francisco também recordou a atualidade da capital italiana nos últimos 12 meses, marcados por casos de corrupção, de relações com a máfia e pela crise que levou à dissolução do governo municipal.

"Que o compromisso para recuperar os valores fundamentais de serviço, honestidade e solidariedade permita superar as graves incertezas que dominaram este ano, sintoma do escasso sentido de dedicação ao bem comum", disse o pontífice.

Lusa – SAPO TL

Alerta nas Fiji eTonga devido ao ciclone Ula, elevado a categoria 3


Sydney, Austrália, 01 jan (Lusa) -- O ciclone tropical Ula, elevado a categoria 3 num máximo de 5, colocou sob alerta as Ilhas Fiji e Tonga, duas nações do Pacífico Sul, informaram as autoridades.

O diretor do serviço meteorológico das Fiji, Ravind Kumar, informou que a categoria do Ula foi elevada, depois de terem sido alcançados ventos sustentados de cerca de 120 quilómetros por hora perto do centro do fenómeno, segundo o portal do jornal Fiji Times.

O ministro da Gestão Nacional de Desastres das Fiji, Maciu Bolaitamana, indicou que a situação está a ser vigiada para que possam ser tomadas "as medidas necessárias" face ao ciclone que, este sábado, deve estar a 105 quilómetros a nordeste de Vava'u (Tonga) e a 401 a leste de Lakeba (Fiji).

Se mantiver a atual trajetória, o Ula vai fustigar com ventos próprios de um furacão o grupo das ilhas Lau, a leste das Fiji, no domingo, segundo a televisão FBC.

As Fiji, uma república com cerca de 881 mil habitantes, e o Tonga, um reino de aproximadamente 105 mil, fazem parte da Polinésia.

A temporada habitual dos ciclones naquela zona do Pacífico decorre entre novembro e abril.

DM // DM

Ano novo, o mesmo planeta: comemorações da chegada de 2016 em todo o mundo


Há uma coisa que nunca muda, ano após ano: os australianos são sempre os primeiros a chegar ao ano novo... Os australianos e as ilha do Pacífico Sul. Mas as comemorações não perdem por esperar - e muitas começam mesmo antes da noite de 31 de dezembro. Aqui ficam algumas imagens para começar 2016 em beleza.

Timor-Leste no Mundu iha 2015


Ita besik hakotu ona tinan 2015. Tanba ne'e, hanesan importante tebes ita hanoin fali akontesimentu markante sira, iha área oioin, ne'ebé akontese tiha ona iha Timor-Leste no mundu tomak.

Janeiru:

- Atake ida ne'ebé halo hosi mane na'in rua ho arma akontese iha eskritóriu jornál satíriku fransés Charlie Hebdo, iha Paris, halo ema na'in 10 mate;
- Papa Francisco vizita Sri Langka ho Filipina.

Fevereiru:
- Xanana Gusmão haruka nia karta demisaun ba Prezidente Taur Matan Ruak;
- Rui Maria de Araújo sai Primeiru-Ministru Timor-Leste nian;
- Tomada pose ba governu foun timoroan nian;
- Opozitór rusu Boris Nemtsov ema oho iha Moskovo, Rúsia.

Marsu:
- Estadus Unidus ho Kuba hahú fali ligasaun telefóniku nian;
- Aviaun ida hosi kompañia Germanwings, Airbus A320, monu iha foho Alpes fransés nian, iha rejiaun Digne. Laiha pasajeiru ida maka moris.

Abril:
- Mate ona bispu Díli nian, D. Alberto Ricardo da Silva;
- Prezidente Taur Matan Ruak partisipa iha Konferénsia Ázia-Áfrika, hala'o iha Indonézia;
- Barack Obama ho Raul Castro mantén diálogu istóriku iha Panamá;
- Rai-nakdoko ho 7,9 eskala Richter akontese iha Nepal. Ema millaun resin mate.

Maiu:
- Aniversáriu ba dala 13 hosi restaurasaun independénsia Timor-Leste nian;
- Chelsea, ne'ebé treina hosi José Mourinho, konkista títulu inglés futeból nian hafoin tinan barak la konkista título ne'e;
- Komisaun Europeia husu atu Estadu-membru sira hosi Uniaun Europeia simu refujiadu rihun 40.

Juñu:
- Mate ona Fernando La Sama de Aráujo;
- Demisaun hosi Joseph Blatter nu'udar prezidente FIFA nian tanba eskándalu korupsaun nian;
- Eis-prezidente Portugal nian Jorge Sampaio ho Helena Ddume, hosi Namíbia, simu Prémiu Nelson Mandela, hosi ONU.

Jullu:
- Hala'o Fórum hosi CPLP nian iha Díli;
- Papa Francisco vizita Amérika Latina (Bolívia, Ekuadór ho Paraguai);
- Pekin, kapitál Xina nian, sei hala'o Jogu Olímpiku sira invernu nian iha tinan 2022.

Agostu:
- Hala'o Misa ne'ebé marka tinan 500 ba evanjelizasaun iha Timor-Leste. Serimónia selebra hosi Sekretáriu Estadu hosi Vatikanu, Pietro Parolin, hosi bispu timoroan sira Basílio do Nascimento ho Norberto de Amaral no hosi preladu sira seluk ne'ebé maka akompaña papa Francisco nia saserdote;
- Falintil halo tinan 40;
- Mauk Moruk, líder hosi Conselho da Revolução Maubere (CRM), mate iha konfrontu sira ho forsa sira seguransa timoroan nian;
- Barcelona konkista Supertasa Europeiu futeból nian. Katalaun sira mana'an Sevilha ho 5-4.

Setembru:
- Hala'o Tour de Timor bisikleta nian;
- SAPO Timor-Leste selebra tinan lima ba nia ezisténsia;
- Papa Francisco hala'o vizita ba Kuba ho Estadus Unidus;
- NASA fó sai katak deskobre ona bee iha planeta Marte.

Outubru:
- Primeiru-Ministru timoroan, Rui Maria de Araújo, vizita Kuba;
- Timor Telecom selebra tinan 13;
- Nova Zelándia konkista Kampeonatu Mundu ráguebi nian, halakon Austrália iha finál ho 34-17. Sai nune'e hanesan nasaun ida ne'ebé konkista dala tolu títulu ne'e.

Novembru:
- Selebrasaun ba tinan 500 bainhira ema portugés sira to'o iha Timor-Leste;
- Atentadu oioin akontese iha fatin oioin iha Paris, Fransa, halo ema na'in 130 no ema atus resin hetan kanek;
- Aung San Suu Kyi nia partidu, LND, hetan maioria iha parlamentu birmanés.

Dezembru:
- Akordu istóriku ida kona-bá klima. Nasaun 195 ne'ebé halibur iha Simeira Klima nian, iha Fransa, hatán hodi halo esforsu hodi limita akesimentu globál ba grau 1,5;
- José Mourinho husik Chelsea.

SAPO Timor-Leste

Haree tubaraun 60 resin iha oras 48 iha kosta leste Austrália nian


Haree tubaraun 60 resin horikedas loron-tersa iha tasi-ibun populár sira iha kosta leste Austrália nian ne’ebé, tinan ne’e, hanesan palku hosi totál atake 14, ida hosi sira ne’e mortál, informa 'media' lokál sira horisehik.

Xefe patrulla aérea australiana, Harry Mitchell, hatete katak nia servisu haree tubaraun 60 resin entre loron-tersa no kuarta iha zona ida entre tasi-ibun Stanwell Park no Mollimook, respetivamente, iha kilómetru 54 no 225 iha súl Sydney nian, haktuir jornál Daily Telegraph horisehik.

Autoridade sira nabdu atu hariis tasi iha tasi-ibun turístika sira Jarvis Bay nian, iha kilómetru 197 iha súl Sydney nian, hafoin detekta prezensa, iha tasi ladun klean, hosi tubaraun 30, hosi entre metru 2,5 no 3,5, tuir ajénsia notisioza lokál AAP.

"Tubaraun, tubaraun, literalmente iha tasi ho profundidade metru ida", Harry Mitchell esplika.

Iha loron-tersa loro-kraik, patrulla aérea ida perkorre área ne’ebé haleu areál Port Kembla, kilómetru 86 súl Sydney nian, hafoin surfista ida informa katak ni haree tubaraun ida, no detekta katak ne’e tubaraun martelo ida.

Haree mós tubaraun lima seluk iha Warilla, kilómetru 101 iha súl Sydney nian, haktuir diáriu australianu ne’e.

Iha  finál fulan-outubru fó sai katak “drones” sei halo vijilánsia ba tasi-ibun populár sira iha Austrália hanesan parte hosi estratéjia foun hodi mantein seguransa ba ema sira mak bá hariis iha ne’ebá, hafoin akontese atake balun.

Insidénsia atake ho tubaraun sira iha Austrália hanesan mós ida ne’ebé aas liu iha mundu.

SAPO TL ho Lusa

Naufrájiu ne’ebé hamate ema na’in 442 iha Xina karik tanba kauza naturál


Naufrájiu ró kruzeiru "Estrela Oriental" iha riu Yangtze, iha Xina, ne’ebé akontese iha fulan-juñu liubá no hamate ema na’in 442karik tanba kauza naturál, informa Governu xinés horisehik, iha komunikadu mak fó sai hafoin halo investigasaun durante fulan neen.

Tuir autoridade sira, asidente aat liu ne’ebé akontese tinan ne’e iha nasaun tanba "fenómenu meteorolójiku ne’ebé ladi’ak", no temporál ho korrente ne’ebé maka’as hamosu tormenta no anin de repente hodi baku fila embarkasaun.

Komunikadu ne’ebé fó sai hafoin reuniaun semanál Konsellu Estadu (Ezekutivu) nian, refere mós katak detekta falla iha administrasaun no supervizaun hosi parte empreza responsável ba embarkasaun.

Responsável 43 sei hetan sansaun, haktuir dokumentu ne’e.

"Estrela Oriental", ho andár haat, komprimentu metru 76,5 no tonelada 2.200, hala’o viajen entre Nanjing no Chongqing, populár kruzeiru turístiku iha riu Yangtze.

Hosi ema na’in 456 ne’ebé iha ró kruzeiru laran na’in 14 de’it mak hetan tulun sei moris hafoin naufrájiu – ne’ebé aat liu iha Xina kuaze tinan 70.

SAPO TL ho Lusa

"Telefone mean" ativadu entre Xina ho Taiwan


"Telefone mean" entre Repúblika Popular Xina no Taiwan, teritóriu sira ne'ebé hahú tinan 1949 mantén konflitu ida soberania nian, hahú funsiona iha loron-kuarta ne'e, dalan ida hodi hakarak hametin relasaun entre Pekin ho Taipe.

Instalasaun hosi liña diretu hosi diálogu ne'e akontese tanba enkontru istóriku ida entre Prezidente xinés, Xi Jinping, no nia homólogu taiwanés, Ma Ying-jeou, iha fulan-Novembru liubá, maski sira na'in rua rejeita lejitimidade hosi nasaun ida-idak.

Andrew Hsia, xefe hosi Gabinete Taiwan nian ba Asuntu sira hosi Kontinente Xinés, ko'alia ohin ho Zhang Zhijun, responsável ba Asuntu sira hosi Taiwan iha Konsellu Estadu no iha Komité Sentrál hosi Partidu Komunista Xina nian (PCC).

"Hsia hatete liuhosi telefone katak ligasaun diretu hanesan rezultadu importante hosi enkontru entre líder sira hosi nasaun rua ne'e. Nia hein katak nasaun rua ne'e bele komunika beibeik iha asuntu urjente sira", hakerek iha komunikadu ne'ebé fó sai hosi gabinete Hsia nian.

IIha nota hanesan aponta katak mekanizmu konstitui "hakat importante seluk" iha interkámbiu sira entre Xina ho Taiwan.

Ma Xiaoguang, porta-vós hosi Gabinete ba Asuntu sira Taiwan nian iha Xina konfirma ona realizasaun hosi telefone ne'e, haktuir hosi ajénsia ofisiál Xinhua.

"Ami hein katak autoridade sira esforsa iha manutensaun no promosaun hosi dezenvolvimentu pasífiku hosi relasaun sira entre nasaun rua ne'e", afirma ona hosi Ma ne'ebé haktuir hosi ajénsia.

Relasaun sira entre Xina no Taiwan hetan fali ajitasaun bainhira Kuomintang, partidu pró-Pekin ne'ebé lidera hosi Ma, to'o iha poder no ohin loron konsidera hanesan ida ne'ebé di'ak liu ba nafatin.

Maibé, opiniaun públiku taiwanés nian deskonfia tanba sira haree katak akordu komersiál sira entre Taipe ho Pekin hanesan prejudisiál ba populasaun hosi illa ne'e.

Iha sondajen sira ba eleisaun lejislativu sira, ne'ebé sei hala'o iha fulan oinmai, Partidu Demokrátiku Progresista, ne'ebé séptiku liu kona-bá Pekin, mosu hanesan favoritu hodi mana'an.

Hafoin funu sivil xineza nian hotu, ho vitória hosi PCC, antigu governu nasionalista (Kuomintang) halai ba illa Taiwan hodi kontinua identifika hanesan governante hosi Xina tomak.

Pekin konsidera Taiwan hanesan provínsia xineza no defende "reunifikasaun pasífiku", haktuir hosi dalan hanesan ne'ebé adopta ba Hong Kong ho Makau ("nasaun ida, sistema rua"). Maibé, ameasa "uza forsa" bainhira illa ne'e deklara independénsia.

"Telefone mean" bainhira sai hanesan dalan komunikasaun diretu entre nasaun sira iha konflitu akontese bainhira instala tiha ona iha loron 20 fulan-Juñu 1963 iha White House no iha Kremlin, hodi evita funu nukleár ida entre poténsia mundiál rua ne'e.

SAPO TL ho Lusa