domingo, 28 de outubro de 2018

“Pessoa Eminente” G7+ Partisipa Iha Aprezentasaun KROP


DILI, (TATOLI) – Pessoa Eminente, Xanana Gusmão, ohin partisipa iha aprezentasaun orsamentu ba Komité Revizaun Orsamentu Polítika (KROP) ba Orsamentu Jerál Estadu (2019).

Partisipasaun Eis Primeiru Ministru ne’e iha kapasidade hanesan xefe ba gabinete fronteira Marítima, ho  Pessoa Eminente G7­­­+.

Ba jornalista sira hafoin aprezentasaun, Xanana Gusmão dehan, “Atu propoin osan hira, ita boot sira kuandu to’o diskusaun iha Parlamentu mak sei hatene”.

“Ami mai defende saida mak ami halo ona, ami nia orsamentu no programa tanba  buat hotu tenke liuhosi ne’e”, Xanana esplika ba jornalista sira hafoin halo aprezentasaun orsamentu Gabinete Fronteira Marítima ba KROP iha Ministériu Finansa, ohin.

“Komité Revizaun rona no komprende ona aprezentasaun husi Gabinete Fronteira Marítima no agora governu mak sei deside.”

Jornalista: Julia Chatarina | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Kay Rala Xanana Gusmão bainhira halo entrevista ho jornalista sira iha edifísiu g7+. aredores Palásiu Governu, ohin. Foto António Goncalves

MTKI Ho Parte Interesada Diskute SOP Ba Turizmu Kruzeiru Nian


DILI, (TATOLI) - Ministériu Turizmu, Komérsiu no Indústria (MTKI) halo diskusaun ho parte interesada (stakeholder) hotu sobre padraun ba prosedimentu operasionál (SOP, iha Inglés) turizmu kruzeiru nian.

Diretór Jerál Turizmu, José Filipe Dias Quintas, hatete SOP ne’e atu gia bainhira ró kruzeiru ne’e mai, ida-idak hatene nia knaar katak saida maka MTKI halo, setór privadu, instituisaun relevante sira seluk sei halo.

“Ne’e inisiativa husi Ministériu Turizmu, Komérsiu no Indústria tenta hela para serbisu hamutuk ho parseiru dezenvolvimentu liuliu Market Development Facility (MDF) ne’ebé hetan fundu husi Governu Austrália tanba to’o agora ita seidauk iha padraun ba prosedimentu operasionál nian, entaun ha Timór oportunidade di’ak ida para ita komesa hadi’a ita-nai sistema sira ne’e para ró kruzeiru mai ita bele atende sira ho di’ak”, Quintas afirma iha Sentru Konvensaun Dili, ohin.

Tanba bainhira SOP ne’e laiha maka lahatene ida-idak nia papél, entantu SOP ida ne’e sei iha faze diskusaun depois lori bá Konsellu Ministru.

Diretór Jerál ne’e dehan tanba Timor-Leste iha limitasaun ba fundu no rekursu umanu maka parseiru dezenvolvimentu sira ajuda iha SOP ne’e.

“Maibé obra iha dokumentu (SOP) ne’e Governu nian. Sira maka fó apoiu ba Governu para ita bele uza SOP ne’e atu halo jestaun di’ak ida ba Kruzeiru sira ne’ebé mai tanba to’o agora seidauk iha SOP klaru,  orsida mai dehan ne’e minstériu ida ne’e, ne’ebá nia serbisu, ita hanesan haksesuk malu kona-ba serbisu, entaun ho ida ne’e bele ajuda ita hatene didi’ak ita-nia knaar tanba bá ona iha Konsellu Ministru maka diskute orsida sé mak sei toma ona ba SOP ne’e”.

Quintas relata mós pontu balun ne’ebé sujere iha dokumentu ne’e katak poténsia portu ne’ebé maka Kruzeiru atu bá mak Jako. “Maibé Jako ne’e ita hatene katak área protejida nomós tama iha parke nasionál ne’ebé ita proteje didi’ak para asegura nia rekursu liuliu nia biodiversidade tanba ró kruzeiru ne’e mós perigozu kuandu ita lajere ho di’ak maka sei estraga ita-nia ahu-ruin sira ne’e”.

“Ne’ebé ró kruzeiru sira kuandu mai fó mós sujestaun hakarak vizita Jako, maibé Ministériu Turizmu dehan katak laiha, se hakarak vizita, imi vizita de’it Kom depois ho ró ki’ikoan sira bá, ró boot labele tama iha ne’ebá. Tanba ne’e maka ita presiza halo jestaun ba ida ne’e para asegura rekursu naturál sira, tanba ema mai ne’e atu haree ahu-ruin, ikan sira ne’e, se ita estraga maka sei lakon oportunidade no turista sira sei buka liu nasaun sira ne’ebé iha poténsia tasi kapa’as”.

Jornalista: Maria Auxiliadora | Editór: Manuel Pinto

Imajen: Governu no parte interesada diskute SOP turizmu kruzeiru nian. Foto/MTKI.

Questões de fundo quanto ao futuro do Brasil


No Brasil, os aspectos grotescos, truculentos e boçais do candidato Bolsonaro tendem a tornar-se o centro das atenções. No entanto, eles não devem fazer esquecer as questões de fundo que agora estão em causa. A possível vitória deste candidato fascista poderá significar uma aplicação irrestrita do receituário neoliberal da Escola de Chicago.

As experiência das "terapias de choque" aplicadas no Chile de Pinochet, na Rússia de Yeltsin e no Iraque de Paul Bremer não auguram nada de bom. Em termos práticos, os promotores da candidatura Bolsonaro ocultam medidas que estão na forja como: 

– Privatização da Segurança Social, ou seja, a sua entrega a seguradoras privadas com o saqueio da poupança de milhões de trabalhadores em benefício do capital financeiro; 

– A anulação de conquistas dos trabalhadores brasileiros, promovendo a sua precarização;

– A reprimarização da economia brasileira, acelerando a sua desindustrialização (já em curso); 

– O afunilamento económico rumo à exportação de produtos do agro-business e de minérios em bruto; 

– O aumento do desemprego; 

– A repressão feroz contra os movimentos sociais; 

– A entrega do país à US Army, US Navy, US Air Force, além da Wall Street e transnacionais.

Medidas como estas terão reflexos por gerações.

Os que embarcarem na demagogia anti-corrupção do candidato fascista, um politiqueiro profissional ao longo de 28 anos, estarão a assumir uma responsabilidade terrível também para com os seus filhos e netos.

É dever de qualquer brasileiro lúcido votar contra o sr. Bolsonaro.

Resistir.info

“Poucos brasileiros são hoje entusiastas do Estado democrático”


O historiador brasileiro Leandro Karnal, autor do livro “Todos Contra Todos”, sobre a história do ódio no país, afirma que a internet favoreceu “um diálogo de surdos” durante a campanha eleitoral, mas defende que o clima ainda é muito mais violento nas redes sociais do que nas ruas

O mito do “homem cordial”, que Sérgio Buarque da Holanda, o pai de Chico, usou em 1936 para descrever as raízes dos brasileiros, é enganador. O Brasil nunca foi um país pacífico. A sua História está manchada a sangue por violência, tortura, conflitos, assassinatos.

Os brasileiros ao volante matam mais do que a guerra na Síria. O trânsito é uma metáfora trágica, lembra o historiador Leandro Karnal, autor de “Todos Contra Todos”, sobre as raízes do ódio no país. “Somos um país violento. [Somos] violentos a conduzir, violentos nas ruas, violentos nos comentários e nas fofocas, violentos ao torcer por nosso time, violentos ao votar”.

O que há de novo, sublinha Leandro Karna, professor da Universidade Estadual de Campinas, é o papel das redes sociais, que favoreceram um debate “dentro de bolhas sistémicas, bolhas de acesso à verdade onde há um efeito de eco. Sentimos que todo o mundo está connosco porque só ouvimos quem concorda connosco”.

Que tempos são estes que vivemos no Brasil, onde a cisão social provocada pelas eleições é tão acentuada?

O nosso imaginário nacional sempre enfatizou a concórdia, o país da paz e sem desastres naturais. Esse imaginário de que éramos um povo pacífico não corresponde à História, temos uma História extremamente violenta e com episódios muito sangrentos contra indígenas, contra negros, contra a população brasileira em geral. O que aconteceu várias vezes no campo político é essa bipolaridade, essa cisão em dois campos inimigos que não reconhecem no outro campo a cidadania ou a pertença à nação brasileira. Isso aconteceu em 1935, aconteceu entre 1961 e 1968, voltou a acontecer em 1989 com a campanha entre Collor e Lula, e extremou-se graças às redes sociais de 2013 até hoje. As redes sociais magnificaram uma intensa campanha de ódios pessoais, porque o momento é de divisão política profunda: quase metade do país acredita num candidato, mais de metade acredita noutro, e as duas partes consideram que a vitória da outra é o fim do Brasil, é o fim da democracia, da civilização ou da ordem social. Vêm na outra parte não um adversário com um projeto diferente para o país, mas um inimigo mortal.

O que é preocupante é a forma como esse ódio saiu da vida virtual e entrou, por exemplo, nas famílias e nas redes de amigos, provocando divisões inflamadas.

Sim, é uma característica nova que as redes sociais trouxeram à tona. Estimularam um ódio que estava dominantemente na Internet e que começou a aparecer também no mundo real, com assassinatos e violência motivados por divisões políticas. Não há chance de diálogo, é um diálogo de surdos, onde não se admite nenhuma crítica ao seu candidato e nenhum louvor ao outro candidato. Mas o clima da internet ainda é muito mais violento do que o clima geral, das ruas. A internet faz parecer que somos um país em guerra civil e nas ruas não é o que vemos. A nossa política sempre gerou essa violência, ainda que, ao contrário de Portugal ou dos Estados Unidos, nunca tenhamos eliminado um Rei ou um Presidente da República.

Bolsonaro foi hábil em levar a sua campanha para as redes sociais e capitalizar essa divisão profunda a seu favor.

Sendo ele um candidato novo, pertencendo a um partido que até agora era aquilo a que chamamos ‘nanico’, inexpressivo, e que agora é a segunda maior bancada na câmara dos deputados, a sua campanha conseguiu apostar muito mais em meios dinâmicos como as redes sociais do que nos programas de TV. Já ninguém vê propaganda política na televisão. Esta é uma campanha que está a acontecer essencialmente em grupos de WhatsApp, que passaram a ser considerados fontes de verdade. As fotomontagens e as fake news são vistas acriticamente, somos muito mais passionais do que racionais. Isto está insuportável. Você publica uma árvore dizendo que ela é o símbolo do Brasil e que o amarelo está florindo e alguém comenta: “É porque o PT não roubou esta árvore” ou “Com Bolsonaro essa árvore vai florir mais”. As pessoas estão monotemáticas e isso é um equívoco muito grave e que vai repetir-se durante bastante tempo. Pela primeira vez na História brasileira os jovens estão muito politizados, têm muitas opiniões, ainda que os eleitores no geral não tenham argumentos: as suas opiniões são postadas em bolhas epistémicas, bolhas de acesso à verdade, onde causam efeito de eco. Sentimos que todo o mundo está connosco porque só ouvimos quem está connosco. Talvez seja uma oportunidade para a nossa jovem democracia, que ressurgiu em 1985. O que é preocupante é que o estado democrático de direito não tem tantos entusiastas como tinha outrora. Pelo contrário, em nome do seu projeto as pessoas facilmente o sacrificariam.

Porque é que os brasileiros se desencantaram com a democracia?

É bastante claro que a formulação tradicional da nossa política, através de partidos, eleições reguladas, liberdade de imprensa, não representa mais a forma dinâmica como as pessoas querem ser representadas. A política é analógica e a nossa perceção do mundo é inteiramente digital. Abstrações como sistema e modo de governo pertencem a um debate intelectualizado, e o debate político do eleitor comum brasileiro é um pouquinho mais simples do que esse: ‘Lula deu-me Bolsa Família, ninguém tinha feito nada por mim antes, então voto em Lula, independentemente de qualquer denúncia de corrupção’; ‘Bolsonaro promete metralhar os bandidos, eu fui assaltado e odeio bandidos, então voto Bolsonaro, porque a democracia não garantiu a minha segurança’. Os argumentos são muito mais pessoais do que argumentos teóricos. Somos nós, os professores, os jornalistas, que falamos de princípios. Mas os princípios importam muito pouco à pessoa que está a pensar quanto vai custar abastecer o seu frigorífico, como é a segurança na cidade... Há um debate intelectualizado que não atinge a maioria, até porque temos analfabetos funcionais em grande quantidade. Democracia não é sinónimo de ética, mas de poder trazer à tona os deslizes éticos. Porque é que as empreiteiras afirmam que fazem o mesmo jogo sujo há três gerações e só apareceu agora? Porque agora temos democracia. No período militar não aparecia, então dizia-se que tudo era honesto, tudo era melhor. Não havia denúncias de corrupção na ditadura, e os escândalos da ditadura não apareciam na imprensa, como não aparecem hoje na Coreia do Norte ou em Cuba. As ditaduras não são transparentes, a democracia é. Por isso é que a democracia não causa esse entusiasmo, porque ela não traz o paraíso imediato que as pessoas querem. Tudo isso piorou porque temos pelo menos 13 milhões de desempregados e a crise económica acentuou-se. Se o dinheiro estivesse fluindo, se houvesse dinheiro para todos, a crise política não seria tão expressiva.

Os brasileiros estão a piscar o olho à possibilidade de regressarem a um regime militar?

Existe um equívoco: o governo de um militar não é necessariamente um governo antidemocrático. O Brasil teve um Presidente que era militar, Henrique Gaspar Dutra, que governou sendo famoso por ser fiel à Constituição de 1946, logo após a ditadura do nosso Estado Novo. Os EUA foram fundados pelo executivo de um general no ativo, George Washington. O voto universal foi instituído nos EUA por outro general, Andrew Jackson. E o governo de Eisenhower foi um governo de um militar, herói da Segunda Guerra, absolutamente democrático. Então, há uma fantasia que militar é o fim da democracia. Como nós, brasileiros, imitamos tardiamente modelos europeus e americanos, estamos a descobrir o apogeu da guerra fria, de direita vs esquerda, conservadores vs comunistas. Aquilo que terminou teoricamente em 1989 com a queda do Muro de Berlim, o Brasil acaba de descobri-lo com intensidade, acusando o outro de ser comunista ou fascista como supremo chingamento. Temos pouca habilidade na discussão de argumentos, porque temos uma tradição autoritária com pequenos hiatos democráticos, na qual o diálogo nunca foi o forte. Se tivesse de identificar qual é a maior herança que temos de Portugal, além da língua e da religião católica, diria que é o sebastianismo: um dia vai surgir um Presidente que resolva tudo, um líder sério, honesto e enérgico.

Entrevista de Nelson Marques em São Paulo – em Expresso | Na imagem: cartoon Bolsonaro (caceteiro)

Brasil já vota e escolhe... Ditadura ou democracia?



No Brasil, neste momento, as portas das secções de voto estão a ser abertas. Os eleitores entram para participar na corrida presidencial em que estão em disputa Jair Bolsonaro e Fernando Hadad. 

O primeiro, Bolsonaro, usando fraseologia que o conota com o racismo, a tortura, a violência, o assassinato, a aniquilação dos direitos humanos, o fascismo e a ditadura semelhante à dos coronéis que dominaram e reprimiram o Brasil por duas décadas, pelo menos. O segundo, Hadad, que deixa perceber a sua veia democrática e o respeito pelos direitos dos cidadãos e direitos humanos de acordo com a "carta" da ONU de que o Brasil é signatário.

No cartoon acima não restam dúvidas sobre os protagonistas em corrida e por que correm. Existe na imagem a percepção desenhada e evidente do que os brasileiros podem esperar da presidência de um e de outro. Compete aos eleitores brasileiros fazerem a escolha certa. O futuro democrático está nas suas mãos, ou não - rendendo-se à pesporrência, à ditadura bolsonarista. (TA) 

Brasil/Eleições | 40 mil brasileiros já votam em Portugal, milhões no Brasil ainda não


Os brasileiros vão hoje (28) às urnas. Bolsonaro e Hadad são os contendores, sendo que Bolsonaro ainda mantém maioria nas sondagens apesar de estar a cair nos valores enunciados enquanto Hadad vai somando mais pontos na percentagem.

Sondagens são o que são. Na realidade só os resultados oficiais contam para eleger este ou aquele candidato. O favoritismo vai para o candidato da extrema direita Bolsonaro mas o resultado de facto sobre quem foi eleito presidente do Brasil só se saberá daqui por mais de uma dezena horas no Brasil, cerca da meia-noite em Portugal, amanhã de manhã, segunda-feira, em Timor-Leste. A espera vai ainda ser relativamente longa.

Sobre o Brasil e as eleições também pode ler em Página Global - além da imprensa brasileira e portuguesa - matéria que talvez lhe interesse, atualizada o mais possível ao longo de todas estas horas de espera.

Entretanto deixamos aqui no TA os resultados da última sondagem efetuada pelo Ibope e veículada pela Agência Brasil. (TA)

Ibope: Bolsonaro tem 54% dos votos válidos e Haddad, 46%

Em última pesquisa do Instituto Ibope de intenção de voto para presidente, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 54% dos votos válidos (excluindo brancos, nulos e as pessoas que se manifestaram indecisas), contra 46% de Fernando Haddad (PT). A diferença entre eles caiu 8 pontos percentuais. No levantamento anterior, realizado no dia 23 de outubro, Bolsonaro havia registrado 57% e Haddad, 43% dos votos válidos. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Quando inclusos brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro tem 47% e Haddad, 41%. Brancos e nulos somam 10%, e os que não souberam ficam em 2%. Na pesquisa anterior, Bolsonaro tinha 50% e Haddad, 37%. Brancos e nulos somavam 10% e os que não souberam, 3%.

Na avaliação sobre a certeza da preferência pelos candidatos, os que com certeza votariam em Bolsonaro somam 39%. Os entrevistados que poderiam votar chegam a 10%. E os que não votariam de jeito nenhum somam 39%. As pessoas ouvidas que disseram não conhecer o presidenciável do PSL somam 11%, e os que não souberam ou não quiseram opinar ficam em 1%.

No caso de Haddad, os que manifestaram desejo de votar são 33%. Os que poderiam votar permaneceram em 12%. As pessoas que não votariam de jeito nenhum subiram de 41% para 44%. E os que preferiram não opinar ficaram em 2%. Os que não conhecem o candidato somam 10%.

A pesquisa entrevistou 3.010 pessoas nos dias 26 e 27 de outubro. O levantamento foi encomendado pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número BR-02934/2018.

Agência Brasil  Brasília | Edição: Carolina Pimentel

TL sei Izola-Aan Husi Mundu


DILI: Polítika ‘vinga-malu’ interna Timor-Leste ninian neineik sei lori nasaun ne’e ba dezastre boot. Desizaun Parlamentu Nasionál (PN) hodi lakohi aseita Xefe Estadu atu partisipa iha eventu internasionál sira hanesan asaun boikota ne’ebé Estadu Timor-Leste halo.

Ne’e duni, indiretamente neineik-neineik mundu tomak sei izola Timor-Leste, tanba laiha partisipasaun ba eventu importante sira.

Peskizadór Asia Justice and Rights (AJAR), Inocêncio de Jesus Xavier, hateten, desizaun ne’ebé deputadu PN hola ba Prezidente Repúblika (PR), Francisco Guterres ‘Lú Olo’, hodi kansela viajen Bali Indonézia hanesan rai ne’ebé izoladu iha mundu nia-matan.

“Desizaun ne’e bele izola ita nia rain TL husi mundu”, dehan nia, iha kna’ar fatin, Faról, horisehik.

Nia dehan, bainhira Prezidente Repúblika, Francisco Guterres ‘Lú Olo’ uza osan Estadu nian ba vizita partikulár ne’e deputadu sira bele hapara, maibé tanba konvite maka atu ba reprezenta Estadu laiha razaun atu hapara.

Tuir nia, razaun tanba kandidatu membru governu seidauk simu pose maka deputadu kansela viajen Prezidente Repúblika nian, ne’e desizaun ne’ebé la ajuda Estadu hodi lori Timor nia naran ne’e ba iha rai li'ur.

Nia dehan ema na’in sia ne’e maka ba tuur iha ministériu mós sei la muda Timor sai hanesan Singapura. Nune’e, iha matenek barak iha partidu CNRT nia laran hodi bele halo nomeasaun ba sira.

Ne’e duni, Inocêncio sujere, tenke interpreta prinsípiu separasaun podér ho prudente. Polítika bele halo iha eleisaun tempu kampaña maibé tempu to’o ona kaer ukun halo polítika Estadu ba nesesidade povu.

Iha fatin seluk, Koordenadór La’o Hamutuk (LH), Celestino Gusmão, hateten, desizaun PN nian hatudu sinál estabilidade polítika ladún di’ak iha Timor, liu-liu relasaun ho kolaborasaun órgaun soberanu sira nasaun nian.

Nia esplika, ne’e sinál instabilidade polítika ne’ebé bele prejudika mós ba OJE 2019 ne’ebé la kleur tan atu diskute iha Uma Fukun PN. Tanba Prezidente Repúblika nia pozisaun importante tebes hodi bele halo promulgasaun.

“Ita hotu espera katak Prezidente Repúblika labele halo kontra-atake ne’ebé bele kontribui ita nia estabilidade ne’e sai la di’ak liután”, hateten nia.

Afeta Polítika

Esterna Entretantu, observadór polítika husi Universidade Timor Lorosa’e (UNTL), Camilo Ximenes hatete, polítika nasaun nian iha buat rua ne’ebé tenke halo maka polítika esterna no interna.

Maski nune’e, haree ba vontade polítiku na'in sira nia iha uma fukun PN ne’e la hatudu sinál di'ak ida husi polítika esterna no interna, tanba iha rai laran mós sira ida-idak sempre defende interese partidáriu.

Iha nasaun ne’e Xefe Estadu mak ema númeru ida atu lori Estadu nia-naran ba halo kooperasaun bilaterál ho nasaun seluk, maibé nia-viajen ne’e sempre impede husi PN.

Tuir nia, situasaun polítika atuál presiza konsensu hodi hataan ba situasaun iha rai laran no rai li'ur, hanesan retifikasaun ba tratadu Fronteira Marítima, sosa asaun ConocoPhillips no adezaun ba ASEAN.

“Atu responde polítika esterna no interna hodi atinje objetivu polítika nasaun nian sira tenke hamutuk”, dehan nia, iha Kampus UNTL, Kaikoli, horisehik.

Nia hatete, konferénsia internasionál ida iha Amérika tuir loloos PR tenke prezensa maibé la akontese, hanesan mós iha Bali, nune’e bele hametin relasaun ho nasaun sira iha ASEAN hodi fortifika polítika Timor nian atu adera ba organizasaun ASEAN, maibé infelizmente deputadu sira la fó aseitasaun.

Iha fatin hanesan, observadór polítika husi UNTL, Vitor Soares hatete, kanselamentu viajen PR nian ne’e hanesan polítiku kontra polítiku, tanba Xefe Estadu pondera naran membru governu na’in sia entaun PN mós deside kansela viajen.

Atu hametin soberania tuir loloos ne’e órgaun soberania haat ne’e tenke hamutuk hodi hala’o ida-idak nia funsaun tuir konstituisaun haruka.

“Konvite tolu ne’ebé mai husi Portugál, Amérika no Indonézia Estadu la responde ne’e ita lakon pontu boot husi relasaun polítika esterna nian”, dehan nia.

Prosesu diplomasia iha rai li'ur ne’e lider nasionál sira hatene di'ak tanba uluk sira hakarak atu hasoru hasoru diplomata importante ruma difisil tebes, maibé ohin loron sira rasik konvida maibé la ba.

Cristina Ximenes | Independente

UPF Susar Kontrola Ema Hatama Minarai Ilegal


DILI: Unidade Polisia Fronteira (UPF) rekoñese hetan difikuldade atu kontrola atividade ilegal ne’ebé mosu iha area fronteira rai-maran, liu-liu kona-ba hatama mina ilegal.

Komandante UPF, Superintendente João Belo dehan, atividade hatama mina ilegal nu’udar obstaklu boot ida ne’ebé mak UPF hasoru to’o ohin loron.

“Ami kontrola iha fatin ida ema hatama fali husi fatin seluk, ne’ebé ami arraska uitoan,” deklara nia iha Kuartel Jeral Polisia Nasional Timor Leste (PNTL), Kaikoli, Dili, Kinta (25/10).

Tuir nia, ema kontinua hatama minarai ilegal tanba governu la kria sistema di’ak atu hatama ho legal hodi bele sustenta komunidade sira ne’ebé presiza tebes minarai.

Durante ne’e, nia hatutan, UPF uza meius oioin atu kontrola atividade ilegal, maibé ema muda tun-sa’e fatin hodi hasees an husi kontrolu UPF nian.

“Minarai (ilegal) tama husi tasi agora dadaun maka’as. Hahú husi Palaka mai Loes, Maliana, Suai no Oekusi parte Oesilo,” dehan nia.

Maske nune’e, Komandante ne’e dehan nia parte kontinua esforsu hodi asegura fronteira husi atividade ilegal.

Tuir dadus, husi Janeiru to’o Outubru tinan ne’e, UPF konsege prende ona minarai ilegal hamutuk tonelada 36.

Entertantu, kona-ba rekursu umanu, Komandante ne’e dehan númeru membru UPF ki’ik liu kompara ho unidade sira seluk, tan ne’e membru ne’ebé koloka iha iha baze dala-barak la to’o tarjetu ne’ebé mak planeia.

“Kada postu ita iha de’it membru menus husi na’in 10. Distansia kontrolu kada postu tenke atinze kilometru 10. (maibé) Ita (UPF) koloka ema ida kada kilometru ida, ne’e defisil,” dehan nia.

Tan ne’e, nia husu atu aumenta númeru membru efetivu UPF nune’e bele apoiu di’ak liu tan servisu fronteia nian.

Tomé Amado | Independente

China e Japão assinam em Pequim dez acordos de cooperação bilateral


Pequim, 26 out (Lusa) -- A China e o Japão assinaram hoje, em Pequim, dez acordos nas áreas financeira e comércio, e reafirmaram o compromisso de trabalharem pela estabilidade da região, após anos de tensão em torno de disputas territoriais.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, reuniu hoje com o seu homólogo chinês, Li Keqiang, no Grande Palácio do Povo, na primeira visita bilateral de um líder japonês a Pequim em quase sete anos, no âmbito da qual os acordos foram assinados.

O Banco do Povo Chinês (banco central) e o Banco do Japão assinaram um acordo para fortalecer a cooperação e melhorar a estabilidade financeira em ambos os países.

O documento prevê que, até 2021, as duas instituições realizem trocas nas respetivas moedas locais, num valor máximo de 200.000 milhões de yuan (25.300 milhões de euros).

Cerca de 500 líderes empresariais japoneses acompanham Abe na visita a Pequim, que inclui a organização de um fórum China-Japão para cooperação em terceiros países, "à luz da crescente influência internacional da China e da ida de empresas chinesas para o exterior", segundo explicou fonte do governo japonês aos jornalistas, esta semana, na embaixada japonesa em Pequim.

Desporto, inovação ou comércio são as outras áreas abrangidas pelos acordos hoje assinados.

Os dois líderes abordaram ainda a desnuclearização da Coreia do Norte, com Li Keqiang a manifestar a disposição de Pequim para manter relações de longo prazo com Tóquio, visando manter a estabilidade regional.

"Temos objetivos e responsabilidades comuns", sublinhou Abe, por sua vez, numa conferência de imprensa conjunta com Li.

O primeiro-ministro japonês assegurou ainda que o seu governo deseja "normalizar" as relações diplomáticas com Pyongyang.

Abe reunirá ainda hoje com o Presidente chinês, Xi Jinping.

As visitas de alto nível entre os dois países estavam suspensas desde 2012, quando o Japão nacionalizou as ilhas Senkaku (Diaoyu para os chineses), no mar do Leste da China, levando a protestos violentos na China e a uma queda do investimento japonês no país vizinho.

As relações entre Pequim e Tóquio continuam marcadas pelo persistente ressentimento da China face à invasão e ocupação pelo Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, e uma rivalidade por influência política, militar e económica na Ásia.

No entanto, as trocas comerciais entre o Japão e a China atingiram cerca de 300.000 milhões de dólares (263.000 milhões de euros), no ano passado. Desde fabricantes de automóveis a processadores de alimentos, os grupos japoneses são importantes atores no mercado chinês.

JPI // ANP

Miguel Oliveira não se sentiu "confortável" devido ao vento na qualificação do GP da Austrália de Moto2


Melbourne, Austrália, 27 out (Lusa) - O piloto português Miguel Oliveira ficou "desiludido com o resultado" conseguido hoje na sessão de qualificação para o Grande Prémio da Austrália de Moto2, em que terminou no 20.º lugar.

Em declarações divulgadas pela equipa, o piloto da KTM confessou ter sentido dificuldades devido às condições climatéricas instáveis no circuito de Phillip Island.

"Foi uma sessão de qualificação difícil. O vento aumentou e não me senti confortável na mota. Tornou-se muito difícil fazer as curvas", explicou Oliveira, que registou a pior qualificação da temporada.

"Estou desiludido com este resultado. Não é nada do que estava à espera depois das boas indicações deixadas nos treinos livres. Mas agora é tempo de levantar a cabeça e conseguir o melhor resultado possível na corrida", concluiu o piloto da KTM, segundo classificado no campeonato de Moto2, a 37 pontos do italiano Francesco Bagnaia, que também não foi além do 16.º lugar da grelha.


Miguel Oliveira é o piloto que mais lugares recuperou entre a qualificação e a corrida este ano, com 109 posições ganhas em 16 provas disputadas.

Em MotoGP, o já campeão Marc Márquez, em Honda, conquistou a sexta pole position da temporada, imitando o seu compatriota líder em Moto3, o espanhol Jorge Martin.

AGYR // JPS

Ex-chefe militar dos EUA admite guerra com a China dentro de 15 anos


O tenente-general retirado Ben Hodges afirmou que os aliados europeus terão de fazer mais para garantirem a sua própria defesa perante uma ressurgente Rússia, porque os EUA vão precisar de dar mais atenção à defesa dos seus interesses no Pacífico

O antigo comandante das forças militares dos Estados Unidos da América (EUA) na Europa admitiu quarta-feira que é muito provável que os norte-americanos e a China estejam em guerra dentro de 15 anos.

O tenente-general retirado Ben Hodges afirmou que os aliados europeus terão de fazer mais para garantirem a sua própria defesa, perante uma ressurgente Rússia, porque os EUA vão precisar de dar mais atenção à defesa dos seus interesses no Pacífico.

“Os EUA precisam de um pilar europeu muito forte. Penso que dentro de 15 anos – o que não é inevitável –, é muito provável que estejamos em guerra com a China”, declarou Ben Hodges, numa sala cheia durante o Fórum de Segurança de Varsóvia, Polónia, um encontro de líderes e analistas políticos e militares da Europa Central.

“Os EUA não têm a capacidade para fazer tudo o que têm de fazer na Europa e no Pacífico para lidarem com a ameaça chinesa”, disse Hodges.

Este militar norte-americano chefiou as forças dos EUA na Europa entre 2014 e o ano passado.

Agora, é analista de estratégia no Centro de Análise da Política Europeia (Center for European Policy Analysis), um instituto de investigação baseado em Washington, nos EUA.

Apesar da mudança de prioridades geopolíticas, Ben Hodges considerou que o compromisso dos EUA com a NATO é “inabalável”, apesar das declarações de Trump.

Hodges disse à The Associated Press que um recente quase choque entre um ‘destroyer’ norte-americano e um vaso de guerra chinês foi apenas um sinal que aponta para “uma relação crescentemente tensa e uma concorrência cada vez mais forte em todos os domínios”.

Outros sinais são “os constantes roubos de tecnologia” por parte da China e a forma como a China está a ganhar o controlo das infraestruturas através do financiamento de projetos em África e na Europa, acrescentou, detalhando que na Europa a China já possui mais de 10% dos portos.

Lusa | em Expresso | Foto: Petras Malukas/Getty Images