segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Governu sei apoiu orsamentu ba LFA

DILI, 30 jullu 2020 (TATOLI) -- Sekretáriu Estadu Juventude no Desportu iha ona planu sei apoiu orsamentu ba Liga Futeból Amadora hodi realiza liga iha époka 2020.

Sekretáriu Estadu Abrão Saldanha, hateten sei buka meiu oinsá atu tulun orsamentu ba LFA hodi implementa eventu ne’e iha antes tinan 2020 nia rohan.

“LFA ne’ebé mak la’o ona ne’e Governu nafatin fó apoiu, maibé problema mak orsamentu agora daudauk, entaun ami tenta hela oinsá mak atu hetan osan ruma para bele fó apoiu ba liga ne’e,”tenik Governante ba Tatoli iha Lecidere Dili, kinta ne’e.

SEJD iha orsamentu duodesimu maibé foka ba rekuperasaun ekonomia tanba ne’e laiha orsamentu atu aloka ba LFA iha tempu agora.

Entretantu, estrutura LFA nian daudauk ne’e halo hela preparasaun hodi realiza kongresu iha loron 15 fulan-agostu hodi hili Prezidente ho ninia estrutura foun ba period tinan haat hodi lidera LFA. LFA oras ne’e lidera husi Nilton Gusmão durante periodu tinan haat ona.

TATOLI | Jornalista: Hortencio Sanchez | Editór: Agapito dos Santos | Imajen: Egas Cristovão

Notísia Relevante:

Agostu,LFA Realiza Kongresu

FFTL-LFADeskute Planu Ajustamentu ba Dezenvolvimentu Futeból

Governu sei halo pagamentu subsídiu ba reklamante sira iha fulan ne’e

DILI, 03 agostu 2020 (TATOLI) -- Governu liuhosi Ministériu Solidaridade Sosiál no Inkluzaun (MSSI) sei halo pagamentu ba subsídiu $200 ba reklamante sira iha fulan agostu ne’e bainhira prosesu avaliasaun ba dadus reklamasaun sira-ne’e ramata ona.

“Ha’u espera no tenta katak iha fulan agostu ne’e ita sei halo pagamentu ba ita-nia reklamante sira bainhira prosesu avaliasaun ba dadus reklamasaun sira ne’e ramata ona,” dehan Diretór Jerál Ministériu Solidaridade Sosiál no Inkluzaun, Rui Manuel Gago Exposto, ba Agência TATOLI iha nia knaar fatin MSSI, Caicoli, Dili, segunda ne’e.

Tanba, nia hateten, prosesu verifikasaun reklamsaun ba reklamante sira kuaze atu ramata ona no hein prosesu avaliasaun hosi Ministériu Administrasaun Estatál (MAE) no MSSI nian.

“Mekanizmu pagamentu subsídiu ne’e ita sei involve mós Ministériu Administrasaun Estatál (MAE) no MSSI, tanba bainhira ita halo prosesu avaliasaun ba reklamante sira mak foin deside katak hosi reklamante 14.175 ne’e, sé mak elizivél atu simu no sé mak la elizivél,” nia dehan.

Diretór Jerál MSSI ne’e hateten, to’o agora seidauk iha númeru hira mak elizivél atu simu no hira mak lae, tanba avaliasaun ida-ne’e sei hala’o bazeia ba dekretu lei númeru 15 tanba seidauk hatene ema hira loloos mak elizivél.

“Bainhira ita hatene ona katak hira mak elizivél entaun ita mós hatene ona osan hira mak sei selu ba reklamante sira. Tanba ne’e, ita sei hein bainhira ekipa avaliasaun halo avaliasaun ba reklamasaun ne’e ramata ona,” diretór MSSI ne’e hateten.

Nia dehan, ema ne’ebé mak elizivél atu simu pagamentu ne’e signifika xefe família hatama sira-nia dokumentu ba xefe suku no xefe aldeia iha loron 08 maiu 2020, entrega ba iha nasionál maka sei konsidera katak sei hetan sira-nia direitu.

“Ita atu dehan katak ema ne’ebé mak elizivél atu simu subsídiu $200 ne’e, hatama ona dokumentu ka fixa família ba iha nasionál hafoin xefe suku no xede aldeia halo verifikasaun ba iha loron 8 maiu 2020, ne’e ita konsidera sira-nia direitu ba pagamentu ne’e.

Maibé fixa família mak to’o iha 8 maiu latama iha nasionál, maka nia sei la hetan nia direitu,” nia hateten.

TATOLI | Jornalista: Osória Marques Editór: Cancio Ximenes | Imagem: António Gonçalves

Notísia Relevante: Horisehik, Ekipa Verifikasaun MSSI Hatama Ona Dadus ReklamasaunHamutuk 10.236

Horta e Alkatiri consideram desnecessário estado emergência em Timor-Leste

Díli, 03 ago 2020 (Lusa) -- O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta e o líder do maior partido, a Fretilin, Mari Alkatiri, consideraram hoje desnecessária a declaração do estado de emergência, considerando haver medidas alternativas que o Governo pode tomar.

"As medidas de prevenção e controlo podem ser tomadas mesmo sem estado de emergência. Temos uma adesão a convenções internacionais que permitem essas medidas administrativas", afirmou à Lusa Mari Alkatiri, secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), maior partido do Governo.

"Não sou contra o estado de emergência, porque é uma decisão de três órgãos de soberania. Mas há alternativas ao estado de emergência e têm que ser urgentemente aplicadas", defendeu.

Mari Alkatiri recordou que o sistema de saúde timorense "está capacitado para prevenir, mas não para combater uma eventual onda de casos da covid-19" no país.

"Se entrarem dois ou três infetados, como vai ser? O nosso sistema de saúde não consegue combater um surto. Com apenas quatro ventiladores, como faremos?", questionou.

Opinião ecoada pelo ex-Presidente da República, José Ramos-Horta, que disse à Lusa que "não é necessário voltar a proclamar o estado de emergência" para "implementar medidas de prevenção, nomeadamente maior e melhor controlo de entradas e saídas" em Timor-Leste.

"Medidas de prevenção como lavar as mãos, usar máscaras, continuar a limitar grandes aglomerações de pessoas - seja de natureza política, cultural, desportiva -- é possível sem o estado de emergência", referiu Ramos-Horta.

"O Governo tem de tomar a liderança e apelar para o comportamento cívico das pessoas. O lavar as mãos, por exemplo, é um comportamento cívico de saúde pública, mas  mesmo que imponha estado de emergência, vai continuar a ser direito da pessoa lavar ou não", disse.

Ramos-Horta disse que se trata, por isso, de "uma importante questão de liderança" da parte do Governo, insistindo que mesmo sem estado de emergência se pode aplicar a quarentena.

"A constituição mandata o Presidente, o Governo e as autoridades a velar pela saúde pública. Isto é uma questão de saúde publica. E as pessoas sabem que para entrar é necessário quarentena", afirmou.

"O Território Norte da Austrália não declarou o estado de emergência, mas obriga à quarentena. São decisões do Governo e das autoridades de saúde", disse.

O ex-chefe de Estado disse que é preciso "maior controlado no aeroporto e determinar que quem entra no país tem que ir a quarentena" e defende até, eventualmente, que as pessoas tenham que pagar os custos dessa quarentena.

Ramos-Horta afirou que o facto do Governo recorrer ao estado de emergência como medida de prevenção, permite depois que isso "levante suspeitas, desconfianças e acusações de que haverá outras intenções políticas" por trás da decisão.

O líder histórico timorense defendeu ainda que deveria ser feita uma auditoria "urgente" a "todos os dinheiros gastos durante os três meses de estado de emergência", para que o público saiba "o que foi gasto, como foi gasto e se houve justificação".

Numa mensagem no Facebook, referente ao tema, Ramos-Horta considerou que "a incompetência operacional e incapacidade de liderança estratégica não se resolvem com imposições de estado de emergência".

Os comentários surgem depois do Governo agendar para hoje uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros que tem como único ponto a "Deliberação da proposta ao Presidente da República para declaração do estado de emergência perante as ameaças da covid-19", segundo uma nota de agenda.

Timor-Leste está sem casos ativos de covid-19 desde 15 de maio, mas o país tem assistido a um aumento no número de chegadas, quer pela fronteira terrestre, quer nos poucos voos, 'charter', que estão a operar.

ASP//MIM

Governo timorense lança concurso para monumento ao massacre de Santa Cruz

Díli, 03 ago 2020 (Lusa) -- O Governo timorense lançou o concurso para a construção de um movimento em memória do massacre de Santa de Cruz, de 12 de novembro de 1991, que vai ser edificado no Cemitério de Santa Cruz, em Díli.

O projeto, que inclui preparação, instalação e construção do monumento, não detalha o valor da obra, mas explica que só podem concorrer empresas com experiências em dois contratos idênticos no valor estimado de um milhão de dólares cada.

Criado pelo estúdio timorenses Fihir Design e Arquitetura -- num projeto dos arquitetos Flávio Miranda e Tiago Guterres e com o gestor Fernando Soares -, o projeto começou a ser pensado há vários anos para coincidir com os 20 anos do massacre, mas o concurso só agora foi lançado pelo Ministério dos Antigos Combatentes da Libertação Nacional, devendo as empresas interessadas apresentar propostas até 07 de setembro.

A 12 de novembro de 1991 realizou-se uma missa e cerimónia em homenagem de Sebastião Gomes, morto por elementos ligados às forças indonésias uns dias antes no bairro de Motael, e milhares de pessoas dirigiram-se até ao cemitério de Santa Cruz.

Durante o percurso alguns abriram cartazes e faixas de protesto. As forças indonésias responderam com extrema violência, matando mais de 250 pessoas.

As imagens do massacre de Santa Cruz, recolhidas pelo jornalista inglês Max Stahl e que, para muitos marcaram um momento de viragem na questão de Timor-Leste saíram de Díli, dois dias mais tarde, a 14 de novembro de 1991, graças à intervenção da holandesa Saskia Kouwenberg, que escondeu a cassete numa 'bolsa' improvisada entre duas cuecas cosidas uma à outra, conforme contou à agência Lusa.

Segundo dados facultados à Lusa pelos responsáveis do projeto, trata-se de criar no local "um conjunto escultórico representativo e de memória de todos aqueles que perderam as suas vidas na luta pela libertação do povo timorense da opressão indonésia em território nacional".

O objetivo da equipa da Fihir é construir um monumento que capture vários dos momentos do massacre de 1991, registados nas imagens de Max Stall, com um "conjunto escultórico que transmita de forma simples o momento vivido (luta, movimento, velocidade, pânico, cardíaco, fôlego, sangue, morte, esperança de um povo pela sua liberdade".

Engloba ainda um conjunto escultórico com alturas variadas que poderão atingir os 2.3 m de altura, em que se representam pessoas "sem caras de forma a representar todos os timorenses sem exceção".

Estas esculturas em bronze estarão assentes numa estrutura em betão armado, revestido com painel de mármore branco de dimensões várias.

A cinco metros da entrada principal vai ser feito um painel de bronze, encastrado no pavimento, que "representa o momento em que os militares indonésios começaram a disparar contra os jovens manifestantes gerando pânico no portão principal de acesso ao interior do Cemitério de Santa Cruz.

Já no interior do cemitério irá ser criado também um conjunto escultórico, em mármore proveniente das pedreiras de Manatuto e esculpidas em Timor-Leste.

"Estas esculturais estão dispostas ao longo do percurso entre a entrada principal e a Capela de Pai Nosso encenando o dia em que centenas de jovens correram pelas suas vidas", explica o documento do projeto.

ASP//MIM

Aban, Governu halo deliberasaun proposta ba pedidu deklarasaun EE

DILI, 02 agustu 2020 (TATOLI) -- Tuir ajenda ne’ebé fó sai hosi Gabinete Primeiru-Ministru (GPM), aban sei realiza Konsellu Ministru estraordinária hodi halo deliberasaun proposta ba pedidu deklarasaun Estadu Emerjénsia (EE) hosi Governu ba Prezidente Repúblika ligadu ho surtu COVID-19 iha Timor-Leste.

“Pontu úniku, deliberasaun proposta ba Prezidente Repúblika kona-ba deklarasaun Estadu Emergénsia perante ameasa hosi COVID-19,” haktuir ajenda hosi GPM ne’ebé Agência Tatoli asesu, domingu ne’e.

Tuir ajenda ne’e, Governu sei halo deliberadaun ne’e iha tuku 3 lorokraik, ne’ebé sei prezide hosi Xefe Governu iha salaun Ministériu Finansa (MF), Aitarak-Laran.

Iha parte dader, Governu sei realiza retiru ba datoluk ne’ebé sei partisipa hosi membru Governu sira hotu no retiru ne’e rasik hala’o iha salaun MF, iha dadersan tuku 10.

Iha loron 27 jullu, Prezidente Repúblika veta Dekretu Vijilánsia Epidemiolójika no Sanitária ba resposta COVID-19 hafoin hakotu EE faze datoluk hosi Governu.

Rejime jurídiku ne’e, fó biban ba Governu atu hatuur regra proteje no promove saúde públika, liuliu kona-ba moras sira ne’ebé hada’et hosi ema ba ema (infeto-kontajioza).

Xefe Estadu hatán ba Governu katak, medida iha Dekretu-Lei ne’e limita direitu, liberdade no garantia ne’ebé Konstituisaun RDTL fó ba ema ne’ebé tuir loloos Parlamentu Nasionál mak iha kompeténsia ba halo ida ne’e, la’ós Governu.

Tribunál Rekursu, liuhosi akórdaun fó-sai iha 22 jullu 2020, entende katak, Dekretu-Lei ne’e atu limita direitu, liberdade no garantia fundamentais ema-nian no afirma katak la’ós Governu mak iha kbiit atu regula asuntu ida-ne’e liuhusi Dekretu-Lei.

Órgaun soberania ne’ebé iha kbiit ba limita direitu, liberdade no garantia fundamentais mak Parlamentu Nasional no Parlamentu de’it mak bele regula liuhosi lei.

Antes ne’e, Xefe Estadu dekreta EE faze dahuluk ba loron-30, ne’ebé hahú entra ein vigór iha 28 marsu hahú oras 00:00 to’o 26 abríl 2020 oras 23:59, atu fó dalan ba Governu implementa médida espesífiku sira hodi prevene propagasaun COVID-19.

Haree ba nesesidade atu estende, Xefe Estadu promulga estensaun EE períodu daruak ho durasaun loron-30 tuir pedidu Govenu.

Nune’e, iha loron 27 abríl, Prezidente Repúblika liuhosi Dekretu Prezidensiál númeru 32/2020 promulga estensaun EE períodu daruak ho durasaun loron-30, hahú husi oras 00.00 loron 28 abríl to’o oras 23:59 27 maiu 2020.

Ikus liu, EE ba períodu datoluk implementa iha oras 00:00 loron 28 maiu to’o oras 23:59 loron 26 juñu 2020.

Hafoin EE datoluk ramata, Governu la halo renovadaun tanba kazu ativu iha Timor-Leste laiha ona.

Hafoin Timor-Leste rejista kazu pozitivu COVID-19 dahuluk iha 21 marsu 2020, kazu ikus liu rejista iha 24 abríl ho totál konfirmadu na’in-24 no provável na’in-haat.

Enkuantu, iha loron 15 maiu, liuhosi Sala Situasaun, Sentru Integradu Jestaun Krize (CIGC, sigla portugés) deklara pasiente konfirmadu no provável rekuperadu hotu ona.

Kazu konfirmadu ne’ebé rejistadu iha Timor-Leste hanesan kazu importadu husi sidadaun ne’ebé halo viajen husi nasaun afetadu COVID-19 no Tama mai Timor-Leste liuhosi dalan fronteira terrestre no aeroportu

TATOLI | Jornalista: Antónia Gusmão | Editor: Julia Chatarina | Imajen: Egas Cristovão

WFP: Oekusi Okupa Númeru Dahuluk Ma-nutrisaun

Dili -- World Food Program (WFP) identifika númeru ma-nutrisaun  iha munisípiu neen. No Rejiaun Autónomu Espesiál Oekusi Ambeno (RAEOA) maka okupa númeru dahuluk.

Diretór WFP, Dageng Liu ba Jornalista sira iha Timor Plaza, Kuarta (29/07/2020), haktuir, tuir fali Oekusi maka munisípiu Ermera, Baukau, Manufahi, Bobonaru no Dili.

Atu hamenus ma-nutrisaun iha Timor Leste liuliu munisípiu neen ne’ebé temi, Dageng informa, WFP servisu hamutuk ho KONSSANTIL no Ministériu Edukasaun, Ministériu Finansas, Ministériu Agrikultura no Peskas, Ministériu Solidariedade Sosial no Ministériu Estatal.

Dageng dehan, xave dahuluk liu maka parte sira hotu tenke tervisu maka’as atu hasa’e produsaun foos lokal hodi nune’e bele distribui ba merenda eskolár no bele mós sai kondumu ba populasaun tomak.

Dageng subliña, foos lokal maka iha nutrisaun di’ak liu.

WFP hahú lansa programa ne’e iha tinan 1999 iha Timor Leste, ho orsamentu millaun US$26.4, hodi opoiu ai-han ba vítima sira ne’ebé susar liu, no distribui ai-han liu husi aviaun ba Timoroan sira ne’ebé fila husi Timor Osidental. (Mj2)

TimorPost

Governo timorense reúne segunda-feira para pedir estado de emergência

Díli, 02 ago 2020 (Lusa) -- O Governo timorense reúne extraordinariamente o seu Conselho de Ministros na segunda-feira para aprovar o pedido ao Presidente da República para declaração do estado de emergência devido à covid-19.

A reunião extraordinária faz parte da agenda do primeiro-ministro, divulgada hoje pelo gabinete de Taur Matan Ruak.

"Deliberação da proposta ao Presidente da República para declaração do estado de emergência perante as ameaças da covid-19", refere a nota de agenda.

A declaração do estado de emergência será o quarto período de estado de exceção desde o início da pandemia, já que o país esteve nesta situação entre final de março e final de junho, por três períodos consecutivos de 30 dias.

Em declarações à Lusa na semana passada o vice-primeiro-ministro, José Reis, admitiu a possibilidade da declaração do estado de emergência para que o Governo possa manter as restrições de prevenção e controlo da doença.

Em particular o Governo quer ter enquadramento legal para poder continuar a obrigar quem chega ao país a cumprir quarentena obrigatória.

O processo terá ainda que passar pelo Presidente da República, que tem que pedir autorização ao Parlamento.

Se for concedida, o chefe de Estado decreta o estado de exceção e o Governo aprova as medidas que considere necessárias.

O recurso ao estado de emergência é necessário depois de o Presidente timorense ter vetado, por inconstitucionalidade, um decreto-lei do Governo que pretendia implementar medidas de controlo epidemiológico e sanitário com impacto nos direitos dos cidadãos.

"Foi vetada esta lei e por isso agora o Governo tem que ver o que fazer", disse José Reis.

"Uma opção é (...) avançar de novo com o estado de emergência para limitar alguns direitos, no campo de fronteiras e de quarentena obrigatória", por exemplo, indicou.

Com o fim do estado de emergência em Timor-Leste, há mais de um mês, o Governo deixou de ter enquadramento legal para poder aplicar as restrições que vigoravam, nomeadamente a de quarentena obrigatória.

Ainda assim quem chega ao país tem obrigatoriamente que cumprir um autoconfinamento ou quarentena em infraestruturas governamentais.

O Governo aprovou alterações à Lei de Imigração e à Lei de Saúde que podiam permitir essas restrições, mas os diplomas ainda têm que passar pelo Parlamento, que termina o período de trabalho legislativo nesta sexta-feira. Os trabalhos são retomados em setembro.

Por aprovar está também um outro diploma conjunto dos ministérios do Interior, dos Negócios Estrangeiros, da Saúde e dos Transportes e Telecomunicações para definir as regras a aplicar depois do fim do estado de emergência.

O veto do Presidente de Timor-Leste, Francisco Guterres Lu-Olo, surgiu depois de o Tribunal de Recurso considerar o diploma inconstitucional porque "pretende legislar sobre matéria da competência do Parlamento Nacional", sem apresentar qualquer autorização deste órgão.

Em causa estavam várias medidas no campo epidemiológico e sanitário que permitem manter vigilância acrescida à covid-19, especialmente nas fronteiras do país, depois do fim do estado de emergência.

Timor-Leste está sem casos ativos de covid-19 desde 15 de maio, mas o país tem assistido a um aumento no número de chegadas, quer pela fronteira terrestre, quer nos poucos voos, 'charter', que estão a operar.

ASP // EA

Timor-Leste vai aumentar postos de policiamento na fronteira

Díli, 02 ago 2020 (Lusa) -- As autoridades timorenses querem reforçar o controlo na fronteira terrestre com a Indonésia e deverão aumentar o número de postos de policiamento fronteiriço, disse à Lusa o vice-ministro do Interior.

"Trata-se de medidas para reforçar o policiamento e o controlo nas fronteiras como medida de prevenção da covid-19", referiu Antonio Armindo, vice-ministro do Interior, que esteve este fim de semana a visitar a região da fronteira com a metade indonésia da ilha.

Nos últimos meses as autoridades têm detetado a entrada ilegal de cidadãos quer timorenses quer estrangeiros no país, com os cidadãos timorenses identificados a serem canalizados para locais de quarentena do Governo e os estrangeiros a serem deportados.

"Apesar das medidas, o reforço do controlo e do policiamento é necessário", referiu.

Antonio Armindo explicou que ao longo da fronteira, entre a costa norte e a costa sul, deverão ser criados "três ou quatro novos postos".

Acompanhado do comandante da Unidade de Patrulhamento da Fronteira (UPF), o superintendente João Sancho Pires, o vice-ministro inteirou-se das condições dos efetivos que estão destacados naquela zona do país.

O membro do Governo sublinhou a importância da colaboração entre os efetivos policiais e as comunidades locais.

Oficialmente, a fronteira terrestre entre a Indonésia e Timor-Leste abre apenas duas horas por semana, às quartas-feiras, com um número crescente de pessoas a utilizar esse período para entrar no país.

ASP // EA