sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Após três dias, EUA ainda não conhecem Presidente. Será hoje?

Os Estados Unidos continuam sem saber quem vai ser o próximo inquilino da Casa Branca

À medida que as horas vão passando, e os votos sendo contados, Joe Biden vai alargando a sua vantagem em relação a Donald Trump. Porém, tudo continua em aberto, ainda que não haja indícios de que possamos assistir a uma reviravolta nos resultados até agora conhecidos.

Recorde-se que são necessários 270 votos do colégio eleitoral para garantir a presidência dos Estados Unidos. Dados atualizados da Fox News, dão conta de que Joe Biden conta com 264 delegados, contra 214 de Trump. Falta neste momento, concluir a contagem em cinco estados, nomeadamente: Nevada, Pensilvânia, Georgia, Carolina do Norte e Alaska.

Donald Trump continua a alegar que existe fraude nas eleições deste ano. Há poucos minutos, o republicano recorreu ao Twitter para mostrar o seu descontentamento com o rumo que as eleições estão a tomar, afirmando que se "esta contagem fosse legal, venceria facilmente" as presidenciais.

Joe Biden afirmou, esta quinta-feira, 5, que "não tem dúvidas" de quando a contagem terminar, que o partido democrático será o vencedor. "Cotinuamos a sentirmo-nos muito confiantes quanto ao rumo que isto está a tomar", afirmou o candidato, acompanhado por Kamala Harris.

Vídeos e comentários publicados por manifestantes na rede social Twitter dão conta de um forte dispositivo policial, em Nova Iorque, que em muitos casos não se compara à escassa presença de civis, depois de detenções alegadamente arbitrárias e utilização de técnicas de intimidação e dispersão.

Media contra discurso de Trump. Algumas das principais estações de televisão dos Estados Unidos, como ABC, CBS e NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre, enquanto a Fox News, referência informativa do Partido Republicano, desmentiu as alegações de Donald Trump. Em causa estão as constantes acusação de fraude eleitoral, referidas por Donald Trump.

Vários republicanos afastaram-se das tentativas de Donald Trump declarar vitória sem fundamento e parar a contagem de votos em vários Estados, deixando-o sem aliados importantes enquanto continua atrás de Joe Biden na disputa eleitoral.

Os juízes na Geórgia e Michigan rejeitaram os processos judiciais apresentados pela campanha de Donald Trump, contrariando a estratégia de ataque à integridade do processo eleitoral em estados cujos resultados podem ditar a derrota do presidente nas eleições.

O Notícias ao Minuto continua a acompanhar todo o processo, naquele que se considera poder ser o dia decisivo para saber quem é o próximo presidente dos Estados Unidos. Leia mais em Notíciasao Minuto.

Andreia Pinto | Notícias ao Minuto (texto parcial) | Imagem: Reuters

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Televisões cortam discurso de Trump e desmentem presidente, Fox incluída

Algumas das principais estações de televisão dos Estados Unidos, como ABC, CBS e NBC, cortaram o discurso do Presidente no horário nobre, enquanto a Fox News, referência informativa do Partido Republicano, desmentiu as alegações de Donald Trump.

A divisão no canal de notícias conservador está a aprofundar-se cada vez que Trump repete as alegações de fraude eleitoral.

"Não vimos nada que constitua fraude ou abuso do sistema", disse o correspondente da Casa Branca para a Fox News, John Roberts, em direto, da mesma sala de imprensa em que o Presidente falara segundos antes.

Nos estúdios, em Nova Iorque, os apresentadores repetiam continuamente. "Não vimos nenhuma prova".

Horas depois, em programas de opinião noturnos, a apresentadora da Fox News, Laura Ingraham, deu uma volta de 180 graus e questionou num editorial o facto do voto pelo correio ser contado, afirmando que "a América deve encontrar o vencedor na noite das eleições ou na manhã seguinte".

A mesma estação, o canal pago de notícias mais assistido, foi palco de grande tensão na noite da eleição de terça-feira, depois de declarar o rival de Trump, o democrata Joe Biden, vencedor do Arizona, antes que outros 'media' o fizessem.

A diferença de critérios na programação da Fox News reflete a tensão editorial que existe entre os jornalistas de uma empresa que vive um dilema: decidir entre continuar a apoiar a deriva do discurso de Trump ou a verificação das suas denúncias contra o sistema eleitoral.

EUA com mais de 1.200 mortos e de 120 mil casos, novo máximo diário

Os Estados Unidos registaram na quinta-feira mais de 1.200 mortos e um recorde diário de mais de 120 mil infetados com o novo coronavírus, indicou a contagem da Universidade Johns Hopkins.

Há cerca de duas semanas que os dados mostram um aumento dos números no país, que lidera as estatísticas a nível mundial.

Este é o terceiro dia consecutivo em que o país regista mais de mil mortes diárias, o que não acontecia desde o início de setembro.

Há duas semanas, os Estados Unidos ultrapassaram pela primeira vez, com quase 80 mil casos, o registo de infeções diárias contabilizado, até então, em meados de julho.

O total de mortos nos Estados Unidos desde o início da pandemia é de quase 235 mil e o de infetados superior a 9,6 milhões.

EUA/Eleições: Aumentam manifestantes anti-Trump junto à Casa Branca

Washington, 04 nov 2020 (Lusa) - Os manifestantes anti-Trump aumentaram de número em frente aos jardins da Casa Branca, após as 20:00 (01:00 de quarta-feira em Lisboa), a hora do fecho das urnas para as eleições norte-americanas, a nível nacional.  

Até ao momento o único incidente a registar ocorreu pouco antes das 20:00 locais, quando um apoiante do Presidente norte-americano, Donald Trump, um afro-americano identificado com uma camisola de campanha do Partido Republicano irrompeu pela concentração democrata e em defesa dos direitos cívicos para insultar o candidato democrata, Joe Biden, e Breonna Taylor, morta a tiro pela polícia em Louisville no passado mês de março.

A provocação foi criticada pelos manifestantes e obrigou a polícia a avançar apesar de o apoiante republicano ter fugido da zona a correr.