sábado, 11 de maio de 2019

Siklone Lili lakon forsa maibé autoridade sira hatete katak sei iha udan boot iha Timor-Leste


Siklone tropikal Lili, lokaliza iha leste Timor-Leste nian, lakon daudaun intensidade, maibé karik sei hamosu udan boot no anin maka'as durante oras 24 nia laran, liuliu iha zona súl nasaun nian, informa hosi autoridade sira.

Informasaun ne'ebé atualizadu no fó ba Lusa hosi meteorolojista sira hosi Timor Leste MeteoClima (TLMC), hamutuk ho Diresaun Nasional Meteorolojia ho Jeofíziku (DNMG), refere ona katak siklone ne'e movimenta hela ba diresaun sudueste nian.

Maibé, modelu meteorolójiku sira hatudu katak Lili sei desloka ba diresaun rai nian iha oras neen oinmai, sei lakon neineik nia intensidade to'o iha kosta-súl nasaun nian.

To'o iha ne'ebá, Lili bele hamosu rajada anin médiu sira ho 75 km/oras ho rajada to'o 100 km/oras, no ho previzaun udan entre 100 no 150 mm iha oras 24 oinmai.

Siklone, ne'ebé hahú hanesan tempestade tropikal ida, halo ona estraga iha estrada sira, liuliu iha leste nasaun nian.

Lusa | SAPO TL

UNICEF: Kuaze metade hosi labarik timoroan sira moris iha liña kiak nian


Kuaze metade hosi labarik timoroan sira moris iha liña kiak nian, valor ida ne'ebé hanesan aas tebes duké entre adultu sira, fó sai hosi relatóriu ida.

Relatóriu, hosi UNICEF no hosi Governu timoroan, hatudu katak Timor-Leste hanesan, iha Asosiasaun hosi Nasaun sira Sudeste Aziátiku (ASEAN) no mós iha Komunidade Nasaun sira Lian Portugeza (CPLP), nasaun ida ho persentajen aas liu ho labarik sira ne'ebé seidauk iha tinan lima ne'ebé sofre nanizmu tanba nutrisaun ne'ebé ladi'ak.

Livru Dadus hosi Labarik sira 2018 nian, ne'ebé divulga iha semana ne'e iha Díli, hatudu katak metade hosi labarik sira sofre nanizmu "maka'as ka moderadu", labarik na'in ida entre labarik na'in tolu iha pezu menus ho forma "moderadu ka todan" no labarik na'in ida entre labarik na'in sia iha frakeza (wasting).

Dokumentu subliña dezafiu sira ne'ebé nasaun hasoru bainhira 46,4% hosi populasaun total hosi millaun 1,18 iha menus tinan 18, no 12,7% seidauk to'o tinan lima.

Informasaun sira hatudu katak 49% hosi labarik sira ne'ebé seidauk to'o tinan 14 moris iha liña ofisial kiak nian, fiksa de'it iha dolar 46,37 fulan-fulan, aas oituan hosi liña internasional kiak nian ne'ebé fiksa iha dolar 40,45.

Kiak infantil hanesan boot tebes iha zona rural sira, ne'ebé besik 40% duké iha zona urbanu sira ne'ebé varia entre 22 no 24% depeden hosi grupu etáriu sira.

Iha parte komparativu sira, kiak afeta liu labarik sira duké adultu sira, iha termu total 41.8% hosi populasaun timoroan hela iha liña pobreza nasional.

Iha nível rejional, índise sira aas liu hosi kiak maka iha rejiaun enklave Oecusse - 62,5% hosi populasaun - tuir Ermera ho 56,7% iha zona ne'ebé prodúz maior parte hosi kafé iha nasaun, únika esportasaun nian.

Díli iha índise kiak ne'ebé ki'ik liu maibé 29% resin moris iha liña ofisial pobreza nian.

Relatóriu hatudu di'ak ida ho 8,6% iha tinan 12 ikus ne'e, tinan ne'ebé refere ba populasaun total hosi nasaun ne'ebé moris iha kiak maka'as.

Hatudu mós taxa hosi mortalidade infantil tuun hosi 125 hosi kosok-oan rihun resin iha 2002 ba na''in 41 iha 2016.

Mortalidade infantil iha nasaun ohin loron hanesan ki'ik liu duké Guiné-Bisau, Angola ho Mosambike, hatete hosi relatóriu.

Informasaun sira hatudu diminuisaun ida 4,7% iha tinan hirak ikus ne'e iha númeru hosi labarik sira ne'ebé simu vasina, hasoru tinan 2010.

Relatóriu indika katak 3,6% hosi labarik sira entre tinan 10 ho 14 halo serbisu infantil, persentajen ne'ebé aumenta ba 4% iha zona rural sira.

Kona-ba edukasaun, estudu hatudu katak 1/4 hosi labarik timoroan sira la ba eskola, 22% de'it hosi labarik sira maka tama iha ensinu pré-eskolar, no kuaze 24% hosi labarik sira iha nível 1 hosi eskolaridade la pasa.

Labarik ida entre labarik na'in 40 husik eskola iha ensinu primáriu, 22% hanesan labarik-feto no 27% hanesan labarik-mane ne'ebé maka la tama iha ensinu sekundáriu.

Relatóriu hatudu katak 58,5% hosi eskola sira iha fonte di'ak ba bee no 35,1% de'it maka iha sintina ne'ebé funsiona.

Kuaze 1/2 hosi joven sira entre tinan 15 ho 19 refere katak hetan violénsia fízika no 3% hetan violénsia seksual.

Persentajen sira ne'e aumenta durante moris tomak no kuaze 40% hosi feto adukltu sira hatete katak etan violénsia no liuhosi 5% hetan abuzu seksual.

Informasaun sira hatudu katak na'in 1.500 resin, iha Timor-Leste, kaben antes kumpri tinan 15 no na'in 23.700 resin kaben antes halo tinan 18.

60,4% de'it hosi labarik sira ne'ebé seidauk halo tinan lima iha rejistu moris nian no 29,2% de'it maka iha sertidaun moris nian.

Lusa | SAPO TL

Estudantes timorenses consideram português "muito importante" na identidade -- estudo


António Sampaio, Enviado da Agência Lusa

Camberra, 10 mai 2019 (Lusa) -- Uma ampla maioria de estudantes do ensino superior timorense considera a língua portuguesa muito ou relativamente importante para se ser "verdadeiramente" timorense, segundo o estudo de um académico australiano.

Os dados, recolhidos pelo investigador Michael Leach entre centenas de alunos do ensino superior em Díli, confirmam um reconhecimento crescente, entre os mais jovens, do papel da língua portuguesa na formação da identidade nacional.

Feito ao longo dos últimos 15 anos -- com sondagens a alunos do ensino superior em Díli a cada cinco anos desde 2002 -, o estudo permite avaliar a evolução da perceção de um setor da juventude timorense sobre alguns dos elementos centrais da identidade nacional.

Questões como língua, relação com o catolicismo, com a região ou com os países considerados mais próximos, bem como elementos do passado e do presente, fazem parte do estudo, divulgado no encontro Timor Leste Update, da Australian National University (ANU).

Entre as questões colocadas Leach quis saber até que ponto é que capacidade nas duas línguas oficiais -- tétum e português -- é importante para a noção de identidade timorense, verificando como essa perceção evoluiu ao longo do tempo.

No caso do tétum esse reconhecimento tem-se mantido elevado e quase todos consideram que é muito ou bastante importante para o ser-se timorense.

Já no que se refere ao português, porém, o estudo mostra mudanças significativas, ecoando em parte o crescente investimento do país no ensino do português, língua que é hoje mais falada do que nunca em Timor-Leste.

Em 2002, por exemplo, só cerca de 50% dos jovens consideram a língua portuguesa como relativamente ou muito importante para se ser "verdadeiramente timorense".

Hoje, entre estudantes do ensino superior -- ainda que de uma nova geração -, mais de 54% dizem que é "muito importante" e 39.5% dizem que é relativamente importante para a formação da identidade nacional.

Mais de 90% consideram, por isso, que o português tem importância no ser-se timorense ainda que só 25% se identifiquem como próximo a Portugal, valor muito aquém da "proximidade" vista com a Indonésia (87.5%) e com a Austrália (78%).

Essencial para esta progressão tem sido, apesar dos solavancos, o investimento que Timor-Leste tem vindo a fazer na promoção da língua portuguesa, mas também o apoio de parceiros internacionais nesta matéria, nomeadamente Portugal.

Em 2002, por exemplo, menos de 3% dos alunos dizia ter um conhecimento fluente do português e 24% ter um conhecimento moderado, sendo que no ano passado o número dos com conhecimento fluente tinha aumentado para 15% e com conhecimento moderado para 61%.

Quase um terço dos timorenses diz mesmo que o português é uma das línguas que usa em casa, valor que era de apenas 11,5% em 2002. E apesar das dificuldades com o português, a maioria dos timorenses considera mais fácil a sua aprendizagem que a do inglês.

No que se refere ao tétum, são hoje menos os que se consideram fluentes na grande língua nacional (83,5% contra os 91,5% de 2002).

Leach explicou que o objetivo foi perceber as atitudes dos estudantes relativamente a temas como a nação e a identidade nacional, permitindo assim avaliar as mudanças verificadas e melhorar a compreensão sobre o processo de construção nacional em curso.

Entre as perguntas, o especialista em Timor-Leste -- que coordena a Timor-Leste Studies Association (TLSA) -- quis saber até que ponto é que a naturalidade, a cidadania, o tempo de vida no país, a religião, a língua, a tradição e as instituições são importantes no conceito de "ser timorense".

Orgulho na forma como a democracia funciona no país, a cultura e a história e o tratamento dos vários setores da sociedade, fazem igualmente parte das questões colocadas.

ASP // PJA

Quase metade das crianças timorenses vive abaixo da linha da pobreza - UNICEF


Díli, 10 mai 2019 (Lusa) - Quase metade das crianças timorenses vive abaixo da linha da pobreza, um valor que é mais elevado do que entre os adultos, revela um relatório agora divulgado.

O relatório, da UNICEF e do Governo timorense, mostra que Timor-Leste é, tanto na Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) como na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o país com maior percentagem de crianças menores de cinco anos que sofre de nanismo devido a malnutrição.

O Livro de Dados da Criança 2018, que foi divulgado esta semana em Díli, indica que metade das crianças sofre de nanismo "severo ou moderado", uma em cada três crianças tem peso a menos de forma "moderada ou severa" e uma em cada nove tem debilitação (wasting).

O documento sublinha os desafios que o país enfrenta quando 46,4% da população total de 1,18 milhões tem menos de 18 anos, e 12,7% tem menos de cinco anos.

Os dados mostram que 49% das crianças com menos de 14 anos vivem abaixo da linha oficial da pobreza, fixada em apenas 46,37 dólares por mês, ligeiramente acima da linha internacional de pobreza fixada nos 40,45 dólares.

A pobreza infantil é muito maior nas zonas rurais, onde ronda os 40%, do que nas zonas urbanas, onde varia entre 22 e 24%, dependendo do grupo etário.

Em termos comparativos, a pobreza afeta mais as crianças do que os adultos, já que em termos totais 41,8% da população timorense vive abaixo da linha de pobreza nacional.

A nível regional, os índices mais elevados de pobreza são os da região do enclave de Oecusse -- 62,5% da população -- seguindo-se a zona de Ermera com 56,7%, na zona onde é produzida a maior parte do café do país, a única exportação de relevo.

Díli tem o índice de pobreza mais baixo, mas, ainda assim, mais de 29% vivem abaixo da linha oficial de pobreza.

O relatório mostra uma melhoria de 8,6 pontos percentuais nos últimos 12 anos, no que se refere à população total do país a viver na pobreza extrema.

Mostra ainda que a taxa de mortalidade infantil caiu de 125 por mil nados vivos em 2002 para 41 em 2016.

A mortalidade infantil no país é hoje mais baixa que na Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, revela o relatório.

Os dados mostram uma queda de 4,7% nos últimos anos no número de crianças vacinadas em 2016, face a 2010.

O relatório indica que 3,6% das crianças com entre 10 e 14 anos faz trabalho infantil, percentagem que sobe para os 4% nas zonas rurais.

No que toca à educação, o estudo mostra que um quarto das crianças timorenses não estão na escola, sendo que só 22% das crianças estão inscritas no ensino pré-escolar, e quase 24% das crianças no nível 1 de escolaridade chumbam.

Uma em cada 40 crianças abandona a escola no ensino primário, 22% das meninas e 27% dos meninos não está inscrito no ensino secundário.

O relatório mostra que 58,5% das escolas têm fontes melhoradas de água e só 35,1 tem casas de banho a funcionar.

Quase um terço das jovens entre 15 e 19 anos referem ter sido alvo de violência física e 3% de violência sexual.

Essas percentagens sobem ao longo da vida sendo que quase 40% das mulheres adultas dizem ter sido alvo de violência e mais de cinco por cento alvo de abuso sexual.

Os dados mostram que mais de 1.500 melhores em Timor-Leste se casaram antes de cumprir 15 anos e mais de 23.700 antes dos 18.

Só 60,4% das crianças com menos de cinco anos têm registo de nascimento e só 29,2% têm certidão de nascimento.

ASP // FPA

Atletas timorenses vão ser embaixadores do desenvolvimento sustentável


Díli, 10 mai 2019 (Lusa) - Atletas timorenses, alguns com aspirações de se qualificarem para competições internacionais, vão ser o rosto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Timor-Leste, depois de um acordo assinado hoje com as Nações Unidas.

Representantes do Comité Olímpico Nacional de Timor-Leste e da missão da ONU em Timor-Leste assinaram hoje em Díli um acordo que escolherá vários atletas timorenses como "Embaixadores do Desporto para o Desenvolvimento Sustentável".

O acordo, que quer ajudar a dar a conhecer entre os jovens a importância do desenvolvimento sustentável e de que assumam papéis de liderança nas suas comunidades, foi assinado em Díli.

Para o coordenador residente da ONU, Roy Trivedy, o desporto pode ser um facilitador do desenvolvimento sustentável e da paz.

"O desporto promove tolerância e respeito. Pode fomentar a disciplina e promover o trabalho em equipa. Também pode contribuir para o empoderamento das mulheres e dos jovens, indivíduos e comunidades, além de impulsionar os objetivos de saúde, educação e inclusão social", referiu.

O vice-presidente do Comité Olímpico timorense, Mateus da Cruz de Carvalho, disse que o acordo permitirá consolidar esforços de inspirar e unir os timorenses através da excelência e do sucesso desportivo.

"A nossa organização tem procurado formas de promover os atletas de Timor-Leste, não apenas para melhor desempenho nos seus respetivos campos desportivos, mas também para serem modelos na sociedade, liderando atividades comunitárias", disse.

Por isso, explicou, o COTL quer "incentivar a participação no desporto como um meio de construir caráter, manter-se saudável, preservar o meio ambiente e promover a harmonia e a interação social".

O grupo de atletas que participará no projeto vai agora ser selecionado, podendo vários deles, já como "embaixadores do desenvolvimento", participar nos campeonatos mundiais de natação, no Asian Games e nos Olímpicos do próximo ano.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram adotados por líderes mundiais para incentivar os países a tomar medidas para acabar com todas as formas de pobreza, combater a desigualdade e combater as mudanças climáticas, entre outros objetivos.

Em outubro, nos Asian Games, atletas timorenses conquistaram as primeiras medalhas de sempre numa competição internacional.

Teófilo Freitas, que conquistou duas medalhas de ouro, e Pascoela dos Santos Pereira, que conquistou o bronze - as primeiras para Timor-Leste -, foram recebidos como heróis no domingo passado quando chegaram a Díli depois de competirem na 3ª edição dos Asian Para Games.

Teófilo Freitas, que tem dificuldades motoras, fez história com a conquista do primeiro ouro para Timor-Leste em qualquer competição internacional, com vitórias nos 400 metros, onde obteve um recorde asiático, e nos 1.500 metros, com registo máximo da competição.

No último dia da prova, nos 1.500 metros, Freitas obteve o tempo de 4.32,74 minutos, ficando à frente do tailandês Surasaj Damchoom e do iraquiano Ali Rsaitmawi.

O atleta já tinha conquistado o primeiro ouro dias antes, estabelecendo um recorde asiático nos 400 metros na final da prova.

O vídeo da cerimónia da entrega de medalhas e do hino timorense, em português, a ser tocado no estádio em Jacarta, foi partilhado dezenas de milhares de vezes nas redes sociais.

A primeira atleta a escrever história - dando a primeira medalha de sempre a Timor-Leste -, foi Pascoela dos Santos Pereira, que conquistou bronze em ténis de mesa.

ASP // FPA

Ciclone Lili perde força, mas autoridades preveem ainda chuvas intensas em Timor-Leste


Díli, 10 mai 2019 (Lusa) -- O ciclone tropical Lili, localizado no leste de Timor-Leste, está a perder intensidade, mas ainda deverá trazer chuvas intensas e ventos fortes durante as próximas 24 horas, especialmente na zona sul do país, informaram as autoridades.

Informação atualizada fornecida à Lusa pelos meteorologistas do Timor Leste MeteoClima (TLMC), em cooperação com a Direção Nacional Meteorologia e Geofísica (DNMG), referem que o ciclone tem estado a movimentar-se em direção sudoeste.

Os modelos meteorológicos mostram, porém, que o Lili se deslocará na direção de terra nas próximas seis horas, continuando progressivamente a perder intensidade até se dissipar junto à costa sul do país.

Até lá, porém, o Lili deverá ter rajadas de ventos médios de 75 km/hora com rajadas de até 100 km/h, e com previsões de chuvas entre 100 e 150 mm nas próximas 24 horas.

O ciclone, que começou como uma tempestade tropical, causou danos em várias estradas, nomeadamente no leste do país.

ASP // FST