domingo, 3 de setembro de 2017

Cinema | "A solidão atravessa todos os meus filmes, é uma segunda pele nos momentos decisivos"

Rosas de Ermera é o novo filme do realizador nascido em Lisboa em 1947. É um documentário que conta a vida da família de Zeca Afonso nos anos da II Guerra Mundial. Os pais e a irmã estavam em Timor, num campo de concentração japonês, Zeca e o irmão mais velho em Coimbra, sem notícias da família -souberam que estavam vivos por uma notícia de jornal.

Mariazinha deixou a infância num campo de concentração japonês em Timor-Leste, onde regressou agora pela mão do realizador Luís Filipe Rocha. Continua a sentir que as rosas daquele lugar têm um aroma especial, mesmo se foi um tempo de sofrimento, de fome, de luta agreste pela sobrevivência. Rosas de Ermera, tem estreia comercial prevista para meados de outubro (passou pelo Indie Lisboa e pelo festival de Melgaço) e traz-nos a revelação e o espanto de um episódio histórico quase desconhecido. O que faz o realizador quando não filma? Lê interminavelmente, como sempre fez desde que aos 10 anos entrou para um colégio interno. Aqui conta como chegou ao cinema, primeiro como ator e depois a escrever argumentos e a realizar.

Foto: Gustavo Bom | Global Imagem

Ana Sousa Dias entrevista Luís Filipe Rocha

Sem comentários: