terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Residentes no enclave timorense de Oecusse passam a ter acesso a passaporte na região


Díli, 27 fev (Lusa) - Residentes no enclave timorense de Oecusse-Ambeno passam a estar agora menos isolados depois da instalação na capital da capacidade de emissão de passaportes biométricos, evitando assim ter que viajar até à capital do país, Díli.

"Já tínhamos capacidade para emitir passaportes em Maliana (a sudoeste de Díli) mas na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno a importância é outra porque a região está ainda mais isolada", explicou à Lusa a ministra da Justiça, Ângela Carrascalão.

"É um processo de descentralização importante que vai ao encontro às necessidades da população", recordou.

A ministra relembrou que o enclave dispunha já de serviços de registo e notariado pelo que a documentação necessária para o passaporte, incluindo certidão de batismo, é facilmente obtida na capital, Pante Macassar.

Agora os residentes podem conseguir um passaporte mais facilmente e, caso peçam com urgência, em apenas 24 horas.

Um dos aspetos importantes do documento é a sua elevada segurança, o que é útil para combater fraudes e falsificações, relembrou.

"É o sétimo do mundo em termos de segurança, o que reduz fraudes e falsificações", explicou.

O líder histórico timorense Xanana Gusmão obteve em maio do ano passado o primeiro passaporte biométrico de Timor-Leste, documento que desde aí tem vindo progressivamente a substituir os passaportes mais antigos.

A introdução dos novos passaportes foi planeada durante vários anos em Timor-Leste, tendo o VI Governo aprovado o novo regime jurídico em 2016 e ajustado a norma a padrões internacionais no final de janeiro de 2017.

O Passaporte Eletrónico de Timor-Leste (PETL) pretende, segundo o Ministério da Justiça, "tornar este documento mais seguro, moderno e compatível com os sistemas adotados pela maioria dos países, facilitando a circulação de cidadãos timorenses".

O passaporte eletrónico tem dois anos de duração para menores de 12, cinco para os cidadãos que tenham entre 13 e 59 e 10 para os de mais de 60 anos.

O custo é de 50 dólares (40 euros) para emissão normal (10 dias), de 75 dólares (60 euros) para emissão em 3 dias e de 100 dólares (81 euros) para emissão em 24 horas.
Só passaportes que caduquem é que serão renovados já com o novo sistema biométrico.

ASP

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