sexta-feira, 1 de maio de 2015

Língua portuguesa deve ser instrumento de negócios para projetar CPLP - PM timorense


Tibar, 01 mai (Lusa) - A língua portuguesa deve ser um instrumento de negócios que ajude a promover a CPLP nos vários cenários internacionais, ajudando ao crescimento económico que é necessário para os cidadãos lusófonos, disse hoje o primeiro-ministro timorense.

"Nós podemos e devemos usar a língua como um instrumento de negócios, promovendo as nossas economias nos fóruns internacionais onde estamos representados, também para termos uma intervenção mais ativa na agenda global", afirmou Rui Maria Araújo numa intervenção em Tibar, oeste de Díli.

"Em Timor-Leste, admito, estamos a enfrentar o desafio da promoção e consolidação da língua portuguesa. No entanto, somos um povo habituado a ultrapassar dificuldades e acredito que vamos superar este desafio, não apenas em defesa da nossa identidade mas também devido ao potencial económico que a língua representa para o país", disse ainda.

Rui Maria Araújo falava no Centro Nacional de Emprego e Formação Profissional (CNEFP) em Tibar, oeste de Díli, no encerramento da XII reunião dos ministros do Trabalho e Assuntos Sociais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que terminou com a comemoração do Dia Mundial do Trabalhador.

Esta foi a segunda reunião setorial da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) - depois da reunião educativa - durante a presidência timorense da CPLP.

"Sabemos que a necessidade de crescimento económico e a criação de emprego é comum a todos os países da CPLP, e foi por essa razão que quisemos dar à nossa presidência uma nova dinâmica económica e empresarial", explicou.

"Estimular projetos empresariais nos nossos países, com vista a desenvolver os setores privados nacionais e a transferência de conhecimentos e tecnologias vão contribuir para parcerias estratégicas que capitalizem as nossas integrações regionais no sistema económico global", afirmou.

Rui Araújo disse que o crescimento económico é essencial para garantir o futuro do Estado social e que os apoios sociais devem sempre fazer parte de uma sociedade solidária mas afirmou que "a dignidade do ser humano passa também por este poder decidir o seu papel na sociedade".

"A criação de riqueza, através da diversificação económica e da criação de emprego são fundamentais", disse.

"O Estado precisa de ter recursos financeiros que possam ser distribuídos por aqueles que mais necessitam e isto envolve uma estratégia integrada onde também a boa governação e a estabilidade política são contabilizados para uma sociedade próspera e socialmente inclusiva", afirmou.

Destacando o "flagelo do desemprego e a generalização do emprego precário" e o seu "impacto brutal" nas sociedades, Rui Araújo defendeu renovadas estratégias e uma aposta na "intensificação do ensino técnico-vocacional para permitir saídas para o mercado de trabalho mais de acordo com as necessidades dos sectores produtivos do país".

ASP // ZO

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