terça-feira, 2 de junho de 2015

Centenas de pessoas prestam homenagem a ministro timorense Lasama de Araújo


Díli, 02 jun (Lusa) -- Centenas de pessoas, entre elas vários membros do Governo, convergiram no exterior da morgue do hospital de Díli, onde se encontra o corpo do ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e da Educação, Fernando Lasama de Araújo, que morreu hoje.

Fonte do Executivo disse à Lusa que é previsível que se realize um funeral de Estado, já que Lasama de Araújo foi titular de vários cargos públicos, incluindo Presidente da República interino e presidente do parlamento nacional.

Fonte parlamentar disse à Lusa que a conferência de líderes foi convocada para hoje de manhã, devendo ser aprovado um voto de pesar que pode ser lido ainda no arranque da sessão plenária antes de ela ser suspensa.

Prevê-se igualmente uma homenagem na sede da RENETIL, organização que Lasama de Araújo ajudou a fundar e da qual foi secretário-geral.

Fonte do gabinete de Lasama de Araújo disse à Lusa que o corpo deverá ser transferido para a sua casa oficial, no bairro Farol, em Díli, antes de seguir para a RENETIL, onde haverá uma primeira homenagem.

O corpo será depois levado ao Ministério da Educação para um tributo por parte dos funcionários antes de uma cerimónia especial também no Parlamento Nacional.

Desde que se confirmou a notícia da morte que muitas pessoas acorreram ao Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV), juntando-se em cânticos religiosos no exterior da morgue deputados, o ex-presidente do Parlamento Nacional Lu'Olo e vários membros do Executivo.

Fernando Lasama de Araújo morreu hoje, aos 53 anos, no Hospital de Díli, na sequência de uma trombose com derrame cerebral.

Fundador da organização jovem da resistência timorense RENETIL e candidato presidencial em 2007, Lasama de Araújo foi Presidente da República interino de Timor-Leste em 2008, depois do atentado contra José Ramos-Horta.

Secretário-geral da RENETIL foi detido em 1991 em Timor-Leste, tendo cumprido seis anos e quatro meses de cadeia em Cipinang, a mesma onde estava então detido Xanana Gusmão.

Natural de Mautasi, Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo exército indonésio, segundo a sua biografia.

Era desde fevereiro membro do VI Governo constitucional, onde ocupava os cargos de ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos Sociais e Ministro da Educação.
ASP // DM.

Sem comentários: