terça-feira, 28 de agosto de 2018

OGE timorense para 2018 inclui 87 milhões de dólares para pagar dívidas e obrigações em atraso -- PM


Díli, 27 ago (Lusa) - A proposta de Orçamento Geral do Estado para 2018 em Timor-Leste, que hoje começou a ser debatida na generalidade no Parlamento, inclui 87 milhões de dólares (75 milhões de euros) para pagar dívidas e obrigações em atraso, anunciou o primeiro-ministro.

Taur Matan Ruak, que falava no arranque do debate que deverá terminar com a aprovação final do documento em meados de setembro, explicou que o pagamento das dívidas se insere numa "nova agenda política".

A maior fatia desse valor, cerca de 64,5 milhões de dólares, corresponde a reembolsos de taxas de exploração do poço Kitan - indevidamente cobradas às petrolíferas -, explicou o primeiro-ministro.

Inclui ainda 6,9 milhões para pagamento retroativo de aumentos salariais para professores de sete municípios que receberam promoções entre 2013 e 2017 e ainda não foram pagos e 5,8 milhões para o desalfandegamento rápido.

As contas para este incluem 4,5 milhões para pagamento de dívidas à Timor Telecom, 2,2 milhões para pagar as dívidas de eletricidade, 1,5 milhões para pagar dívidas acumuladas em 2016 e 2017 pela Universidade Nacional de Timor Lorosa'e e 800 mil dólares para pagar dívidas na manutenção de embarcações, CCTV e telecomunicações.

Um valor de 500 mil dólares vai para as Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), para "pagar vários subsídios pendentes e custos adicionais associados às recentes eleições, 300 mil dólares para saldar as dívidas que ainda existem das eleições de Suco (aldeia) de 2016",

Taur Matan Ruak insistiu que a maioria da despesa do Orçamento Geral do Estado (OGE) "não se destina a Despesas Correntes, vocacionadas para o sustento da máquina do Estado, mas antes a Despesas de Capital essenciais para o desenvolvimento do país".

Ainda que o OGE não seja "um orçamento para o lançamento de novos e de grandes projetos, será certamente um orçamento para o restabelecimento da normalidade na gestão de uma conjuntura herdada de governos anteriores".

Um orçamento "para a recuperação da Esperança, preparativo das mudanças que irão ocorrer no próximo ano" com "uma maior disciplina orçamental e prever despesas mais realistas, que irão permitir certamente, redirecionar a avaliação da execução orçamental, do atual sistema de percentagens para um novo sistema de avaliação por resultados".

"O Estado e a sociedade Timorenses estão unidos no desejo comum de racionalizar o uso dos recursos públicos para os objetivos de desenvolvimento e de bem-estar a que todos aspiramos", disse.

ASP // EL

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