segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Timor-Leste | Orçamento de Estado: Instrumento de Ação do Executivo

Roger Rafael Soares * | opinião

A aprovação do orçamento de Estado para 2018 na sua generalidade, na passada quarta feira, 29-08-18, com 53 votos a favor, 12 votos de abstenção e 0 contra, demonstra que todos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional, inclusive a oposição, estão conscientes da estrita necessidade do orçamento para dar sustentabilidade às atividades económicas do país, bem como dar cumprimento aos direitos sociais dos timorenses, às obrigações e compromissos do Estado. Já estava mais que na hora de restabelecer a normalidade político-financeira como referiu o Primeiro-Ministro no seu discurso de apresentação da proposta do orçamento de Estado. Já estava mais que na hora de pôr a máquina administrativa do Estado a trabalhar no seu pleno de modo a atender às demandas sociais, bem assim prestar serviços de qualidade e de pôr a economia a mexer.

Para qualquer Governo funcionar necessita que a sua orgânica esteja completa bem como, disponha de orçamento.  Para qualquer Governo, o orçamento de estado é o primordial instrumento de ação, através do qual materializa as linhas mestras do seu Programa.  É dessa forma, e não pode ser de outra maneira, que o VIII Governo necessita dar seguimento à sua missão e ações em consonância com o seu programa. Programa esse que ambiciona desenvolver a sociedade timorense mediante a execução de cada plano ministerial para estes cinco anos de governação, que o executivo pretende fazê-lo com rigor, eficiência e eficácia a implementação das suas ações. Claro está que o Governo, sem orçamento, não funciona, pois é através desse meio que o executivo procurará prestar serviços de qualidade, bem assim estimular o progresso da nossa sociedade e do desenvolvimento do país ao operacionalizar as suas atividades que irão viabilizar os projetos e atividades públicas em concordância com os planos e diretrizes no contexto das políticas públicas por si determinados.  No meu entender, para além da estrita necessidade da orgânica completa do VIII Governo Constitucional, assim como da importância do orçamento de Estado no pleno funcionamento do executivo, também é verdade que os esforços coletivos e processos de colaboração e lealdade exercem uma relevante contribuição no processo de execução dos programas, ao envolver não só os governantes, mas, também, todas as partes implicadas. Ao processo de desenvolvimento do país, cabe não só à liderança política dar seguimento à execução dos programas, mas, também promover as bases para a ação da cidadania efetiva e responsável. A construção e desenvolvimento do país compete a cada um de nós. Dessa forma, considero que a educação tem um papel fulcral no desenvolvimento do país a curto, médio e longo prazo. As crianças e jovens de hoje serão os líderes de amanhã, e, portanto, é fundamental o investimento, rigoroso e com qualidade, na educação e no ensino superior, como forma de garantir um maior retorno desse investimento em termos de desenvolvimento humano com vista a garantir o desenvolvimento económico sustentável e diversificado.

Ora, indo ao encontro do discurso do Primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, sobre a apresentação da proposta do Orçamento Geral do Estado para 2018, o mesmo espelha, claramente, a importância deste orçamento na vida económica e social do país, que se apresenta como um impulso sobre o processo de restabelecimento da normalidade político-financeiro, como referido pelo próprio. O orçamento de Estado para 2018 prioriza as necessidades públicas, bem como uma boa gestão das finanças públicas, pautada pela transparência como forma de garantir a qualidade da nossa democracia e cumprimento dos ditames constitucionais.

*Rojer Soares,
Ailili, Manatuto,
rrtsoaares@hotmail.com

Sem comentários: