segunda-feira, 27 de julho de 2015

Debate sobre "nova visão" da CPLP deve envolver sociedade civil e empresários


O debate sobre a "nova visão" da CPLP está numa fase "decisiva" e deve ir além dos gabinetes, procurando ser mais representativo com o envolvimento em particular da sociedade civil e dos empresários, disse ontem o chefe da diplomacia moçambicana.

"A CPLP desde a sua criação que tinha como objetivo ser o mais inclusivo possível. Isso obedeceu a várias fases e a visão ora em debate constitui uma fase importante, quiçá decisiva", afirmou Oldemiro Báloim em declarações à Lusa em Díli

"Já há experiência acumulada nas diferentes áreas, há um certo envolvimento da sociedade civil e o envolvimento do setor empresarial. A nível governamental há um número cada vez maior de setores que querem fazer parte da atividade da CPLP", sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

Báloi falava à Lusa na conclusão da XX reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em Díli e durante a qual se debateu a "nova visão" estratégica da organização, vertida na declaração final do encontro.

A reunião aprovou ainda 10 resoluções e três decisões sobre aspetos operacionais da organização, tendo cinco dos Estados-membros (Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe) assinado uma Convenção Multilateral da Segurança Social.

Questionado sobre os debates e a vontade de aproximar a CPLP dos seus cidadãos, tornando-a numa organização com resultados mais práticos, especialmente a nível económico, Baloi disse que essa vontade foi reconhecida na reunião.

"Para a elaboração da visão, há uma base larga de experiência acumulada que permitirá consolidar, cristalizar a inclusão que já existe e potenciá-la, que é o que se pretende", afirmou.

"Por isso, hoje no debate sobre a visão decidiu-se alargar o âmbito da discussão. Em vez de ser um produto de gabinete, pouco representativo, tente ser um produto de todos os segmentos que compõem a CPLP, com grande destaque para a sociedade civil e para o setor empresarial", afirmou.


SAPO TL ho Lusa 

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