quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Xanana Gusmão premiado pela OMS pelo investimento que liderou na saúde em Timor-Leste


Díli, 10 set (Lusa) - O ex-presidente timorense Xanana Gusmão foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o Prémio de Excelência em Saúde Pública pelos esforços que liderou para o desenvolvimento do setor em Timor-Leste.

O prémio, entregue ao líder timorense em Díli pela diretora regional da OMS no sudeste asiático, Poonam Khetrapal Singh, reconhece o papel de liderança de Xanana Gusmão na "construção de serviços sustentáveis de saúde e especialmente a formação de médicos".

Foi ainda reconhecido com o mesmo galardão o ex-ministro da Saúde e Educação do Butão, Lyonpo Sangay Ngedup, pelo seu trabalho na criação de um fundo de saúde que financia vacinas e medicamentos essenciais.

"Os prémios mostram a nossa apreciação e reconhecimento pelos seus contributos significativos aos serviços de saúde", explicou Poonam Khetrapal Singh que está em Díli para participar, até sexta-feira, na 68ª sessão do Comité Regional do Sudeste Asiático da OMS.

Centrais para o processo de desenvolvimento do sistema de saúde têm sido, além dos investimentos públicos e infraestruturas, acordos assinados por Xanana Gusmão em 2003 e 2005 com Cuba para a formação de mil médicos timorenses, atualmente espalhados por todo o país.

Esta foi a segunda edição deste galardão e no ano passado um dos dois prémios já tinha vindo para Timor-Leste, nomeadamente para o Programa de Controlo da Malária.

A redução da prevalência de malária em Timor-Leste é uma das histórias de êxito do sistema de saúde timorense com o número de casos registados a cair 97% entre 2006 e 2012.

"A diminuição de 97% na incidência de malária em Timor Leste deve-se à aplicação de métodos de controlo da malária, que incluiu o reforço e melhoria da vigilância de qualidade, o diagnóstico precoce e tratamento imediato dos casos com antimaláricos eficazes, o controlo do vetor-alvo, o desenvolvimento de recursos humanos e implantação, o compromisso do pessoal, financiamento e a assistência técnica da OMS", refere um estudo publicado no início deste ano.

ASP//ISG

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